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Rio de janeiro, a guerra urbana e a politicagem
Rio de janeiro, a guerra urbana e a politicagem
A batalha contra traficantes, narcotraficantes, assaltantes
e demais criminosos amasiados em comunidades é custosa.
Dentre os maiores custos estão, o emprego do soldado, armas e munições, transporte e danos colaterais.
Lembrando do custo do bandido na prisão, que recebe salário e tem custos de alimentação para o governo.
Os custos da chamada "guerra urbana" são de fato multifacetados, envolvendo desde gastos diretos do Estado até prejuízos sociais e econômicos para a população.
💰 Custos da "Guerra
Urbana" no Rio de Janeiro
Custos de Segurança Pública (Orçamento): O orçamento
destinado às polícias no estado do Rio de Janeiro é de bilhões de reais (há
menção a R$ 19 bilhões previstos para 2026, por exemplo), grande parte usado em
um modelo de confronto.
Prejuízos aos Moradores de Favelas (Danos Colaterais e
Indiretos):
Pesquisas indicam que as ações policiais em favelas podem
causar prejuízos de pelo menos R$ 14 milhões por ano aos moradores dessas
comunidades, devido a danos materiais, perda de dias de trabalho ou
impossibilidade de acessar serviços.
Há interrupção de serviços essenciais, como transporte,
consultas médicas e educação, afetando a vida de milhões de pessoas.
Prejuízo ao Comércio: Em grandes operações, o prejuízo ao comércio (como o da Fecomércio-RJ) pode chegar a dezenas de milhões de reais (exemplo de R$ 50 milhões em uma única operação).
Custo de Bem-Estar (Nacional): Um estudo do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada) estimou que o custo de bem-estar da guerra às drogas no Brasil é de cerca de R$ 50 bilhões por ano, abrangendo violência, saúde e outros impactos.
Custos Operacionais Diretos: Uma única operação policial de
grande porte pode ter um custo direto (logística, munições, veículos) na casa
dos milhões de reais (exemplo de cerca de R$ 9 milhões em uma operação
recente).
⛓️ Custos do Detento no Sistema Prisional
Seu ponto sobre os custos do criminoso na prisão também é
pertinente.
Custo Médio por Preso: Levantamentos do Conselho Nacional de
Justiça (CNJ) já indicaram que um preso custa, em média, cerca de R$ 1.800,00
por mês aos cofres públicos estaduais.
Variação de Custos: Esse valor pode variar muito, chegando a
R$ 3.500,00 em algumas estimativas mais antigas ou caindo para cerca de R$
1.500,00 em modelos alternativos de gestão prisional (como as APACs).
Custo Anual Total: O custo total anual do sistema prisional
brasileiro já foi estimado em cerca de R$ 28 bilhões para o erário público,
pago pelo contribuinte.
"Salário" do Preso: O termo "salário"
normalmente se refere ao Auxílio-Reclusão, pago pelo INSS aos dependentes do
segurado de baixa renda que está preso em regime fechado ou semiaberto. É um
benefício da Previdência Social, não um salário pago pelo governo ao detento. A
lei de execução penal prevê remuneração pelo trabalho do preso, mas a adesão ao
trabalho é baixa.
O valor teto do Auxílio-Reclusão (R$ 1.819,63) é próximo do
custo médio mensal de um preso para os cofres públicos estaduais (R$ 1.800,00),
mas são despesas de naturezas e fontes diferentes (Previdência vs. Custódia).
Para uma análise completa dos custos da guerra urbana, é crucial contextualizar o gasto dentro do orçamento total do Estado e explorar o impacto na sua capacidade de arrecadação.
Abaixo, apresento um panorama que integra o Custo Total da Violência com a Performance Orçamentária e Fiscal do Estado do Rio de Janeiro.
💥 Panorama: Custo Total
da Guerra Urbana vs. Orçamento e Arrecadação (RJ)
A análise revela que o Rio de Janeiro gasta uma proporção
excessiva de seu orçamento em segurança, o que, somado aos custos indiretos da
violência e aos problemas fiscais estruturais (como a guerra fiscal), cria um
ciclo vicioso de desequilíbrio financeiro e ineficácia.
💰 Orçamento de Segurança
Pública vs. Receita Total (O Custo do Confronto)
O Estado do Rio de Janeiro se destaca por ser um dos que
mais investe (em proporção) em segurança pública no Brasil, em detrimento de
outras áreas.
O Peso da Segurança no Orçamento Estadual
O orçamento do Rio de Janeiro evidencia um forte
desequilíbrio na alocação de recursos, com a segurança pública exercendo um
peso significativo sobre as finanças estaduais.
O Orçamento Total Estimado (LOA) do Estado,
que representa a receita líquida e os gastos totais, girou em torno de R$
92,9 Bilhões (referência de 2022). Dentro desse total, o Orçamento
de Segurança Pública é historicamente elevado. Com valores na casa
dos R$ 12,7 Bilhões (referência de 2020), o Rio de Janeiro
investe o maior percentual de seu orçamento na área de
segurança entre todos os estados do Brasil, uma proporção que chega a superar o
peso combinado de Saúde e Educação.
No entanto, a maior parte desse recurso não se traduz em
investimento em novas tecnologias ou prevenção. Cerca de 82% (aproximadamente R$
10,4 Bilhões em 2020) do recurso da Segurança Pública é consumido
por salários e encargos sociais, destinados principalmente à
Polícia Militar. Esse alto gasto com pessoal e inativos limita severamente a
capacidade do Estado de investir em inteligência, tecnologia e programas
sociais de longo prazo.
Além disso, o custo da repressão é reforçado pelo Custo
de Custódia do sistema prisional. Em âmbito nacional, o gasto total
anual com o cárcere atinge cerca de R$ 28 Bilhões, sendo que cada
detento custa, em média, R$ 1.800,00 por mês aos cofres
estaduais, representando um dreno financeiro contínuo e expressivo.
📉 Impacto na Arrecadação:
A Falta de Dinheiro para o Estado
A violência urbana impõe um efeito destrutivo sobre a
arrecadação do Rio de Janeiro, agravando problemas fiscais já existentes, como
a competição da "guerra fiscal" com outros estados.
O prejuízo ao comércio e ao setor produtivo é
imediato e significativo. Em uma única operação policial de grande porte, o
prejuízo pode alcançar a marca de R$ 50 Milhões (conforme
estimativas da Fecomércio-RJ). A interrupção da atividade econômica em áreas de
conflito, o aumento recorrente do roubo de cargas — muitas
vezes um motivo primordial para intervenções de segurança — e a insegurança
generalizada reduzem drasticamente o volume de negócios, impactando,
consequentemente, a base de cálculo do ICMS (Imposto sobre Circulação de
Mercadorias e Serviços).
Este quadro de violência exacerba o desafio das perdas
de ICMS, o principal imposto estadual. Embora as perdas anuais do Estado
atinjam até R$ 10 Bilhões (estimativa da Sefaz-RJ,
considerando desonerações federais e incentivos da guerra fiscal), a presença
constante da guerra urbana piora o cenário. Um ambiente de violência crônica
afugenta investimentos e empresas, que buscam segurança jurídica e operacional
em outros estados, enfraquecendo a economia fluminense e a sua capacidade de
arrecadar.
Em um ciclo vicioso, a própria estagnação econômica do
Rio de Janeiro tem relação direta com a violência. Crises financeiras
recorrentes, como a que levou à intervenção militar em 2018, ocorreram sob o
impacto do aumento do roubo de cargas. Isso demonstra que a guerra urbana não é
apenas um problema social, mas atua como uma interface entre a violência e a
necessidade urgente de proteger a propriedade e garantir as condições mínimas
para a circulação de mercadorias.
💸 Custo Total da
Violência vs. PIB: A Drenagem da Riqueza Nacional
Para dimensionar a real magnitude do dano causado pela
guerra urbana e pela violência no Brasil, é necessário compará-lo com a riqueza
total produzida pelo país (PIB).
A violência impõe um fardo econômico
colossal sobre toda a nação. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea)
estima que o Custo Nacional da Violência (que engloba gastos
diretos, indiretos e de bem-estar) ultrapassa a marca de R$ 1 Trilhão
por ano. Esse valor representa cerca de 11% do PIB nacional,
mostrando que a violência não é apenas um problema social, mas um enorme
obstáculo ao desenvolvimento econômico do país.
Em contraste com as despesas do Estado, as organizações
criminosas operam uma poderosa economia paralela. O Custo do Crime
Organizado é medido pelo seu próprio faturamento, estimado em R$
146 Bilhões por ano (referência de 2022). Esse montante é obtido
através de atividades ilícitas como o tráfico de bebidas, tabaco, combustíveis
e ouro, entre outros. O fato de que essa riqueza de bilhões não entra na
arrecadação do Estado, mas sim financia a guerra urbana e o
poder das facções, evidencia a dimensão do desafio fiscal e de segurança
enfrentado pelo Rio de Janeiro.
Conclusão Fiscal da Análise
O panorama total é de um desequilíbrio fiscal agravado pela violência.
O Estado do Rio de Janeiro aloca uma fatia significativa de
seu orçamento (centenas de milhões e bilhões) para o combate, mas a ineficácia
desse modelo, somada às perdas econômicas (milhões em prejuízo ao comércio) e à
fuga de investimentos causada pela insegurança, prejudica diretamente a
principal fonte de receita: o ICMS.
Em essência, o Estado gasta excessivamente para combater um
problema (a guerra urbana) que, ao persistir, destrói sua própria base de
arrecadação, gerando a "falta de dinheiro" que poderia ser investido
em áreas (como educação e infraestrutura) que, a longo prazo, teriam maior
potencial para reduzir a criminalidade.
A arrecadação
A arrecadação nas zonas de conflito nos permite
conectar diretamente a violência urbana com o desequilíbrio
fiscal do Rio de Janeiro.
Em outras palavras significa, que o estado precisa estar nas comunidades desde comerciantes até o cidadão da comunidade. O crime organizado tem seus próprios ideais o que levam a busca por manter e conquistar territórios, para suas atividades ilícitas, fazendo a população do local refém da selvageria.
É verdade que em um território sem lei, o crime organizado
se fortalece com as famílias que tem acesso ao dono da área, permitindo um
poder sobre outros, causando medo e gerando insegurança para aqueles que
desafiam sua vontade.
Para o crime organizado a arrecadação paralela funciona da
seguinte maneira:
Monopólio e Taxa de Segurança: O tráfico obriga
comerciantes a comprar produtos (gás, cigarros, TV a cabo, internet, água/luz)
de fornecedores controlados por eles (milícias) ou a pagar uma "taxa de
segurança".
Controle de Produtos Ilegais: Venda de mercadorias
roubadas (do roubo de cargas) a preços abaixo do mercado.
"Governança" Criminosa: O crime dita regras,
aplica "justiça" e coage moradores e pequenos empreendedores,
exercendo um poder que impede a atuação legal do Estado (fiscalização, registro
de empresas).
A guerra se estende a vários pontos do Rio de janeiro,
segundo as estimativas existe um fuzil para cada boca de fumo nas comunidades,
bocas de fumos são encontradas em pontos diferentes, mas ainda sim numerosos e
o que implica na quantidade de soldados armados, aqueles que portam o fuzil.
O Confronto gera votos de
curto prazo.
A política tradicional muitas vezes se beneficia da retórica
da guerra.
Voto da Segurança: O discurso de "tolerância
zero" e "guerra ao crime" é
eleitoralmente eficaz. Apresentar operações de grande porte e a imagem do
confronto como "resposta dura" gera capital político e atende à
demanda de parte da opinião pública por uma ação imediata.
Visibilidade Imediata: A política de confronto
oferece resultados visíveis (grandes apreensões, veículos blindados, operações
televisivas), contrastando com a lentidão e a baixa visibilidade de
investimentos em educação, inteligência e urbanismo, cujos resultados só aparecem
em décadas.
Evitar o Debate Complexo: Manter o foco no
confronto militarizado desvia o debate público da falha estrutural do
Estado em áreas sociais e de inteligência, e da necessidade de
reformas impopulares, como o combate à corrupção e à lavagem de dinheiro que
financiam o crime.
O Modelo Militarizado gera dinheiro para
grandes contingentes e fornecedores de equipamentos.
O alto orçamento de segurança (R$ 12,7 Bilhões em 2020) cria
um sistema financeiro que depende da manutenção da ameaça:
Gasto com Pessoal: Onde 82% (R$ 10,4
Bilhões) do orçamento de segurança vai para salários e inativos, a
prioridade política se torna a manutenção do grande contingente (o
"emprego do soldado" que você mencionou) em vez da eficiência.
Qualquer proposta de modernização que implique redução ou redirecionamento de
pessoal enfrenta resistência sindical e política.
Indústria da Repressão: O confronto contínuo
garante a necessidade de compras emergenciais de armas,
munições, veículos blindados (o custo direto de R$ 9 Milhões em
uma operação) e tecnologia de repressão. Este é um mercado que se alimenta da
instabilidade e da urgência.
Corrupção no Sistema Prisional: O alto custo do
detento (R$ 1.800,00 por mês) gera um sistema de custódia caríssimo (R$
28 Bilhões/ano nacionalmente) que é suscetível à corrupção, incluindo
o desvio de verbas de alimentação e a falha em promover a ressocialização.
A Guerra Persistente mantém o crime
organizado forte o suficiente para minar a arrecadação (Roubo de Cargas
de R$ 325 Milhões em 2024) e para financiar a corrupção que garante
que o status quo se mantenha.
O crime organizado usa a violência para fins econômicos e
políticos:
Financiamento do Crime (R$ 146 Bilhões/ano): O
crime se sustenta com uma arrecadação que excede o orçamento de muitos estados,
usando esse poder financeiro para corromper agentes públicos e cooptar
lideranças políticas, garantindo sua impunidade e a continuidade dos negócios.
"Governança" Política Local: Nas
comunidades, o crime (traficantes e milicianos) exerce um poder
político local, controlando votos, oferecendo "serviços" (embora
ilegais, como a distribuição de gás) e exercendo controle territorial que o
Estado legal não consegue (ou não quer) exercer.
Soluções para o povo do Rio de janeiro
É fundamental atualizar o Estado com a guerra moderna, onde
cidades podem ser completamente dizimadas com uma bomba, por exemplo a cidade
de Brasília pode ser apagada do mapa com um tzar bomba, uma arma nuclear
desenvolvida pela Rússia.
Então a arquitetura labiríntica do Rio de janeiro,
semelhante a uma selva, já não estabelece uma boa estrutura de defesa nacional,
sendo necessário criar bunkers subterrâneos de maneira especifica para não
impactar o lençol freático, outra opção é a concretagem nas comunidades,
adicionar mais camadas de concreto.
Essa abordagem dos blocos de concreto é cara, um alto
investimento para blindar as casas contra disparo de fuzil. Mas uma alternativa
extremamente útil a longo prazo.
Eliminar o vácuo de poder nas comunidades é estabelecer
lideranças dentro da comunidade, por exemplo uma candidata negra que fez sua
carreira política, mas cresceu na comunidade deve se mudar para uma comunidade
e assim exercer o poder dessa área.
A guerra é contra tudo que se opõem, inimigos surgirão de
qualquer lugar, essa lógica que molda as comunidades, onde o crime organizado
prepara sua base para o combate.
É natural que muitos pensem que a defesa nacional não está
ligada aos narcotraficantes das facções criminosas do rio de janeiro, e que a
guerra dos traficantes contra o estado é isolada apenas ao Rio de
janeiro.
Subestimar o crime organizado é o que se tem feito por anos
no Estado, afinal utilizam armas de combate de linha de frente, não usam
foguetes ou misseis nem tem um partido político forte que impulsione o
armamento.
A verdade é que o tempo de vida do criminoso da comunidade é
curto, inúmeras pessoas morrem e esse ciclo é renovado para manter o tráfico,
assim fazendo o nome comum idade, total sentido. Mas existe o terror que a
mídia revela.
Toda vez que imagens violentas são divulgadas a comunidade
internacional se volta para o Rio de janeiro, e se questionam como aquelas
pessoas conseguem viver nesse cenário de guerra?
A resposta é simples, não vivem apenas sobrevivem, pois, a
desigualdade social é extrema, alguns tem veículos blindados para passear
livremente nas proximidades das comunidades, privilégio esse que boa parte dos políticos
tem, mas nem se aproximam da comunidade por medo dos traficantes e do crime
organizado.
Logo, são 10 bilhões para resolver a guerra do Rio de
janeiro.
Isso resulta em eliminação das fações criminosas, sem
adversários para confronto, fica tudo mais simples para o estado, a unificação
das zonas de riscos é o primeiro passo para diminuir a influência sobre novas
gerações.
Agora, você cidadão comum do Rio de janeiro que não está
envolvido com a guerra e observa que 10 bilhões estão em uma mesa entre
policiais e traficantes, o que faltaria para a paz?
#Politicagem #Guerra #Urbana #Fiscal
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