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domingo, 4 de agosto de 2024

Lampião (cangaceiro)✅

 


Virgulino Ferreira da Silva, vulgo Lampião, o Rei do Cangaço (Vila Bela, 4 de junho de 1898 – Poço Redondo, 28 de julho de 1938), foi um cangaceiro brasileiro que atuou na região do sertão nordestino do Brasil. Segundo o biógrafo Cicinato Ferreira Neto, o apelido "Lampião" foi lhe dado devido ter facilidade em manejar o rifle, "que, de tanto atirar, mais parecia um candeeiro aceso nas escuras noites da caatinga”.

Lampião (cangaceiro) – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

Lampião, cujo nome verdadeiro era Virgulino Ferreira da Silva, foi um famoso cangaceiro que atuou no Nordeste do Brasil no início do século XX. Nascido em 1898 em Pernambuco, ele liderou um grupo de cangaceiros que aterrorizou a região, cometendo assaltos, sequestros e assassinatos. O apelido “Lampião” foi dado a ele devido à sua habilidade em manejar o rifle, que, de tanto atirar, mais parecia um candeeiro aceso nas escuras noites da caatinga. Sua crueldade e violência o tornaram temido por muitos, mas também houve quem o admirasse por sua bravura e senso de honra.

Lampião se tornou um cangaceiro devido a uma combinação de fatores sociais, econômicos e políticos que afetaram o Nordeste do Brasil na época. Aqui estão alguns dos principais motivos:

  1. Seca e Fome: A região nordestina enfrentava frequentes períodos de seca, o que resultava em escassez de alimentos e dificuldades para a população local. Muitos jovens, desesperados e sem perspectivas, acabavam se juntando a grupos de cangaceiros em busca de sobrevivência.

  2. Conflitos Agrários: A concentração de terras nas mãos de poucos proprietários rurais gerava tensões e conflitos. Lampião e outros cangaceiros surgiram como uma resposta a essa desigualdade, defendendo os interesses dos mais pobres e oprimidos.

  3. Vingança e Justiça Privada: Lampião também foi motivado por questões pessoais, como vingança por injustiças sofridas por sua família. Ele via o cangaço como uma forma de fazer justiça fora das instituições legais.

  4. Cultura do Cangaço: O cangaço era uma parte intrínseca da cultura nordestina da época. Os cangaceiros eram vistos por alguns como heróis e protetores, especialmente nas áreas mais remotas.

  5. Romantização e Lendas: A figura do cangaceiro era romantizada em canções, literatura e tradições populares. Isso contribuiu para a atração de jovens como Lampião para esse estilo de vida.

Em resumo, Lampião se tornou um cangaceiro devido à combinação de fatores socioeconômicos, políticos e culturais que moldaram a região nordestina naquela época turbulenta.

Os principais inimigos de Lampião no cangaço eram os nazarenos, moradores da Vila de Nazaré em Pernambuco. Eles eram tidos como os mais temíveis rivais do “Rei do Cangaço”. Além disso, a Volante, uma força militar comandada pelo Tenente João Bezerra da Silva, também se tornou inimiga de Lampião e foi responsável por sua morte em 193812. O cangaço foi um fenômeno social importante no Brasil, e a história de Lampião é marcada por seu envolvimento com Maria Bonita, sua companheira no cangaço1.

O estilo de vida dos cangaceiros no início do século XX era marcado por uma existência árdua e perigosa. Aqui estão alguns aspectos desse modo de vida:

  1. Vida Nômade: Os cangaceiros viviam uma vida nômade, percorrendo as áridas regiões do Nordeste do Brasil. Eles se deslocavam constantemente, acampando em locais remotos, como grutas e serras.

  2. Indumentária e Aparência: Os cangaceiros usavam roupas características, como chapéus de couro, gibões, lenços coloridos e sandálias de couro. Suas vestimentas eram práticas para o ambiente hostil da caatinga.

  3. Armas e Combate: O cangaço era marcado por conflitos armados. Os cangaceiros portavam rifles, facas e punhais. Eles enfrentavam emboscadas, tiroteios e confrontos com a polícia e outros grupos rivais.

  4. Hierarquia e Liderança: Cada grupo de cangaceiros tinha um líder, como Lampião. Ele era respeitado e seguido por seus subordinados. A hierarquia era rígida, e a obediência ao líder era fundamental.

  5. Relações Sociais: Os cangaceiros formavam laços estreitos entre si. Eles compartilhavam refeições, histórias e experiências. Além disso, muitos cangaceiros tinham companheiras, como Maria Bonita, que também participavam das atividades do grupo.

  6. Atividades Criminosas: Os cangaceiros cometiam assaltos a fazendas, sequestros de pessoas influentes e extorsões. Eles também eram conhecidos por sua crueldade, mas também tinham um código de honra interno.

  7. Música e Cultura: Os cangaceiros tinham sua própria música, chamada “toada de cangaço”. Eles também eram parte da cultura popular nordestina, sendo retratados em canções, literatura e lendas.

Em resumo, o estilo de vida dos cangaceiros era uma mistura de bravura, violência, camaradagem e sobrevivência em um ambiente hostil e implacável.

Em 28 de julho de 1938, o bando de Lampião foi cercado na Fazenda Angico, no sertão de Sergipe. Uma tropa de 48 policiais de Alagoas, comandada pelo tenente João Bezerra e munida com quatro metralhadoras Hotkiss, metralhou os 34 cangaceiros presentes. Onze morreram ali mesmo, entre eles Lampião e sua companheira, Maria Bonita. Alguns cangaceiros conseguiram escapar, mas todos os mortos tiveram suas cabeças cortadas. Maria Bonita foi degolada viva. Esse fim dramático do bando de Lampião repercutiu negativamente entre outros cangaceiros, levando muitos bandos a se desfazerem e alguns a se entregarem12.

O cangaço foi um fenômeno social peculiar no Nordeste brasileiro, vivido por sertanejos pobres que encontravam nessa prática proteção contra a exploração e a fome, ainda que fosse um modo de vida marginal e criminoso. Lampião, cujo nome verdadeiro era Virgulino Ferreira da Silva, foi o mais bem-sucedido líder cangaceiro da história, o que lhe valeu o título de Rei do Cangaço. Seu bando praticava assaltos, roubos de gado, saques, sequestros, assassinatos, torturas e estupros, causando terror e indignação nos moradores das regiões por onde passavam. Apesar disso, Lampião e seu grupo eram frequentemente protegidos por coiteiros, que ofereciam abrigo e alimentos temporários aos cangaceiros, facilitando sua fuga das forças policiais conhecidas como "volantes"13.