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Tesla: O Monopólio
Vamos falar desta marca e como ela tem o potencial de monopolizar tudo. $5,47 Trilhões em 5 a 10 anos.
A primeira solução é mais óbvia é a criação de placas de vídeo para utilizar como acessórios nos veículos elétricos da Tesla.
Assim ela entra no segmento de placas de vídeo e ainda distribui nos próprios veículos.
Note que ao utilizar o veículo que possui uma placa de vídeo potente, significa um painel com alto poder de processamento de imagens.
A Tesla já projeta seus próprios chips de Full Self-Driving (FSD), como o Dojo. Estes são especializados em inteligência artificial e visão computacional, otimizados para a tarefa de dirigir.
A entrada direta no mercado de "placas de vídeo" (GPUs de propósito geral como as da NVIDIA ou AMD) para consumidores tradicionais seria um grande desvio, mas fazer chips especializados para IA/gráficos em seus carros é algo que já fazem.
Os veículos Tesla já possuem computadores de bordo extremamente poderosos (o chamado 'FSD Computer'), muito mais capazes do que a maioria dos veículos. Isso permite processar as imagens das câmeras em tempo real.
É esse poder que permite recursos gráficos avançados no infoentretenimento, jogos (como a Steam em alguns modelos) e, o mais importante, a visão computacional para a condução autônoma.
A Tesla já verticalizou (internalizou) muitas partes da cadeia de suprimentos: software, baterias, carregamento (Supercharger) e design de chips de IA.
Se a Tesla criasse e distribuísse suas GPUs (ou chips de IA) para outros fabricantes de veículos, ela se tornaria uma fornecedora crítica. No entanto, o foco mais provável seria apenas usar esse poder internamente para ganhar a corrida da condução autônoma.
A introdução no mercado de placas de vídeo rivaliza diretamente com outras marcas como a NVIDIA, e a ideia de marca é exatamente esta, estar em todo o lugar, atingindo os principais concorrentes.
Ao dominar o design desses chips (D1 para o centro de dados e FSD Computer para o carro), a Tesla não só garante suprimento e custo, como também se estabelece como uma rival no design de semicondutores. Se esses chips se provarem superiores para aplicações de IA específicas, a Tesla pode, sim, licenciá-los para data centers de terceiros ou outras indústrias, atingindo a NVIDIA no seu território mais lucrativo.
Como a Tesla Se Posiciona para Dominar
Transporte (Carros): Design, produção, software (FSD), e a criação da maior frota de Robotáxis autônomos. Concorrentes: Montadoras tradicionais (Ford, GM, Toyota) e novos players de carona (Uber, Lyft).
Infraestrutura de Energia: Baterias de armazenamento (Powerwall, Megapack) e a rede de carregamento (Supercharger). Concorrentes: Utilities (empresas de energia), fabricantes de baterias e empresas de petróleo/gás.
Hardware de IA/Computação: Desenvolvimento de chips próprios (Dojo, FSD Computer) para treinar e operar IA em larga escala. Concorrentes: NVIDIA, AMD, e fornecedores tradicionais de data center.
Seguros: Usando os dados em tempo real da frota para oferecer seguros (Tesla Insurance) com preços imbatíveis. Concorrentes: Seguradoras tradicionais (Allstate, Porto Seguro, etc.).
Em todas essas áreas a tesla tem forte presença.
Somando essa cadeia de serviços temos algo como Transporte, energia, computação e segurança.
Isso significa alguns privilégios exclusivos:
Você usa o Supercharger.
Você tem o Powerwall.
Você tem o Seguro da Tesla com base em telemetria.
Seu carro é o único com a capacidade FSD.
Entretanto, um carro elétrico não é exatamente o que a maioria das pessoas precisa.
Um híbrido é a melhor escolha, por exemplo o veículo é elétrico, mas é necessário abastecer 5 litros de gasolina, a gasolina pode ser usada no sistema de várias maneiras, sua principal função é acomodar o psicológico do cliente, ainda é um carro, tem o cheiro e ainda para em uma bomba de combustível. Ou seja, usar o antigo como catalisador para a modernidade.
A Tesla estaria dizendo: "Sabemos que você tem medo da eletricidade pura. Leve este carro que parece que resolve seu problema. Dentro dele, no entanto, você estará usando nosso chip FSD, alimentando nosso Dojo, e entrando em nosso sistema de seguros. Quando a bateria e a infraestrutura estiverem perfeitas, você já estará 100% nosso, sem nem ter percebido a transição."
É uma estratégia para romper a barreira psicológica do cliente sem comprometer a hegemonia tecnológica da marca.
A Tesla deseja ser a primeira a resolver a Condução Totalmente Autônoma.
Isso é interessante confiar plenamente na máquina, algo totalmente errado, mas vamos analisar como isso acontece.
A resistência dos clientes e do mercado às inovações são a primeira barreira para a aquisição do produto, a segunda barreira é a falta de familiaridade, o cliente precisa saber como utilizar o produto sem passar horas lendo manuais ou realizando cursos.
E a terceira e grande barreira é a questão humana, um veículo ecologicamente sustentável e um veículo comum tem a mesma função, ou seja, são apenas veículos.
Essa parte é uma situação para ensinar sobre o meio ambiente, sobre uma causa e sobre a natureza. Daí quando você tenta vender uma máquina que basicamente está em equilíbrio com a natureza, mas ela age de forma autônoma e não como a natureza sugere, é difícil de comprar.
O veículo híbrido
É muito interessante que a gasolina faça parte de um veículo elétrico, assim como um robô autônomo dirigir este mesmo veículo.
Perceba a evolução e familiaridade tecnológica das gerações, ontem usavam gasolina, hoje usam IA e amanhã a IA vai dirigir o veículo para você.
Se a Tesla conseguir que o cliente se familiarize com a superioridade do seu sistema (FSD Computer) através de um produto que ele julga seguro e controlável (mesmo que seja um BEV puro, ou, um híbrido), ela terá cumprido seu objetivo de monopólio.
O verdadeiro produto, no final, não é o carro, mas sim a liberação da atenção humana e a adesão total ao ecossistema de serviços (Energia, IA, Seguros).
Impacto trilionário
Se a Tesla assumir os custos de qualquer acidente mediante seus produtos, logo, não haverá concorrente para ele.
O Sarrafo de Entrada: Nenhuma outra montadora ou empresa de tecnologia de direção autônoma (como Waymo ou Cruise) está financeiramente preparada ou disposta a assumir a responsabilidade total por toda a sua frota em escala global. O custo potencial de responsabilidade civil seria astronômico.
A Vantagem do Dados/Seguro: A Tesla só poderia fazer tal aposta porque tem a vantagem de dados (telemetria) e sua própria divisão de Seguros (Tesla Insurance). Ela calcularia que a superioridade de sua IA (FSD) e a precisão de seus dados reduziriam a taxa de acidentes para um nível tão baixo que o custo da responsabilidade total seria, na verdade, menor do que o custo de continuar lutando por regulamentação país por país.
Simplificação Legal: O maior obstáculo (a definição de "quem culpar") seria resolvido instantaneamente. A Tesla diria aos governos: "Não se preocupem com quem é o motorista. A responsabilidade é nossa. Regulem apenas a performance (taxa de segurança)."
Aceleração Regulatória: Ao assumir o risco, a Tesla forçaria os órgãos reguladores a acelerar a aprovação da operação Nível 5 (Robotáxis), pois a principal barreira do risco financeiro e legal do consumidor estaria resolvida.
Essa atitude seria a declaração final de confiança na superioridade da IA da Tesla. Seria o maior endosso de marketing de todos, significando: "Nossa máquina é tão superior à condução humana que estamos dispostos a apostar a própria empresa nisso."
Monopólio do Risco: As outras montadoras não conseguiriam competir em termos de oferta de risco. O cliente escolheria a Tesla por padrão, pois seria a única marca a oferecer "zero culpa" em caso de acidente.
Disparo de Robotáxis: Com a barreira regulatória removida ou drasticamente reduzida, a Tesla poderia implantar sua frota de Robotáxis e licenciar o FSD em escala global, alcançando o potencial de múltiplos trilhões de dólares.
Assumir a responsabilidade total é, de fato, a chave final para a Tesla transformar seu potencial de monopólio em realidade incontestável, ao mesmo tempo que liquida a concorrência no campo de batalha legal e financeiro.
Se a Tesla for avaliada em múltiplos trilhões de dólares em 10 anos, como sugere o plano de monopólio por meio de Robotáxis, Energia e Chips de IA, isso refletiria um valor colossal gerado pela empresa e seus colaboradores.
Múltiplos trilhões de dólares
O valor de um funcionário deveria ser proporcional ao sucesso da empresa que ele ajuda a construir. Se a IA da Tesla for o motor do Robotáxi, e o Robotáxi for o motor de uma empresa de 5 trilhões de dólares, a contribuição de quem desenvolve e opera essa tecnologia é, de fato, imensa.
Em um cenário onde a Tesla domina os setores, o Elon Musk já tem uma remuneração incomumente atrelada ao desempenho da empresa, por meio de grandes pacotes de opções de ações (os stock options). No entanto, se o sucesso for alcançado, certamente haveria argumentos sólidos para que os principais talentos e engenheiros da empresa também tivessem uma fatia trilionária desse sucesso.
Cálculo da Avaliação (Valuation) sugere que 10x Receita seria $3,65 Trilhões, e 15x Receita, $5,47 Trilhões.
No cenário de monopólio total (50M Robotáxis + FSD global + Dojo como AWS da IA), a Tesla pode bater ~$15 trilhões até 2035."
#Monopólio, #FSD #Ecossistema, #Responsabilidade
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