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segunda-feira, 2 de dezembro de 2024

Indulto e Paradoxo

Indulto e Paradoxo

O perdão presidencial, também conhecido como indulto, é um ato de clemência concedido pelo Presidente da República a uma pessoa condenada por um crime. Essa medida tem como objetivo extinguir, diminuir ou substituir a pena aplicada, ou seja, perdoar, total ou parcialmente, a culpa de um indivíduo.

É importante ressaltar que o poder de conceder o perdão presidencial é uma atribuição exclusiva do Presidente da República e sua utilização deve ser feita com cautela, levando em consideração os princípios da justiça e da legalidade.

Ao perdoar os crimes de uma pessoa, significa dar um fim a acusações arbitrárias e mostrar quem tem o real poder sobre a sociedade.

Prerrogativa do Presidente da República significa um direito exclusivo e especial concedido ao Presidente da República, que não pode ser exercido por nenhuma outra autoridade. É um poder inerente ao cargo, definido na Constituição Federal.

Entretanto, até que chegue ao presidente a apelação deve estar intimamente relacionada a um vínculo emocional, qualquer outra razão é definitivamente contrária aos padrões da lei, onde cabe apenas ao presidente o direito de perdoar ou não.

Correção de erros judiciários: Em casos de condenações injustas ou baseadas em provas falsas, o perdão pode ser uma forma de reparar a injustiça.

Como obter acesso ao poder absoluto do presidente? Como apelar para o perdão?

Petição formal: A primeira etapa é elaborar uma petição formal, expondo os motivos pelos quais você considera que o perdão deve ser concedido. Nessa petição, é importante apresentar todos os argumentos e documentos que possam fundamentar o pedido.

Nessa questão é importante recorrer a pessoas ligadas diretamente à política para que possam passar seu pedido adiante, chegar até o presidente não é um desafio simples.  Você tentar métodos como lealdade absoluta ou outro tipo de coisa que você possa fazer para pagar essa dívida, demonstrar um propósito no que resta na vida é um bom caminho para pelo menos uma atenção.

Por fim, mesmo você um criminoso no corredor da morte pode ter uma esperança de salvação, ainda existe a possibilidade de utilizar a razão humanitária que é um vínculo emocional com o ser humano comum.

Por que nem todas as pessoas podem pedir perdão?

O perdão presidencial é um benefício concedido a título de graça e, portanto, não é um direito subjetivo do condenado. Isso significa que o Presidente da República não é obrigado a conceder o perdão a qualquer pessoa que o solicite. A decisão de conceder o perdão é discricionária e baseada em critérios políticos e jurídicos.

Em resumo, a imprevisibilidade do perdão presidencial decorre da natureza política e discricionária desse ato, da ausência de critérios rígidos e objetivos, e da influência de fatores externos.

Se uma pessoa não tem o direito a recorrer a solicitação do perdão presidencial, com os requisitos legais, o processo de reconciliação fica comprometido. 

Os requisitos para a concessão do perdão variam de acordo com a legislação de cada país e podem mudar ao longo do tempo. No entanto, alguns critérios comuns são:

  • Comportamento do condenado: Geralmente, exige-se que o condenado tenha bom comportamento durante a execução da pena.
  • Tempo de cumprimento da pena: Em muitos casos, é necessário que o condenado tenha cumprido uma parte significativa da pena.
  • Motivos humanitários: Doenças graves, idade avançada ou outras circunstâncias excepcionais podem justificar o perdão.
  • Interesse público: O perdão pode ser concedido por razões de interesse público, como a promoção da pacificação social ou a ressocialização do condenado.

No entanto, isso não significa que o perdão seja impossível. A impossibilidade de um condenado solicitar formalmente o perdão presidencial não significa que ele esteja completamente desamparado. Existem diversas formas de interceder em seu favor, mas o processo é complexo e o resultado final depende de uma série de fatores.

O que isso significa para o condenado?

  • Incerteza: O condenado vive em um estado de incerteza, sem saber se o perdão será concedido.
  • Esperança: Por outro lado, a possibilidade de obter o perdão pode gerar esperança e motivação para seguir em frente.
  • Necessidade de planejamento: O condenado e seus advogados devem estar preparados para todas as eventualidades, incluindo a possibilidade de que o perdão seja negado.

Em suma, a imprevisibilidade do perdão presidencial é um dos elementos que mais caracterizam esse instituto jurídico. Ela torna o processo de solicitação do perdão um desafio complexo e emocionalmente desgastante para os condenados e seus familiares.

Indultos Natalinos: No Brasil, é comum a concessão de indultos natalinos, que geralmente beneficiam presos com bom comportamento e que cumprem determinados requisitos. Esses indultos costumam gerar debates sobre sua efetividade na ressocialização e sobre a possibilidade de beneficiar pessoas condenadas por crimes graves.

Indultos de final de mandato: É comum que presidentes dos Estados Unidos concedam indultos a diversas pessoas nos últimos dias de seu mandato. Essas decisões podem ser motivadas por razões políticas, humanitárias ou outras.

Paradoxo do Enforcamento Inesperado

O paradoxo, em sua essência, é uma afirmação que, embora aparentemente lógica, conduz a uma contradição interna. Ao longo da história, paradoxos têm desafiado pensadores e suscitado debates acalorados, impulsionando o desenvolvimento da filosofia e da lógica. Um exemplo clássico intrigante é o Paradoxo do Enforcamento Inesperado, que surgiu durante a Segunda Guerra Mundial e desde então tem cativado a mente de muitos. Imagine um prisioneiro condenado à morte por enforcamento, sendo informado que sua execução ocorrerá em um dia inesperado da semana seguinte. A partir dessa premissa, surge um enigma que desafia nossa intuição sobre o tempo, a previsibilidade e a natureza da surpresa. Neste texto, exploraremos as nuances desse paradoxo, analisaremos as diferentes interpretações e proporcionaremos uma solução lógica.

Em resumo, o texto apresenta uma análise clara e concisa do Paradoxo do Enforcamento Inesperado, oferecendo uma solução lógica e razoável. 

inesperado é tudo aquilo que ocorre de forma imprevista, ou seja, que não era esperado ou previsto. É algo que nos surpreende, que sai do nosso radar e que pode causar tanto alegria quanto desespero.

O paradoxo do enforcamento inesperado, a solução lógica: Ao ir contra o inesperado e buscar uma previsão você está indo em uma contradição a afirmação do juiz. Então, a lógica interna do paradoxo do enforcamento inesperado é apenas criar um paradoxo. Imagine um dado de 6 lados, e os números 4 e 3. Se eu rolar o dado qual a chance de dar 3? ou 4? O problema é claramente uma surpresa, devido ao dia da semana da execução ser aleatório.

A aleatoriedade no sistema da execução, implica na criação do paradoxo como questionar a lógica da aleatoriedade. Fazendo uma previsão do dia, coisa que é muito difícil, ao exemplo do dado temos uma porcentagem aproximadamente de 33,33%.

Assim, o condenado junto com seu advogado criam uma lógica de contradição, porque eles não podem saber qual será o dia exato?

Como eu disse prever exatamente é muito difícil, mas podemos chegar a tentativas aproximadas, assim mesmo com toda a lógica de contradição criada para evitar a surpresa prevendo dias possíveis de execução ou criando outras lógicas como ao do condenado saber o dia antes da execução criam a base para um paradoxo, que nada mais é do que: paradoxo é uma afirmação ou situação que parece contraditória ou absurda à primeira vista, mas que, ao mesmo tempo, contém uma certa lógica interna.

A aleatoriedade  por sua própria natureza desafia a lógica linear e determinista.

lógica interna é um conceito que se refere à estrutura e às relações intrínsecas de um sistema, processo ou conceito. Ela representa o conjunto de regras, princípios e conexões que definem como as partes de um todo se relacionam e funcionam em conjunto. Logicamente estipular uma previsão para um evento aleatório é claramente estabelecer um conjunto de regras.

Uma contradição intrínseca é uma incoerência interna que existe dentro de uma ideia, proposição ou sistema. É como se algo estivesse se contradizendo por si mesmo, criando uma situação logicamente impossível. Essa é a criação do paradoxo ato de questionar a surpresa.

Sua resolução é simples e envolve pensar um pouco. 

Se o evento for acontecer hoje, vou lançar o dado, e se cair 4 vou executar, Isso tudo no amanhecer de cada dia, pois terei que avisar ao condenado que o dado deu 4. Resolve o paradoxo porque essa é uma definição clara e objetiva com intuito de criar um paradoxo, sem que este seja algo interessante, como questionar a previsibilidade. A afirmação de que não existe contradição em dizer que um evento é "inesperado" é um ponto de vista válido e que, de certa forma, desafia a lógica central do Paradoxo do Enforcamento Inesperado.

O mais importante de tudo no paradoxo do enforcamento é que o advogado diz, mente ao seu cliente. Ao remover a afirmação de que a execução será inesperada, a nova proposta elimina a auto-referência. Se o prisioneiro tenta raciocinar sobre o dia da execução, ele está, de certa forma, tentando prever o inesperado, o que contradiz a premissa inicial, que era um dos elementos mais desafiadores do paradoxo original.

Prever o inesperado: um paradoxo em si mesmo.

Embora não possamos prever o futuro, podemos nos preparar para o inesperado cultivando a flexibilidade, a resiliência e a capacidade de adaptação. Ao fazer isso, estaremos mais bem equipados para enfrentar os desafios da vida e aproveitar as oportunidades que surgirem.

O elemento determinístico, como o lançamento de um dado, é aquele que introduz um fator aleatório ou casual em um processo. Em outras palavras, é um evento que não pode ser previsto com certeza absoluta, e seu resultado é influenciado por fatores externos ou imprevisíveis.

A possibilidade de prever o imprevisível: O advogado tenta racionalmente prever um evento que, por definição, não pode ser previsto. Essa tentativa de racionalizar o irracional é um reflexo da nossa necessidade de encontrar ordem e previsibilidade em um mundo incerto.

A aleatoriedade, presente no lançamento do dado, é um dos elementos-chave que torna o paradoxo tão intrigante. Ela desafia nossa intuição de que o mundo é ordenado e previsível. A física quântica, por exemplo, nos mostra que em nível subatômico, eventos ocorrem de forma fundamentalmente aleatória, desafiando nossas noções clássicas de causalidade. 

No contexto do paradoxo, a aleatoriedade da data da execução podemos prever com certeza quando o evento ocorrerá, se usarmos a lógica do dado, se na segunda, terça cair um número diferente de 4, na próxima jogada terá a probabilidade de cair o número 4 aumentada em dobro, ou seja em um dado de 6 lados com um lado valendo 3 a probabilidade é 50 por cento de ser entre quarta e 100% na quinta.

auto-referência é um conceito que ocorre quando algo se refere a si mesmo. Em outras palavras, é quando uma ideia, um objeto ou uma afirmação se inclui como parte de sua própria definição ou descrição. O poder absoluto é do juiz que é o próprio deus no texto, e ele pode jogar os dados quantas vezes quiser para matar o prisioneiro, entretanto ele faz de maneira diário pelo fato da primeira frase, que acontecerá na semana que vem em um dia inesperado, essa profecia estabelece a conexão com o dado.

Ou seja, A natureza auto-referencial de algo significa que esse algo se refere a si mesmo. É como se uma ideia, um conceito ou um objeto estivesse "olhando para dentro de si" e se incluindo em sua própria definição ou descrição, assim o juiz pode mudar a sua vontade apenas para surpreender o condenado.

Assim é obvio que para todos incluindo o juiz a sentença acontecerá de maneira inesperada, apenas uma condição deve ser levada em consideração, o ato de surpreender, assim o dia em que a execução acontecerá não importa, o prisioneiro será executado, mas este pode prever os movimentos do juiz se ele souber jogar seu jogo, sabendo quando exatamente será executado.

O saber do prisioneiro ou falta de conhecimento

A importância da informação: A informação que o prisioneiro possui sobre a natureza da execução é crucial. O prisioneiro sabe que a execução será "inesperada". Se ele sabe que é uma exceção inesperada é porque ela acontecerá em um dia que o surpreenderá, como na quinta é de 100%, logo o dia anterior que é de 50 % será sua morte definitiva pois ainda há uma esperança vã.

É importante saber que o prisioneiro não teria capacidade de calcular sua morte pois foi iludido pelo seu próprio advogado, que o fez acreditar que não haveria execução.

Contradição na solução: A proposta de solução parece contradizer a própria premissa do paradoxo. Ao estabelecer um método determinístico para a execução (lançamento do dado), a solução elimina a característica de "inesperado" do evento, assim como o advogado faz em tentar prever erroneamente o dia. Mas com o cálculo correto da situação a aposta mais óbvia seria o dado, e o contexto caótico do mundo, padrões no caos.

Existem outras soluções possíveis para esse paradoxo?

Sim, estabelecer a simplicidade estatística com base nas informações passadas é possível encontrar outras variáveis que farão estabelecer a correta previsibilidade do inesperado.

Por exemplo, a lógica irracional do prisioneiro, é impossível sobreviver com apenas uma semana de vida, é exatamente como uma roleta russa dar todos os tiros e esperar que a execução aconteça no sábado. Entretanto o Juiz sabe do intelecto de seu prisioneiro.

"Se eu chegar à sexta-feira e ainda não fui enforcado, então a execução será no sábado, pois é o único dia restante. Mas isso significaria que eu esperava por ela, contradizendo a afirmação do juiz de que seria inesperada."

Se existe uma certeza de sábado ou segunda, o juiz poderia eliminar esses dias, e passaria a trabalhar com terça, quarta, quinta e sexta. Ele não será enforcado na segunda pois seria óbvio demais exatamente como no sábado, porém ele sobreviveu na segunda, estará radiante na terça feira, ótimo último dia para ser executado na quarta.

Ao analisar somente o problema do paradoxo

O problema reside na aparente impossibilidade de conciliar a afirmação do juiz (a execução será inesperada) com a capacidade do prisioneiro de raciocinar sobre o futuro. Seja qual for o dia que o prisioneiro escolher, ele sempre poderá argumentar que, se chegar ao dia anterior sem ter sido enforcado, a execução será no dia seguinte, tornando-o previsível.

Você perceberá a certeza absoluta do prisioneiro, que ao ser surpreendido com a execução não entende o conceito de "inesperado". Assim o juiz pode dizer, o que foi que eu disse?

Pontos de vista

A afirmação de que a execução será "inesperada" torna impossível prever com certeza o dia da execução, mas ao mesmo tempo, qualquer tentativa de previsão torna o evento esperado para o prisioneiro exclusivamente.

A inocência do prisioneiro em achar que o mundo gira em torno de sua sabedoria, em que se esforçando em prever o enforcamento estaria fugindo do inesperado para esperado. O dia fatídico da execução determina o inesperado, o prisioneiro pode esperar por esse dia e dizer que já sabia que era hoje, no fim ele vai morrer e somente interessa que essa execução seja surpresa, talvez dormindo, mas não teria tanto valor quanto arrancar qualquer esperança de salvação.

Ponto de vista do advogado

Ele é o personagem que, diante da sentença absurda, busca uma brecha, uma contradição na lógica do juiz para tentar salvar o condenado.

O juiz vai executar o prisioneiro de qualquer maneira, abre espaço para o desespero em um curto período de tempo. Ações devem ser realizadas, analogias devem ser usadas.

Por exemplo, seria o prisioneiro o próprio diabo? eliminar o diabo traria consequências, apenas depois de satisfazerem a condição da execução. Talvez ameaças ou demência do juiz em não conseguir estabelecer uma data específica?

Afinal todos temos prazos e horários, pessoas para assistir ou organizar o evento, última despedida e testamento, todos aspectos legais que podem ir contra o juiz e desafiar o poder.

 O objetivo do advogado, nesse caso, não é necessariamente encontrar uma solução lógica para o paradoxo, mas sim encontrar uma forma de proteger os direitos do seu cliente e desafiar a lógica absurda da sentença.

O advogado poderia questionar a responsabilidade do juiz pelas consequências psicológicas e emocionais que a sentença causa ao prisioneiro. Alegar que o juiz está gerando terror em uma execução arbitrária que pode acontecer a qualquer momento, pois não definiu datas específicas, claramente algum tipo de inimizade com o prisioneiro o que o tornaria invalido para este caso.

Imparcialidade: O vínculo emocional, seja ele positivo (amizade, parentesco) ou negativo (ódio, rancor), pode comprometer a imparcialidade do juiz. A imparcialidade é essencial para que o juiz aplique a lei de forma justa e equitativa, sem se deixar influenciar por sentimentos pessoais.

 #Incerteza #Imprevisibilidade #Lógica #Emoção