A pele artificial é uma estrutura de colágeno que induz a regeneração da pele em mamíferos, incluindo seres humanos1. Essa área de pesquisa tem sido fundamental para o tratamento de queimaduras e lesões cutâneas graves. Aqui estão algumas informações relevantes:
Substitutos de Pele:
- Cerca de um milhão de pessoas com queimaduras são registradas anualmente no Brasil. Desse total, 10% buscam atendimento hospitalar e 2.500 pacientes morrem. Os acidentes com fogo são a segunda causa de morte na infância no país e nos Estados Unidos.
- A criação de substitutos de pele em laboratório tem sido um foco importante de pesquisa nas últimas décadas.
- O objetivo é desenvolver uma pele artificial que possa ser absorvida pelo organismo e solucionar problemas crônicos, como úlceras, escaras profundas e queimaduras de terceiro grau.
- No Brasil, uma equipe de pesquisadores da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) provou a eficácia de um substituto cutâneo tridimensional, tendo na composição uma substância extraída da copaibeira (Copaifera langsdorffii), uma árvore nativa do país.
- O substituto cutâneo é produzido a partir de uma solução feita com polímero absorvível PLGA (poli (ácido láctico-co-glicólico)), óleo-resina de copaíba e um solvente. O PLGA é gradualmente degradado e absorvido pelo organismo do paciente.
- Fibroblastos, células da derme, são cultivados sobre a estrutura fibrosa e, após alguns dias, implantados no paciente.
- Os resultados in vitro até o momento são promissores, com as células aderindo, proliferando e produzindo colágeno, uma proteína fundamental no processo de cicatrização1.
Testes de Cosméticos:
- Além do uso médico, peles artificiais também são utilizadas para testar cosméticos e produtos de cuidados com a pele.
- Essas peles são produzidas com células humanas cultivadas em laboratório e misturadas com colágeno. Bioimpressoras 3D criam estruturas tridimensionais que imitam a pele humana.
- Essa abordagem é uma alternativa ética e eficaz para testes de segurança, evitando o uso de animais2.
Em resumo, a pesquisa em pele artificial oferece esperança para a regeneração de tecidos e o tratamento de lesões cutâneas graves. É uma área emocionante que continua a avançar em direção a soluções mais eficazes e acessíveis para pacientes e para a indústria de cosméticos12.
A pele de tilápia tem se destacado como um avanço tecnológico no tratamento de queimaduras e outras condições médicas. Desenvolvida por médicos no Ceará, essa abordagem pioneira utiliza a pele do peixe para tratar queimaduras de segundo e terceiro graus. Aqui estão alguns detalhes importantes:
Benefícios da Pele de Tilápia:
- A pele da tilápia é semelhante à pele humana em termos de resistência e características microscópicas.
- Ela permanece sobre a queimadura por vários dias, evitando a necessidade de trocar curativos diariamente.
- A tilápia tem menos chances de transmitir doenças em comparação com outros animais, como porcos.
- A pele de tilápia contém colágeno tipo 1 e possui um grau adequado de umidade que auxilia na cicatrização.
Processo de Utilização:
- Antes de ser aplicada, a pele do peixe passa por um processo de limpeza para remover escamas, tecido muscular, toxinas e o odor característico.
- Ela é estirada e cortada em tiras flexíveis, semelhantes à pele humana.
- As tiras de pele são armazenadas em um congelador por até dois anos.
Aplicações Futuras:
- Além de queimaduras, pesquisadores estão explorando outras áreas, como ginecologia e cirurgias de reconstrução vaginal.
- Estudos comparativos estão sendo realizados para avaliar diferenças entre a pele de tilápia e outras opções, como pele de porco e humana.
Esse avanço tem sido reconhecido internacionalmente e pode revolucionar o tratamento de lesões cutâneas e outras condições médicas12.