sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

Divisão celular

 

Divisão celular

Divisão celular é o processo que ocorre nos seres vivos, no qual uma célula, denominada célula-mãe, origina duas ou quatro células-filhas, contendo, essas, toda a informação genética de sua espécie.

Os organismos pluricelulares, como os humanos, contêm cerca de dez milhões de milhões de células (1013 ).

No entanto, esse complexo organismo foi gerado a partir de uma única célula denominada célula ovo.

Além disso, as divisões celulares são, também, as responsáveis pela regeneração de diversos órgãos, como o fígado.

Sob uma óptica mais elementar, a própria célula ovo, mencionada anteriormente, só pode existir graças às divisões celulares que originam os gametas masculinos e femininos.

Com relação aos organismos unicelulares, esse processo de gerar outras células também se mostra fundamental para a geração e o crescimento de uma colônia.

A divisão celular é um processo ordenado e organizado, sendo assim, depende inteiramente de situações específicas para realizar-se.

É estimulado, interrompido e controlado por fatores genéticos e pela sinalização química de diversas substâncias.

Isso quer dizer que a frequência, o momento e o modo como ocorrerá depende da espécie que pertence a célula e, também, de substâncias que desencadearão eventos que culminarão na divisão celular.

Tipos de divisão celular

As células procarióticas dividem-se por fissão binária, enquanto que as eucarióticas seguem um processo de divisão do núcleo, chamada mitose, seguida pela divisão da membrana e do citoplasma chamado citocinese.

As células diploides podem ainda sofrer meiose para produzir células haploides - os gâmetas ou esporos durante o processo de reprodução.

Neste caso, normalmente uma célula dá origem a quatro células-filhas embora, por vezes, nem todas sejam viáveis.

Mitose

As células eucarióticas seguem um processo de divisão chamada mitose, que permite a distribuição dos cromossomos e dos constituintes citoplasmáticos da célula-mãe igualmente entre as duas células-filhas.

Tal processo é responsável pela multiplicação dos indivíduos unicelulares e pelo crescimento dos pluricelulares, por realizar o aumento do número de células.

Na mitose a divisão opera-se nas seguintes etapas: prófase, metáfase, anáfase e telófase.

Prófase

É a fase mais longa da mitose.

O nucléolo e a carioteca desaparecem gradativamente.

A cromatina condensa-se e viram cromossomo.

Pares de centríolos dirigem-se aos polos.

Formam o fuso acromático.

 

Metáfase

Há formação da placa equatorial, ou seja, os cromossomos dispõem-se na posição mediana da célula, possibilitando a distribuição equitativa da informação genética.

Os cromossomos estão bem individualizados e fortemente condensados.

Essa fase é adequada para se fazer contagem de cromossomos e verificação de alterações estruturais grosseiras.

As linhas do fuso surgem em forma de linhas centrais (ou contínuas) ou de linhas cromossomais.

 

Anáfase

Divisão longitudinal do centrômero.

Cromossomos-filhos migram para os pólos da célula, orientados pelas fibras dos fusos.

 

Telófase

Desaparecimento das fibras do fuso.

Organização da carioteca e do nucléolo.

Descondensação dos cromossomos.

 Fim da cariocinese e início da citocinese.

 

Meiose

As células diploides podem ainda sofrer meiose para produzir células haplóides os gâmetas ou esporos durante o processo de reprodução.

Neste caso, normalmente uma célula dá origem a quatro células-filhas embora, por vezes, nem todas sejam viáveis.

O processo da meiose apresenta oito fases (em sequência):

Prófase I

Fase de grande duração, devido aos fenômenos que nela ocorrem e que não são observados na mitose.

Os cromossomos, já com as duas cromátides individualizadas, tornam-se mais condensados.

Ocorre o emparelhamento dos cromossomos homólogos (sinapse ou complexo sinaptonémico), formando um bivalente, díada cromossómica ou tétrada cromatídica (4 cromatídios).

Durante a sinapse, podem surgir pontos de cruzamento entre as cromátides dos cromossomos homólogos, os quiasmas (ou quiasmata), ao nível do qual pode ocorrer quebra das cromátides, levando a trocas de segmentos dos bivalentes, o Crossing-over, que contribui para o aumento da variabilidade dos descendentes.

Finalmente, desaparece o nucléolo e a carioteca.

Os centríolos migram para os pólos da célula e forma-se o fuso acromático.

A prófase I é dividida em cinco subdivisões: leptóteno, zigoteno, paquiteno (local de ocorrência do crossing-over), diploteno e diacinese.

Metáfase I

Nessa fase ocorre o desaparecimento da membrana nuclear, forma-se um fuso e os cromossomos pareados se alinham no plano equatorial da célula com seus centrômeros orientados para pólos diferentes.

Anáfase I

Na prófase I, subfase zigoteno, ocorrem os emparelhamentos dos cromossomos; na anáfase I ocorre ao contrário, os emparelhamentos são desfeitos.

Ocorre disjunção dos pares homólogos duplicados. Cada cromossomo, com suas cromátides-irmãs, migra para os pólos.

Os dois membros de cada bivalente se separam, e os respectivos centrômeros com as cromátides irmãs fixadas são puxados para pólos opostos da célula.

Os bivalentes distribuem-se independentemente uns dos outros e, em consequência, os conjuntos paterno e materno originais são separados em combinações aleatórias.

Telófase I

Descondensação do nucléolo e formação de dois núcleos com metade do número de cromossomos.

Prófase II

É mais rápida que a prófase I.

Os cromossomos tornam-se mais condensados (caso tenham descondensado na telófase I), desaparece a membrana nuclear e forma-se o fuso acromático.

Metáfase II

Os cromossomos ficam dispostos com os centrômeros no plano "equatorial" e com as cromátides voltadas cada uma para seu pólo, ligadas às fibrilas do fuso.

Anáfase II

Duplicam-se os centrômeros, separando-se as duas cromátides, que passam a formar dois cromossomos independentes e ascendem para os pólos opostos.

Telófase II

Ao atingir os polos, os cromossomos descondensam-se e forma-se de novo um núcleo em torno de cada conjunto, formando quatro células haploides.

Amitose

Este processo, pouco frequente na natureza, vê-se na divisão do macronúcleo em protozoários do tipo paramécio.

Também é conhecido como cissiparidade.

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Tecido conjuntivo

 

Tecido conjuntivo

Tecido conjuntivo ou tecido conectivo caracteriza-se por apresentar variados tipos celulares, que são separados por uma matriz extracelular.

Essa matriz, é responsável por conectar as células e os órgãos, dando suporte ao corpo.

Além disso, é o principal componente desse tipo de tecido e consistem em diferentes combinações de proteínas fibrosas e em um conjunto de macromoléculas hidrofílicas e adesivas, que constituem a substância fundamental.

Também se refere ao grupo de tecidos orgânicos responsáveis por unir, ligar, nutrir, proteger e sustentar os outros tecidos.

São responsáveis pelo estabelecimento e pela manutenção da forma do corpo.

Origem

A maior parte dos tecidos conjuntivos origina-se das células do folheto germinativo intermediário dos tecidos embrionários conhecido como mesoderme, especialmente do mesênquima.

As células mesenquimais são alongadas, têm um núcleo oval, com cromatina fina e nucléolo proeminente.

Estas células possuem muitos prolongamentos citoplasmáticos e são imersas em uma matriz extracelular abundante e viscosa com poucas fibras.

As células mesenquimais migram de seu lugar de origem e envolvem e penetram nos órgãos em desenvolvimento e dão origem também a tecidos epiteliais.

Funções

As principais funções são:

Estabelecimento e manutenção da forma do corpo;

Apoio e proteção;

Conexão entre diferentes partes do corpo;

Transporte de substâncias;

Sustentação e mobilidade;

Armazenamento de gordura;

Defesa do organismo.

 

Classificação

 

Matriz

A matriz extracelular é formada por:

Substância fundamental

Glicosaminoglicanos; Proteoglicano; Glicose; Glicosmatiaínas; Glicoproteínas.

Fibras

Colágenas; Elásticas; Reticulares.

Camada de solvatação

Íons; Água.

 

Estrutura

Os componentes do tecido conjuntivo podem ser divididos em três classes: células, fibras e substância fundamental.

Além de desempenhar uma evidente função estrutural, a grande variedade de tecidos conjuntivos reflete a variedade de composição e na quantidade de seus três componentes, os quais são responsáveis pela notável diversidade estrutural, funcional e patológica do tecido conjuntivo.

Matriz extracelular

Além de dar suporte ao corpo, a matriz extracelular dos tecidos conjuntivos também serve como um meio pelo qual nutrientes e catabólitos são trocados entre as células e seu suprimento sanguíneo.

As células do tecido conjuntivo ficam imersas em grande quantidade de substâncias intercelular denominada matriz, ou seja, ficam localizados entre células.

As matrizes extracelulares consistem em diferentes combinações de proteínas fibrosas e de substância fundamental e diferente de outros tecidos que são formados principalmente por células (epitelial, muscular e nervoso), o principal constituinte do conjuntivo é a matriz extracelular (especialmente substância fundamental amorfa SFA).

Substância Fundamental Amorfa

Substância fundamental é um complexo viscoso e altamente hidrofílico de macromoléculas aniônicas (glicosaminoglicanos e proteoglicanos) e glicoproteínas multiadesivas (laminina, fribonectina, entre outras) que se ligam a proteínas receptoras(integrinas) presente na superfície das células bem como a outros componentes da matriz, fornecendo, desse modo, força tênsil e rigidez à matriz.

Fibras

Fibras predominantemente diversos tipos de colágenos, constituem os tendões, aponeuroses, cápsulas de órgãos, e membranas que envolvem o sistema nervoso central (meninges).

Elas também constituem as trabéculas e "paredes" que existem dentro de vários órgãos, formando o componente mais resistente do estroma (tecido de sustentação) dos órgãos.

 As fibras do sistema elástico, por sua vez, apresentam características funcionais variáveis, podendo oferecer resistência ou elasticidade aos tecidos.

Tipos de tecidos conjuntivos

Há diversas variedades de tecidos conjuntivos, formados pelos componentes básicos já descritos (células e matriz extracelular).

Os nomes dados a esses vários tipos de tecidos refletem o seu componente predominante ou a organização estrutural do tecido.

Tecido conjuntivo propriamente dito (não especializado)

Tecido conjuntivo frouxo ou laxo;

Tecido conjuntivo denso: Tecido conjuntivo denso modelado; Tecido conjuntivo denso não modelado.

O tecido conjuntivo frouxo suporta estruturas normalmente sujeitas a pressão e atritos pequenos, sendo um tecido muito comum que preenche espaços entre grupos de células musculares, suporta células epiteliais e forma camadas em tomo dos vasos sanguíneos.

É também encontrado nas papilas da derme, na hipoderme, nas membranas serosas que revestem as cavidades peritoneais e pleurais e nas glândulas.

As células mais numerosas são os fibroblastos e macrófagos, mas todos os outros tipos celulares do tecido conjuntivo também estão presentes, além de fibras dos sistemas colágeno e elástico.

 Ele tem uma consistência delicada, é flexível, bem vascularizado e não muito resistente a trações.

Já o tecido conjuntivo denso é adaptado para oferecer resistência e proteção aos tecidos.

É formado pelos mesmos componentes encontrados no tecido conjuntivo frouxo, entretanto, existem menos células e uma clara predominância de fibras colágenas.

Ele é menos flexível e mais resistente à tensão que o tecido conjuntivo frouxo.

Quando as fibras colágenas são organizadas em feixes sem uma orientação definida, o tecido chama-se denso não modelado.

Neste tecido, as fibras formam uma trama tridimensional, o que lhes confere certa resistência às trações exercidas em qualquer direção.

Este tipo de tecido é encontrado, por exemplo, na derme profunda da pele.

O tecido denso modelado apresenta feixes de colágeno paralelos uns aos outros e alinhados com os fibroblastos.

Trata-se de um conjuntivo que formou suas fibras colágenas em resposta às forças de tração exercidas em um determinado sentido.

Neste caso, os fibroblastos, em resposta a forças que normalmente atuam sobre os tecidos, orientam as fibras que produzem de modo a oferecer o máximo de resistência a estas forças.

Tecido conjuntivo especializado

Tecido ósseo; Tecido cartilaginoso; Tecido sanguíneo.

Tecido conjuntivo de propriedades especiais

Tecido adiposo; Tecido elástico; Tecido hematopoético; Tecido mucoso.

 

Células do tecido conjuntivo

Os tecidos conjuntivos apresentam diversos tipos de células com diferentes origens e funções.

Algumas células desse tecido, como os fibroblastos, originam-se localmente a partir de uma célula mesenquimal indiferenciada, e permanecem toda sua vida no tecido conjuntivo; outras células, tais como os mastócitos, macrófagos e plasmócitos, originam-se de uma célula-tronco hemocitopoética da medula óssea, circulam no sangue e se movem para o tecido conjuntivo, no qual executam suas funções.

Os leucócitos também se originam na medula óssea. Em geral, os leucócitos migram para o tecido conjuntivo, onde residem por poucos dias.

Funções das células do tecido conjuntivo

Fixas ou Residentes

Fibroblastos: Produzem fibras e a substância fundamental e estão envolvidos na produção de fatores de crescimento;

Adipócitos: Armazenam gordura, formam grandes capas capazes de proteger órgãos de impacto e do frio que também servem como fonte de energia, vitaminas lipossolúveis e água;

Macrófagos: Envolvem e digerem substâncias estranhas (fagocitose);

Mastócitos: Células responsáveis pelo processo inflamatório, reações alérgicas e na expulsão de parasitas.

 

Transitórias

Plasmócitos: Produzem imunoglobulinas como resposta a partículas estranhas (antígeno);

Linfócitos: Um tipo de leucócito responsável por detectar a natureza do invasor e a reação necessária para eliminá-lo.

 

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Tecido muscular

 

Tecido muscular

O tecido muscular é um tecido dos animais caracterizado pela sua contratilidade, ou seja, pela capacidade de se contrair segundo alguns estímulos claros de energia nas suas ligações químicas e pela sua excitabilidade, ou seja, capacidade de responder a um estímulo nervoso.

As células musculares contêm filamentos protéicos que deslizam entre si, produzindo a contração que altera tanto o comprimento quanto a forma da célula.

A função dos músculos é produzir força e causar movimento.

Eles são primariamente responsáveis pela manutenção e mudanças na postura, pela própria locomoção do organismo, assim como pela movimentação dos órgãos internos, como por exemplo a contração do coração e os movimentos peristálticos, que permitem a passagem dos alimentos pelo sistema digestivo.

Ele pode ser classificado em estriado esquelético, estriado cardíaco ou liso.

As contrações da musculatura lisa e da cardíaca ocorrem involuntariamente e são necessárias para a sobrevivência.

A contração voluntária do músculo esquelético é utilizada para mover o corpo e pode ser precisamente controlada.

Exemplos desses movimentos são os movimentos oculares e de músculos como o quadríceps da coxa.

Anatomia geral

O tecido muscular é formado por células de origem mesodérmica, sendo que a sua diferenciação se dá através da síntese de proteínas específicas com uma organização determinada, tais como os diferentes tipos de actinas, miosinas e proteínas motoras filamentosas.

O tecido muscular constituinte dos músculos está relacionado ao mecanismo de locomoção e ao processo de movimentação de substâncias internas do corpo, decorrente da capacidade contrátil das fibras musculares em resposta a estímulos nervosos, utilizando energia fornecida pela degradação da molécula de ATP.

Os músculos são predominantemente sustentados pela oxidação de gorduras e de carboidratos.

Essas reações produzem adenosina trifosfato (ATP), que fornece energia para a movimentação das cabeças de miosina.

Os tecidos musculares são diferenciados pelas suas características morfo-funcionais.

Existem três tipos principais de tecidos musculares nos vertebrados:

Tecido muscular estriado (esquelético).

Tecido muscular cardíaco.

Tecido muscular liso.

 

Tecido muscular estriado

Esse tecido é formado por células cilíndricas multinucleadas muito longas dispostas em feixes que apresentam estriações transversais.

Suas fibras possuem entre 5-100µm de diâmetro, e vários centímetros de comprimento.

Os múltiplos núcleos de cada célula se localizam na periferia das fibras desse tipo de tecido muscular. Isso ajuda a diferenciá-lo do tecido muscular cardíaco, cujos núcleos celulares se encontram na região central das células.

Os músculos esqueléticos são voluntários e de contração rápida e vigorosa.

Suas miofibrinas se mantêm unidas através de tecido conjuntivo, o que permite que a força de contração gerada por cada fibra atue sobre o músculo inteiro.

Essa força de contração pode ser regulada alterando-se o número de fibras estimuladas pelos nervos.

O grau de contração muscular segue a princípio dois fatores: o primeiro relacionado à intensidade do estímulo e o segundo à quantidade de fibras estimuladas.

Dessa forma, somente ocorrerá contração quando o estímulo nervoso tiver intensidade suficiente para desencadear em um número significativo de fibras, uma ação de contração mediada por substâncias neurotransmissoras, emitidas nas sinapses neuromusculares (contato neurônio músculo), sinalizando o deslizamento dos miofilamentos finos sobre os grossos.

Eles são ancorados por tendões (ou por aponeuroses em alguns locais) aos ossos e são utilizados para efetuar o movimento esquelético como a locomoção, o envolvimento de vísceras, como o bíceps braquial ou o músculo deltóide e a manutenção da postura.

Mesmo o controle postural sendo mantido geralmente por reflexo inconsciente, os músculos responsáveis reagem de forma consciente como todo o resto da musculatura esquelética.

Em média, um homem adulto é composto em 42% por músculo esquelético, e uma mulher em 36% (como porcentagem da massa corporal).

Temos aproximadamente 650 músculos esqueléticos no corpo humano, porém é difícil dizer um número exato.

Isso ocorre porque diferentes fontes agrupam os músculos de maneiras diferentes e porque alguns músculos não estão sempre presentes.

Organização das fibras

As estriações transversais visíveis por microscopia ótica sob a forma de faixas claras e escuras são formadas pela repetição de unidades iguais chamadas sarcômeros.

Elas não são encontradas no tecido muscular liso, cujas células de formato fusiforme se apresentam aleatoriamente dispostas.

Cada fibra se origina a partir de mioblastos, que se fundem durante todo o desenvolvimento embrionário, formando miotubos.

Após a diferenciação em fibra adulta, esses feixes são chamados de miofibras. Cada miofibra, por sua vez, é composta por miofibrilas, que consistem de unidades repetidas longitudinalmente, chamadas de sarcômeros.

Esta última é a unidade funcional do músculo.

Cada sarcômero é preso em suas extremidades pelo disco Z (ou linha Z); se estendendo em ambas as extremidades desse disco, encontramos vários filamentos finos da proteína actina.

Estes filamentos finos se interdigitam com filamentos grossos compostos principalmente por miosina. Esta região de interdigitação é chamada de banda A.

A porção do sarcômero que contém apenas filamentos grossos é chamada de banda H, e a porção entre duas bandas A é denominada de banda I.

Além de actina e miosina, que representam 55% do total das proteínas desse tipo muscular, as miofibrilas do músculo estriado também apresentam tropomiosina e troponina como proteínas principais.

Estas possuem importante função na contração das fibras.

 

Tipos de fibras musculares esqueléticas

Fibras do tipo I (vermelhas): são fibras de contração lenta que possuem alta densidade de capilares e são ricas em mitocôndrias e mioglobinas, dando ao tecido sua cor vermelha característica.

Fibras desse tipo podem carregar mais oxigênio e sustentar atividade aeróbica usando gorduras e carboidratos como combustível.

Elas conseguem manter a contração por longos períodos de tempo, mas não geram muita força.

Fibras do tipo II (brancas): são fibras de contração rápida e forte, mas que também fatigam rapidamente, sustentando apenas pulsos curtos e anaeróbicos de atividade antes que a contração se torne dolorosa.

São elas que contribuem mais para a força muscular e tem maior potencial para crescimento de massa.

Podem ser dividas em 3 categorias (IIa, IIx e IIb) que variam tanto na velocidade de contração quanto na força gerada.

O tipo IIb é caracterizado por fibras anaeróbicas, glicolíticas e “brancas” por possuírem uma menor quantidade de mitocôndrias e mioglobinas em relação aos outros tipos de fibra.

Em pequenos animais (como roedores), este é o tipo predominante de musculatura, o que explicaria o tom mais pálido de sua carne.

O Ciclo Contração-Relaxamento do músculo esquelético

Partindo-se do estado relaxado das fibras, este é um resumo da sequência de eventos que levam à contração do músculo esquelético.

A membrana plasmática da fibra é despolarizada por um potencial de ação. Ou seja, é necessário um input neuronal para iniciar o processo de contração

 O potencial de ação é conduzido para dentro da fibra muscular através dos túbulos T (de "túbulos transversais").

Estes são tubos membranosos ocos que correm ao nível do disco Z ao longo do perímetro de cada miofibrila.

Esta rede de túbulos está diretamente conectada à membrana plasmática - ou seja, quando ocorre a despolarização da membrana, ocorre a despolarização dos túbulos T.

Em resposta à despolarização dos túbulos T, receptores de membrana sofrem uma mudança conformacional que levam à uma abertura dos canais de cálcio no retículo sarcoplasmático (retículo endoplasmático de células musculares).

O cálcio sai do retículo e flui para dentro do citoplasma, aumentando por um milisegundo a concentração do íon neste compartimento.

A maior parte do Ca2+ se liga rapidamente à troponina, induzindo uma mudança conformacional nessa molécula, o que, por sua vez, leva a uma mudança de posição das tropomiosinas (estas estão associadas à troponina).

Desta forma, as cabeças de miosina podem entrar em contato direto com os filamentos de actina, antes impedidas pela barreira formada por tropomiosinas.

A miosina ligada aos filamentos de actina passa por um processo de rotação, criando uma força que puxa os filamentos de actina em direção ao centro do sarcômero, causando o encurtamento do mesmo.

Uma molécula de ATP se liga ao sítio ATPase na cabeça da miosina, fazendo com que essa se desligue dos filamentos de actina.

O ATP é então hidrolizado, fornecendo energia para que a miosina se ligue ao próximo sítio de ancoramento no filamento de actina (enquanto existirem estes sítios de ancoramento).

Este ciclo de liga/desliga da miosina com a actina se repete múltiplas vezes, provocando um encurtamento progressivo do sarcômero.

Finalmente, as bombas de cálcio presentes no retículo sarcoplasmático (SR) transportam ativamente os íons Ca2+ de volta ao lúmen do SR.

Com a queda de concentração de cálcio no citoplasma, aqueles íons ligados à troponina se desligam da mesma, fazendo com que a mesma volte a impedir que a miosina se ligue à actina.

Enquanto houver ATP presente, o músculo possui capacidade de relaxar. Ele permanece neste estado até a próxima despolarização.

Tecido muscular cardíaco

O tecido estriado cardíaco está na constituição do coração, a bomba propulsora do sistema circulatório humano.

Esse tecido tem contração rápida, involuntária e rítmica, possuindo células ramificadas que se associam em discos intercalares proporcionando uma forte adesão celular e comunicação/propagação do impulso elétrico.

É constituído por células alongadas e ramificadas, com aproximadamente 15mm de diâmetro e 85-100 micrômetros de comprimento.

Elas se prendem por meio de junções intercelulares complexas, e apresentam estriações transversais semelhantes às do músculo esquelético; porém, ao contrário destes, as células apresentam apenas um ou dois núcleos (a musculatura esquelética é multinucleada).

As fibras cardíacas estão envoltas em uma camada fina de tecido conjuntivo, que contém uma rede abundante de capilares sanguíneos.

Uma peculiaridade do músculo cardíaco é a presença de linhas transversais que aparecem em intervalos irregulares ao longo das células chamados de discos intercalares.

Estes são complexos juncionais encontrados entre células musculares adjacentes.

Elas podem aparecer, em análises histológicas, como linhas retas ou em forma de escada.

Nestes discos, encontram-se 3 tipos de junção célular - zônula de adesão (ancora os filamentos de actina dos sarcômeros terminais), desmossomo (une as células cardíacas impedindo que as mesmas se separem durante a atividade contrátil) e junções comunicantes (continuidade iônica entre células adjacentes).

O músculo cardíaco contém numerosas mitocôndrias.

Neste tecido ocorre um intenso metabolismo aeróbio.

O armazenamento de ácidos graxos ocorre na forma de triglicerídeos, e ocorre também um pequeno armazenamento de glicose na forma de glicogênio, para quando houver necessidade.

As fibras cardíacas (em especial as do átrio esquerdo) apresentam grânulos secretores, próximos ao complexo de Golgi, contendo ANP (do inglês, Atrial Natriuretic Peptide), ou peptídeo atrial natriurético, que atua nos rins aumentando a eliminação de sódio e água pela urina.

Este hormônio tem efeito oposto ao da aldosterona.

Na musculatura cardíaca, existe uma pequena população de células cardíacas modificadas, acopladas às outras células musculares, que possuem papel importante na geração e condução do estímulo cardíaco, permitindo um bombeamento eficiente do sangue.

Tecido muscular liso

O músculo liso está principalmente presente nas vísceras e contraísse lenta e involuntariamente.

Ele pode ser encontrado nas paredes de órgãos internos e estruturas como o estômago, o intestino, os pulmões e os vasos sanguíneos.

O tecido muscular liso é formado pela associação de células longas, espessas no centro e finas nas extremidades, com apenas um núcleo central.

O tamanho destas células pode variar muito, mas todos são revestidos por uma lâmina basal e mantidas juntas por uma rede de fibras reticulares; quando ocorre a contração de apenas algumas células, estas fibras fazem com que ocorra a contração de todo o músculo.

A musculatura lisa apresenta, em seu sarcolema, cavidades denominadas de cavéolas que contêm íons Ca 2+ que serão utilizados para iniciar todo o processo de contração.

Geralmente há uma junção comunicante entre células vizinhas que permite a transmissão do impulso de uma célula para outra.

Em micrografias eletrônicas é possível observar regiões escuras, denominadas de corpos densos, que possuem função na contração destas células musculares.

O mecanismo molecular de contração do músculo liso é diferente dos outros dois tipos: não existem sarcômeros nem troponina.

Os filamentos só se formam no momento da contração.

A miosina II, presente neste tipo de musculatura, fica enrodilhada até que se ligue a um radical fosfato, o que faz com que ocorra o estiramento da molécula.

Contração da musculatura lisa

Em resposta a estímulos do sistema nervoso autônomo, íons cálcio migram do meio extracelular para o sarcoplasma através de canais da membrana plasmática especializados para o transporte deste íon. O Ca 2+ se combina com a calmodulina, um complexo que ativa a proteína quinase que fosforila a cadeia leve da miosina II.

Elas, então, se estiram formando filamentos e abrem sítios com atividade ATP básica que se combinam com actina. Este processo libera a energia de ATP, fazendo com que ocorra uma mudança conformacional na cabeça da miosina e um deslizamento dos filamentos de miosina sobre os de actina, gerando, assim, a contração.

Essas proteínas motoras estão ligadas a filamentos intermediários que se prendem aos corpos densos da membrana da célula, o que leva a uma contração da célula como um todo.

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Tecido nervoso

 

Tecido nervoso

O tecido nervoso trata-se de um dos tecidos mais especializados do organismo animal e é o principal tecido responsável pela troca rápida de informações dentro do corpo.

Esse tecido é sensível aos vários tipos de estímulos que se originam de fora ou do interior do organismo.

Ao ser estimulado, torna-se capaz de conduzir os impulsos nervosos de maneira rápida e, às vezes, por distâncias relativamente grandes.

Aos estímulos externos o tecido nervoso permite que animais percebam em seu organismo mudanças ambientais como calor, frio e choque e reagem adotando posturas a partir de determinado estímulo.

 O tecido nervoso tem origem na ectoderme e é composto principalmente por neurônio e neuróglia.

O conhecimento do homem com o meio ambiente tornou-se viável devido a um conjunto dessas células especializadas presentes no tecido nervoso que fazem parte de um sistema integrador, o Sistema Nervoso (SN).

Essas células têm a capacidade de excitabilidade e condutividade que favoreceu não só o conhecimento do homem com o meio ambiente, mas também, as respostas do corpo humano às mudanças ambientais.

A transmissão de informação pelos impulsos nervosos se dá em estruturas altamente especializadas: as sinapses.

O Sistema Nervoso é anatomicamente dividido em Sistema nervoso central (SNC), formado pelo encéfalo e pela medula espinhal, localizados na caixa craniana e coluna vertebral, respectivamente.

Sistema nervoso periférico (SNP), formado pelos nervos e gânglios nervosos que emergem do Tronco cerebral.

Neurônios

Os neurônios são células nucleadas responsáveis pelos impulsos nervosos, altamente especializadas, dotadas de corpo celular e numerosos prolongamentos citoplasmáticos, capazes de captar e transmitir estímulos.

O corpo celular do neurônio contém um núcleo grande e arredondado.

As mitocôndrias são numerosas e o ergastoplasma é bem desenvolvido.

As células nervosas possuem grandes variações tanto em formato, quanto em tamanho. Localizam-se principalmente no encéfalo e medula espinhal.

Os poucos neurônios que ficam foram do SNC formam os gânglios nervosos, agrupados em pontos específicos do corpo.

Morfologicamente os neurônios classificam-se em:

Neurônios multipolares: possuem mais de dois prolongamentos celulares, ou seja, presença de um axônio e vários dendritos.

 A maioria dos neurônios se enquadram nesse tipo, e são encontrados no encéfalo e medula espinhal.

Neurônios bipolares: possuem um dendrito e um axônio. Função principal: transmissão de informações que foram captadas por órgãos sensoriais como o olfato, visão e audição, ao SNC.

Neurônios pseudo-unipolares: esse tipo de célula possuem um corpo celular que logo divide-se em dois correspondendo ao dendrito e ao axônio.

Nesse tipo de neurônio os impulsos nervosos originados nos dendritos podem ser transportados para o axônio sem a necessidade de passar pelo corpo celular.

Eles podem classificar-se também baseado a função que exercem:

Aferentes, sensitivos ou sensoriais: Função de receber informações vindas do ambiente ou fora do corpo, e as transmitem para o SNC através de impulsos nervosos.

Eferentes ou motores: essas células transmitem informações do SNC. Conduzem impulsos nervosos do SNC para órgãos efetores (músculos, por exemplo).

Os interneurônios estabelecem conexões entre neurônios e, portanto, são a base para a formação de circuitos neuronais dos mais simples aos mais complexos.

Os neurônios são compostos pelo corpo celular ou pericário, dendritos e axônios.

 

Dendritos

Os dendritos (do grego déndron: árvore) são ramificações que surgem do corpo celular que têm a função de captar estímulos de outros neurônios, células epiteliais sensoriais ou do meio ambiente, transmitindo essas informações para o corpo celular.

A maioria dos neurônios possuem muitos dendritos e isso acaba por aumentar a superfície da célula, que se afilam gradativamente até as extremidades, facilitando a captação e transmissão dos impulsos nervosos.

Os dendritos possuem composição citoplasmática similar ao corpo da célula, mas não possuem Complexo de Golgi.

Corpo Celular

Também chamado de pericário, o corpo celular é a parte do neurônio composto de núcleo esférico, cada núcleo possuindo um nucléolo e citoplasma rico em retículo endoplasmático rugoso (RER).

A quantidade de RER varia ao tipo e a função do neurônio.

O citoplasma é composto também por ribossomos, espalhados no citoplasma, aparelho de Golgi, localizados apenas ao redor do núcleo e mitocôndrias, que se apresentam de forma moderada.

O corpo celular além de ser considerado um centro trófico, ou seja, parte da célula nervosa que se encontra o núcleo e demais organelas, também recebe e transmite estímulos (inibitórios ou excitatórios) de outros neurônios.

Axônio

O axônio (do grego áxon: eixo), é considerado o maior prolongamento da célula nervosa (varia de frações de milímetro até cerca de 1 metro).

Cada neurônio contém um axônio, e se origina de uma região da célula denominada cone de implantação e suas extremidades há ramificações em estruturas muito finas denominadas de telodendro.

O citoplasma é muito pobre em organelas, contendo apenas de poucas mitocôndrias, retículo endoplasmático liso (REL) e microtúbulos.

O axônio tem a função de transmitir informações do corpo celular e dos dendritos para outros neurônios e células musculares.

Proteínas que são produzidas no corpo celular são transportadas através do axônio com velocidade rápida ou lenta dependendo da necessidade, esse fluxo é denominado fluxo anterógrado.

Existe também transporte de fluidos em sentido oposto, ou seja, do axônio para o corpo celular, ele é denominado de fluxo retrógrado.

O fluxo retrógrado pode levar substâncias para serem reutilizadas pelo pericário e transportar material adquirido pela endocitose.

Substância cinzenta e substância branca

É possível fazer uma distinção macroscópica do Sistema Nervoso Central em áreas definidas como substância branca e substância cinzenta.

Isso ocorre devido há separações dos neurônios entre os corpos celulares e seus prolongamentos.

Substância cinzenta: Área formada também por tecido nervoso. Localizada externamente no encéfalo é onde encontram-se os corpos celulares, dendritos, alguns axônios e alguns tipos de glicócitos.

A coloração das organelas celulares é responsável pela coloração rosaacinzentado.

Substância branca: Área interna do encéfalo, de cor esbranquiçada.

Essa coloração é graças a presença de mielina que envolve algumas células nervosas.

Essa camada é rica de axônios mielínicos e amielínicos.

 

Gliócitos

Os gliócitos ou células da glia fazem parte do tecido nervoso com a função de envolver, proteger e nutrir os neurônios.

Recentemente descobriu que essas células também tem a capacidade de estabelecer conexão umas com as outras.

O termo glia em grego significa cola, sendo utilizada em alusão a sustentação e união que realizam nas células do SN.

A primeira célula do tipo glial foi descrita pela primeira vez por Heinrich Müller em 1851.

Müller detectou essas células na retina de algumas espécies animais como os peixes, aves e humanos.

E no decorrer da história diversos estudos e técnicas são utilizadas para se conhecer mais desse diversificado grupo de células.

Existe cerca de dez gliócitos para um neurônio, mas devido ao seu pequeno tamanho as células da glia ocupam metade do volume do tecido.

As células da glia fornecem um microambiente propício para o bom funcionamento das células nervosas.

Pode-se classificar no SNC dois grandes grupos baseadas em características funcionais e morfológicas: as microglias (origem na mesoderme) e macroglia (origem na ectoderme) que se subdividem em oligodendrócitos, células de Schwann, astrócitos e ependimoglia.

Microglia

São células pequenas, com alongamentos irregulares e ramificadas, presentes tanto na substância cinzenta quanto na substância branca do SNC.

O núcleo dessas células são, em forma de bastão ou vírgula.

Entre as organelas citoplasmáticas há uma predominância de lisossomos.

São macrófagos com especialização em fagocitar detritos e restos celulares no tecido nervoso.

Elas também secretam citocinas reguladoras do processo imunitário.

 

Oligodendrócitos

Células pequenas, com poucos prolongamentos celulares e estão presentes na substância branca e cinzenta do SNC.

Entre as organelas citoplasmáticas estão presentes o retículo endoplasmático rugoso, ribossomos, mitocôndrias e complexo de Golgi.

Os prolongamentos celulares dessas células enrolam-se nos neurônios do SNC e envolvem-as com um estrato mielínico (ou bainha de mielina) que tem a função de proteger o neurônio e servir de isolante elétrico.

Células de Schwann

São células da glia encontradas no sistema nervoso periférico e tem a função similar aos oligodendrócitos.

As células de Schwann possuem prolongamentos que se enrolam nas neurofibras, dando origem a bainha de mielina cuja função é proteger e se tornar um isolante elétrico para o bom funcionamento das células.

Astrócitos

Os astrócitos são células grandes, com forma estrelada, com muitos prolongamentos citoplasmáticos e dentre as células da glia são as mais numerosas e que apresentam maior diversidade.

Essas células tem a propriedade de transportar substâncias vindas do sangue para os neurônios, também tem a função de sustentação física as células nervosas, auxiliam na regeneração de lesões e no preenchimento de espaços no tecido nervoso ocasionado por morte celular.

Astrócitos protoplasmáticos estão na substância cinzenta e possuem prolongamentos mais numerosos, curtos, delicados e ramificados que os dos astrócitos fibrosos, que ocorrem na substância branca.

Ependimoglia

São células epiteliais colunares que revestem os ventrículos encefálicos e o canal localizado centralmente à medula.

Em algumas regiões as ependimoglia são ciliadas que ajudam na movimentação do líquido cefalorraquidiano.

Neurofibras mielinizadas e não-mielinizadas

Dependendo da função as neurofibras podem ou não ser envolvidas pela bainha de mielina.

Quando são revestidas pela bainha de mielina elas são chamadas de neurofibras mielinizadas, quando não são revestidas são denominadas de neurofibras não-mielinizadas.

A bainha de mielina possuí em sua formação bicamada de fosfolipídios, composta também por proteolipídios e proteína básica da mielina (dando consistência ao envoltório) e são secretadas pelos oligodendrócitos e células de Schwann respectivamente no sistema nervoso central e periférico.

Tem função principal de isolante elétrico, como também auxilia na velocidade da propagação dos impulsos nervosos nas células nervosas.

Existem interrupções ao longo de neurofibras mielinizadas que são denominadas de nó de Ranvier (ou nós neurofibrosos).

As neurofibras apresentam também um calibre maior, alta velocidade de propagação de impulso nervoso e apresentam característica saltatória.

O impulso nervoso corre continuamente nas neurofibras não-mielinizadas.

Uma fina camada de tecido conjuntivo envolve as células nervosas e gliócitos, são chamadas de endoneuro.

Um conjunto de neurofibras, cada uma delas envolvidas de endoneuro, são revestidas por outra camada de tecido conjuntivo denominada de perineuro.

Por fim, diversos grupos de neurofibras, cada uma delas envoltas pelo perineuro, são revestidas pelo epineuro.

Essas camadas de tecido conjuntivo apresentam em sua composição proteínas e vasos sanguíneos com a função de nutrir o oxigenar as células ali presentes.

Nervos

Vários feixes de tecido nervoso agrupados paralelamente formam um nervo.

É envolvido por uma bainha de tecido conjuntivo chamada epineuro e pela bainha de mielina, concedendo, a cor esbranquiçada desse tecido.

Os nervos não contêm os corpos celulares dos neurônios; esses corpos celulares localizam-se no sistema nervoso central ou nos gânglios nervosos, que podem ser observados próximos à medula espinhal.

Quando partem do encéfalo, são chamados de cranianos; quando partem da medula espinhal, denominam-se raquidianos.

Os nervos permitem a comunicação dos centros nervosos com os órgãos receptores (sensoriais) ou, ainda, com os órgãos efetores (músculos e glândulas).

De acordo com o sentido da transmissão do impulso nervoso, os nervos podem ser:

Sensitivos ou aferentes: quando transmitem os impulsos nervosos dos órgãos receptores até o sistema nervoso central;

Motores ou eferentes: quando transmitem os impulsos nervosos do sistema nervoso central para os órgãos efetores;

Mistos: quando possuem tanto fibras sensitivas quanto fibras motoras.

São os mais comuns no organismo.

As doze ações dos 12 pares de nervos cranianos:

 

1º Olfativo ou olfatório (sensitivo)

conduz ao cérebro os impulsos nervosos que nos fazem perceber o olfato

2º Óptico (sensitivo)

leva ao cérebro os estímulos que geram as sensações visuais

3º Motor ocular comum ou oculomotor (motor)

responsável pelo movimento dos olhos e constrição pupilar

4º Troclear (motor)

participa dos movimentos dos olhos

5º Trigêmeo (misto)

atua sobre o músculo temporal e masseter, percebendo as sensações da face e atuando nas expressões

6º Abducente (motor)

responsável pelo desvio lateral dos olhos

7º Facial (misto)

um de seus ramos atua nos músculos mímicos da face; o outro, inerva as glândulas salivares e lacrimais e conduz a sensação de paladar captada na língua

8º Acústico (sensitivo)

possui ramos que permitem a audição e outros, o equilíbrio

9º Glossofaríngeo (misto)

sua porção motora leva estímulos da faringe e a sensitiva permite que se perceba o paladar

10º Vago (misto) abdominais

responsável pela inervação de órgãos torácicos e controla as batidas do coração

11º Espinhal ou acessório (motor)

inerva os músculos do pescoço e do tronco

12º Hipoglosso (motor)

ajuda nos movimentos da língua

 

Sinapses

As sinapses são regiões de conexão química estabelecidas entre um neurônio e outro; entre um neurônio e uma fibra muscular ou entre um neurônio e uma célula glandular.

Logo, as sinapses podem ser interneurais (entre um neurônio e outro), neuromusculares (entre um neurônio e uma fibra muscular) ou neuroglandulares (entre um neurônio e uma célula glandular).

Um neurônio não se comunica fisicamente com outro neurônio, fibra muscular ou célula glandular.

Existe um microespaço entre eles, denominado espaço sináptico, no qual um neurônio transmite impulsos nervosos para o outro por meio da ação de mediadores químicos ou neuro-hormônios.

Atuação dos neuro-hormônios

Os neuro-hormônios estão contidos em microvesículas presentes nas extremidades dos axônios.

Quando os impulsos nervosos alcançam esses membros, as microbolhas liberam mediadores químicos no espaço sináptico.

Os neuro-hormônios então se ligam aos receptores moleculares presentes nos neurônios a serem estimulados (fibras musculares ou células da glândula).

Essa combinação causa uma mudança na permeabilidade da membrana da célula receptora, o que faz com que os íons entrem na célula, o que faz com que a membrana celular inverta sua polaridade.

Em seguida, surge um potencial de ação, gerando impulsos nervosos nas células receptoras.

 

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.