segunda-feira, 1 de julho de 2024

Canais iônicos ✅

 


Canais iónicos são proteínas de membrana que formam poros aquosos através da bicamada lipídica, pelos quais passam os iões entre o meio extracelular e intracelular. Ajudam a estabelecer e controlar a diferença de potencial elétrico (gradiente de voltagem) através da membrana da célula, permitindo o fluxo de iões pelo seu gradiente eletroquímico. Estão presentes nas membranas celulares.

Canal iónico – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

Os canais iônicos são proteínas presentes nas membranas celulares que permitem o fluxo seletivo de íons para dentro e para fora das células. Esses canais desempenham um papel crucial em diversos processos fisiológicos, como a transmissão de sinais nervosos, contração muscular e regulação do equilíbrio iônico1. Existem diferentes tipos de canais iônicos, incluindo os de potássio, sódio, cálcio e cloro. Cada tipo possui características específicas de seletividade e regulação. Por exemplo:

Canais iônicos - Biologia molecular - Mobilidade iônica - Dinâmica molecular

Canais iônicos (CIs) são proteínas transmembrânicas capazes de regular o fluxo de íons, para dentro e para fora das células, abrindo e fechando seus poros. 

Tal regulação se da em resposta a diferentes estímulos, como ligação de moléculas, diferenças de potencial eletrostático, estímulos mecânicos, etc. Além disso, em geral, CIs são altamente seletivos a um íon. Assim, em função do íon transportado pelo canal, estes podem ser denominados canais de Na+, K+, Ca++ ou Cl-. 

O funcionamento de CIs está relacionado a uma variedade de funções biológicas essenciais como: contração muscular, sinapses, geração e transmissão de impulsos nervosos, controle da pressão osmótica, secreção hormonal, percepção do ambiente e consciência, entre outros. Portanto, essas proteínas tem sido alvo de intensas investigações ao longo das ultimas décadas. Diversas estruturas cristalográficas de canais iônicos foram resolvidas nos últimos anos. Conjuntamente com avanços no poder computacional, tais estruturas possibilitam a investigação de CIs com alta resolução, via simulações de dinâmica molecular (DM). 

Em 2011 foi publicada a primeira estrutura cristalográfica de canal de Na+: um CI bacteriano denominado NavAb (Payandeh et al., 2011). Observa-se que o poro de CIs apresenta uma estrutura geral comum. Em contrapartida, a região responsável pela discriminação dos íons, o chamado filtro de seletividade (FS), naturalmente mostra diferenças consideráveis.

Segundo pode ser observado na estrutura cristalográfica, o FS de canais de Na+ e relativamente curto e amplo, sendo portanto capaz de acomodar íons hidratados no seu interior. Além disso, e sugerido que íons dispõem de certa mobilidade no interior desse FS. Tal descrição difere significativamente do ambiente constrito e pouco hidratado observado no FS de canais de K+. Frente a isso, espera-se que os mecanismos de condução em canais de Na+ e K+ sejam diferentes. 

Neste trabalho, cálculos de energia livre (via metadinâmica) e simulações de DM com aplicação de potenciais eletrostáticos transmembrânicos foram empregados na investigação do mecanismo de condução de canais de Na+, através do CI NavAb. 

Conjuntamente, ambas metodologias mostram que os íons ligam-se essencialmente a três sítios no interior do FS, chamados HFS, CEN e IN. Mostrou-se também que o movimento de íons e água no interior do filtro e pouco restrito. 

Em decorrência disso, e permitida a ocupação concomitante de um único sitio do FS por mais de um íon, o que implica em um mecanismo fundamentalmente distinto daquele observado em canais de K+.

Outro resultado interessante aponta para uma assimetria nos mecanismos de condução de Na+ em condições de hiperpolarização ou equilíbrio (ΔV≤0) e de despolarização (ΔV>0). O mecanismo de condução predominante a ΔV ≤ 0 envolve essencialmente a participação de dois Na+. Em contrapartida, a ΔV > 0, o mecanismo conta com três íons, sendo que a chegada do terceiro estimula a liberação de um dos íons anteriormente presentes no canal. 

Perspectivas desse estudo impactam algumas das questões mais desafiantes da biofísica molecular atual, tais como: identificar os fatores determinantes da seletividade iônica; compreender melhor a relação estrutura-função de canais iônicos eucariotos, particularmente canais de Na+ e Ca++; mecanismo de ação de anestésicos e aplicações nanobiotecnológicas.

Origem: Repositório Institucional da UnB: Mecanismos de condução iônica em canais de sódio.

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Capítulo 27 - Processo de Preservação do corpo


Bismuto ✅

 


O bismuto (do alemão "Wismut", "massa branca") é um elemento químico de símbolo Bi, de número atômico 83 (83 prótons e 83 elétrons), de massa atómica igual a 208,9 u, encontrado no grupo 15 (anteriormente denominado VA) da classificação periódica dos elementos químicos.

À temperatura ambiente, o bismuto encontra-se no estado sólido.

Bismuto – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

O bismuto é um elemento químico de número atômico 83 e símbolo Bi. Ele pertence à família 5A da tabela periódica e é encontrado no grupo 15. À temperatura ambiente, o bismuto se apresenta como um metal branco, quebradiço e de cor branca. Suas principais características incluem a formação de uma camada fina e iridescente de óxido quando reage com o oxigênio, além de ser pouco tóxico em comparação com outros metais pesados. Ele é empregado em ligas especiais que fundem a baixas temperaturas e também é utilizado em produtos terapêuticos12345.

O bismuto tem diversos usos e aplicações em diferentes áreas. Alguns deles incluem:

  1. Ligas metálicas: O bismuto é frequentemente utilizado em ligas especiais, como ligas de baixo ponto de fusão. Por exemplo, a liga de bismuto, chumbo e estanho é usada em fusíveis elétricos.

  2. Medicina: O bismuto é um componente do subsalicilato de bismuto, que é usado para tratar problemas gastrointestinais, como úlceras pépticas e diarreia. Ele também é encontrado em alguns antiácidos.

  3. Pigmentos e cosméticos: O bismuto é usado como pigmento em maquiagens e esmaltes. Ele confere um brilho perolado e iridescente.

  4. Indústria eletrônica: O bismuto é usado em soldas de baixo ponto de fusão para componentes eletrônicos.

  5. Detectores de radiação: Devido à sua alta densidade, o bismuto é usado em detectores de radiação.

  6. Supercondutores: O bismuto é um componente de alguns materiais supercondutores.

Lembrando que essas são apenas algumas aplicações, e o bismuto pode ter outros usos específicos em diferentes contextos. 😊

O bismuto é normalmente obtido como subproduto do refino de minérios de cobre, chumbo, estanho, prata e ouro. Além disso, pode ser extraído de seus minérios por meio de processos como torrefação, fundição e eletrólise1. 😊

Sim, um dos compostos mais conhecidos com bismuto é o subsalicilato de bismuto. Ele é usado para tratar problemas gastrointestinais, como úlceras pépticas e diarreia. Além disso, o bismuto também é encontrado em alguns antiácidos. 😊

O bismuto é geralmente considerado pouco tóxico, mas existem algumas considerações:

  1. Exposição prolongada: A exposição prolongada a altas concentrações de bismuto pode causar intoxicação por bismuto, que se manifesta como sintomas gastrointestinais, como náuseas, vômitos e diarreia.

  2. Alergias: Algumas pessoas podem ser alérgicas ao bismuto e desenvolver dermatite ou outras reações cutâneas.

  3. Medicamentos contendo bismuto: O uso excessivo de medicamentos contendo bismuto, como o subsalicilato de bismuto, pode levar a efeitos colaterais, como escurecimento da língua e fezes escuras.

  4. Gravidez e lactação: Mulheres grávidas ou lactantes devem evitar o uso de bismuto, a menos que seja estritamente necessário, devido à falta de dados sobre sua segurança nesses grupos.

Em geral, o bismuto é seguro quando usado conforme as orientações médicas. No entanto, é sempre importante consultar um profissional de saúde antes de iniciar qualquer tratamento com bismuto. 😊

Benefícios do ômega 3

 


Os ácidos graxos ômega 3 (português brasileiro) ou ómega 3 (português europeu), como o ácido alfa-linolênico, ácido eicosapentaenoico e o ácido docosa-hexaenoico, são ácidos carboxílicos poli-insaturados, em que a dupla ligação está no terceiro carbono a partir da extremidade oposta à carboxila. Muitos deles (e outros ômega 6) são chamados de "essenciais" porque não podem ser sintetizados pelo corpo e devem ser consumidos sob a forma de gorduras. Porém nem todos os ômega 3 são iguais. O “bom” ômega 3 é o de cadeia longa (ácidos graxos de cadeia longa), e o menos adequado, com poucos benefícios para a saúde, são os ácidos graxos de cadeia curta.

Ômega 3 – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

Claro! O ômega 3 é uma gordura boa com diversos benefícios para a saúde. Aqui estão alguns deles:

  1. Diminui a inflamação: O ômega 3 tem propriedades anti-inflamatórias, úteis no tratamento de doenças como a artrite reumatoide e na prevenção de danos celulares que podem levar ao câncer1.
  2. Protege contra doenças cardiovasculares: Ajuda a reduzir o colesterol ruim e os triglicerídeos, melhorando o funcionamento das artérias e prevenindo infarto, arritmia e derrame cerebral1.
  3. Evita a formação de coágulos: Especialmente o DHA e o EPA no ômega 3 têm propriedades anticoagulantes, reduzindo a formação de coágulos sanguíneos1.
  4. Combate a depressão: Protege as células cerebrais, melhorando substâncias responsáveis pelas emoções e bem-estar, como serotonina e dopamina1.
  5. Melhora a memória e disposição: Além disso, auxilia no desenvolvimento muscular e aumenta a energia1.

Para obter ômega 3, você pode consumir peixes como salmão, atum e sardinha, ou sementes como chia e linhaça. Suplementos também são uma opção, mas sempre com orientação médica ou nutricional1. Espero que isso ajude! 🌟

Sim, o consumo excessivo de ômega 3 pode ter alguns efeitos colaterais. Aqui estão alguns pontos importantes a considerar:

  1. Problemas de coagulação sanguínea: O ômega 3 tem propriedades anticoagulantes, o que pode aumentar o risco de sangramento excessivo. Se você já toma medicamentos anticoagulantes, é importante conversar com um profissional de saúde antes de suplementar com ômega 3.

  2. Aumento de calorias: Alimentos ricos em ômega 3, como peixes gordurosos, também podem ser calóricos. Consumir grandes quantidades sem considerar o valor calórico pode levar ao ganho de peso.

  3. Problemas gastrointestinais: Algumas pessoas relatam desconforto gastrointestinal, como diarreia, após o consumo excessivo de suplementos de ômega 3.

  4. Interferência com medicamentos: O ômega 3 pode interagir com certos medicamentos, como anti-hipertensivos e imunossupressores. Consulte um profissional de saúde antes de iniciar qualquer suplementação.

Lembre-se de que a maioria das pessoas obtém ômega 3 por meio de uma dieta equilibrada, e suplementos devem ser usados com cautela e orientação profissional. 😊

Auroterapia

 


Crisoterapia ou auroterapia são termos utilizados para designar o tratamento com produtos farmacêuticos à base de ouro. Às vezes, essas espécies são chamadas de "sais de ouro". A pesquisa sobre os efeitos medicinais do ouro começou em 1935, principalmente para reduzir a inflamação e retardar a progressão da doença em pacientes com artrite reumatoide. O uso de compostos de ouro diminuiu desde a década de 1980 devido a numerosos efeitos colaterais e requisitos de monitoramento, eficácia limitada e início de ação muito lento. A maioria dos compostos químicos de ouro, incluindo algumas das drogas discutidas abaixo, não são sais, mas são exemplos de complexos de tiolato de metal de transição.

Crisoterapia – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

A crisoterapia consiste na utilização de ouro ou os sais desse mineral no tratamento curativo ou paliativo de seres humanos1. Embora já tenham sido realizados diversos estudos do uso de crisoterapia, especialmente no tratamento da artrite reumatoide, nunca foi realizado um estudo utilizando grupo controle adequadamente, o que leva ao comprometimento dos resultados obtidos. Sabe-se que esta terapia não leva a resultados milagrosos, como foi atribuído no passado, porém é benéfico para muitos pacientes. As desvantagens observadas com o uso da crisoterapia incluem recaída após a suspensão do tratamento e toxicidade1. Normalmente, o ouro é administrado por via intramuscular, associado a uma suspensão aquosa ou oleosa. Lentamente, esse ouro é absorvido pelo organismo, alcançando a corrente sanguínea, sendo, portanto, distribuído para todos os tecidos moles do corpo, locais onde o ouro fica depositado durante longos períodos. Aproximadamente 80% do ouro são fixados nos tecidos durante muito tempo, enquanto 20% são rapidamente eliminados do organismo junto com as fezes e a urina1. 😊

Sim, o ouro tem várias aplicações médicas interessantes! Aqui estão algumas delas:

  1. Artrite Reumatoide: O ouro já foi usado para tratar a artrite reumatoide. Compostos de ouro, como o sódio aurotiomalato e o aurotioglucose, eram injetados para reduzir a inflamação nas articulações. No entanto, seu uso diminuiu devido a efeitos colaterais e à introdução de tratamentos mais eficazes1.

  2. Câncer: Os nanopartículas de ouro têm propriedades únicas que os tornam valiosos na detecção e tratamento do câncer. Eles são usados em fototermoterapia e radioimunoterapia, onde as partículas de ouro são direcionadas para células cancerosas e ativadas por luz ou radiação para destruí-las23.

  3. HIV e Malária: Pesquisas estão explorando o uso de compostos de ouro para combater o HIV e a malária. Esses compostos podem inibir a replicação viral e afetar o ciclo de vida do parasita da malária4.

  4. Dor no Tratamento da Artrite: Embora menos comum hoje em dia, o ouro ainda é usado para aliviar a dor causada pela artrite reumatoide. No entanto, os efeitos colaterais, como a descoloração da pele, limitam seu uso1.

Em resumo, o ouro continua a desempenhar um papel importante na medicina, especialmente em pesquisas e tratamentos inovadores. 😊