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Autor dos livros da Eternidade 1, Fatos, Caminho, Lapidar, Magia e Discípulos.
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Capítulo 20 – Divindade (Eternidade 1 – Fatos 2020 e 2021)
💫 Capítulo 20 – Divindade (Eternidade 1 – Fatos 2020 e 2021)
O Capítulo 20, "Divindade", explora um estado de consciência elevado e temporário, onde a Fé permite ao indivíduo acessar um poder que se manifesta em habilidades físicas e mentais aprimoradas. O texto define a Divindade não como uma exclusividade, mas como uma Experiência que exige equilíbrio e uso responsável para não degenerar em Tirania e Egoísmo.
I. A Natureza da Divindade e a Fé (A Jarra)
O autor estabelece que o sentimento de Divindade é acessível e se manifesta de forma pura, mas é frágil e temporário:
O acesso depende da Fé – não de uma fé cega ou exagerada – mas de um conhecimento inabalável de que o desejo será realizado, eliminando a necessidade de oração repetitiva. Essa Divindade concede a capacidade de realizar façanhas incríveis, focar a mente, acelerar objetivos e criar uma luz própria (como uma aura ou energia de paz) que irradia alegria e dissolve medos. É descrito como um "verdadeiro despertar" de habilidades adormecidas.
Essa experiência de Divindade é obtida através da benevolência (seguindo a doutrina dos Dez Mandamentos e privando-se dos pecados capitais), sendo comparada a uma jarra (a vida) que é preenchida gota a gota pela água (a fé). No entanto, essa força não é permanente. O corpo precisa recarregar, e o indivíduo se torna "menos divino" no dia seguinte, necessitando reconquistar o sentimento, pois o uso excessivo é prejudicial.
II. O Risco da Superioridade e o Conflito Humano
A aproximação com o poder divino carrega um risco inerente de desequilíbrio e falha humana:
A Divindade pode tornar o indivíduo "menos humano, um tirano," sem amor pelas pessoas próximas, agarrando-se obsessivamente ao primeiro mandamento (egoísmo). O sentimento de superioridade advindo da capacidade de realizar feitos que outros não conseguem leva ao egoísmo e influencia a existência, podendo levar o indivíduo a agir em confronto com os próprios princípios que o guiaram à Divindade.
A Experiência exige desapego. É vital abraçar as "falhas humanas" e entender que não é necessário ser o melhor sempre. O uso do poder deve ser responsável, evitando sentimentos negativos como a vingança ou punição, que podem afetar negativamente outras pessoas.
III. A Polarização da Força Extrema (Analogia da Natureza)
As forças mais extremas da Natureza são usadas como analogias para o poder da Divindade, carregando uma advertência:
Tufões, Vulcões, Tempestades, Tsunamis e Terremotos são descritos como "bençãos de Deus" e forças extremas que conduzem vida e morte. Assim como essas forças moldam o planeta (cura a seca, renova o solo) mas causam enormes estragos na sociedade humana, a Divindade — se mal utilizada — pode se tornar uma força extrema destrutiva. O poder deve ser usado de forma que preserve o Equilíbrio.
IV. O Equilíbrio através dos Pecados Capitais
De forma controversa, o capítulo propõe o uso equilibrado e estratégico dos pecados capitais como ferramentas para evitar o excesso de Divindade e obter sabedoria, aceitando a complexidade humana:
Preguiça: Deve ser usada como um descanso estratégico (comparável à hibernação de um urso) para guardar energias. O período de desleixo pode proporcionar maiores oportunidades de autoconhecimento e exploração da realidade, desde que se observem os limites para evitar atrofia e isolamento.
Gula: Pode ser aplicada para ganhos práticos, como no aumento de massa muscular ou, de forma consciente, em negócios de alta demanda (atacado), gerando lucro, mas sempre com cautela para não causar dívidas.
Avareza: A ganância pode ser usada para elevar a ambição e conquistar poder e status social, exigindo que o indivíduo se cerque de pessoas certas que o direcionarão para o objetivo, demonstrando uma versatilidade em querer sempre ter mais.
Luxúria: Os prazeres carnais e a sensualidade podem melhorar a saúde e a autoestima. O autor sugere que se estabeleçam limites e bom senso, e que se perceba a diferença ao usar o dinheiro destinado à luxúria para outras finalidades.
Ira: É considerado o mais perigoso. Em vez de causar mal a pessoas, o ódio deve ser direcionado a objetos; por exemplo, desmontar um objeto vagarosamente, saboreando o momento, e potencialmente ganhando dinheiro com as partes separadas. Contra pessoas, a ira exige prática em debates para desmontá-las moralmente ou mentalmente.
Inveja: Deve ser transformada em algo positivo, sendo usada como a admiração de um fã ou seguidor. O sucesso do outro deve ser visto como um molde e metas a serem alcançadas, transformando a inveja em aprendizado e perspectiva de carreira de sucesso.
Vaidade: Associada ao orgulho, melhora a autoestima e os cuidados estéticos, mantendo um bom relacionamento social. O problema está em subestimar os outros, pois a humilhação causada pelo julgamento antecipado será maior.
V. A Identidade e o Descanso
O acesso à Divindade está ligado à Responsabilidade e exige um ciclo de descanso:
O sentimento de Divindade ocorre ao suprir expectativas e honrar a palavra dita. A carga emocional (Fé, sentimentos) transmitida pelas pessoas libera a força para alcançar o objetivo. Esse peso exige descanso para que o indivíduo possa renovar os votos. Esse período de descanso o torna menos divino, assim como as ondas caóticas, por exemplo, a surpresa, que o deixa pasmo e sem ação. A diferença, no estado de Divindade, é a capacidade de agir para interromper o processo surpreendente.
O indivíduo não precisa ser onisciente, mas deve tomar as providências de que as pessoas precisam. A cada novo feito, uma marca no tempo é criada, que serve como um acesso à Memória de sua obra, carregando força e engrandecendo-o nos momentos de baixo sentimento divino, o que reafirma sua verdadeira identidade.
Conclusão: O Capítulo 20 revela a Divindade como um estado de Poder acessível pela Fé, mas altamente volátil. O caminho para mantê-lo é o Equilíbrio entre a benevolência e o reconhecimento pragmático das falhas humanas. A chave reside no uso responsável desse poder, no descanso necessário e, crucialmente, na capacidade de transformar os vícios (Pecados Capitais) em ferramentas estratégicas para a evolução pessoal e social.
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