Corpo humano
O corpo humano é a estrutura do ser humano.
É composto por trilhões de células, a unidade fundamental da
vida, que juntas são responsáveis pela formação de tecidos que protegem o
organismo do mundo exterior, e vários outros que são responsáveis pela formação
das cavidades internas.
As células se agrupam
e formam os órgãos, que são coleções estruturadas de células com funções
específicas.
Os órgãos estão interligados um ao outro e fazem partes de
sistemas específicos, os quais mantém a manutenção da constituição física
humana.
Também é constituído por cerca de 60% de água e vários
elementos, aproximadamente 25 quilogramas de um humano com 70 quilogramas, são
células não humanas ou material celular, um dos quais são os ossos, que são
responsáveis por suportar e proteger as estruturas internas mais importantes.
A combinação de todos
os fatores permite que o organismo garanta a homeostase, que é o estado de
equilíbrio.
Na anatomia básica é formado pela cabeça, pescoço, tronco
(que incluem o tórax e abdômen), braços e mãos, pernas e pés.
O estudo do corpo humano envolve: a anatomia, fisiologia,
histologia e embriologia.
O corpo varia anatomicamente de maneiras conhecidas.
A fisiologia estuda os sistemas e órgãos do corpo humano e
suas funções.
Muitos sistemas e mecanismos interagem para manter a
homeostase, com níveis seguros de substâncias como açúcar e oxigênio no sangue.
Composição
O corpo humano é composto por vários elementos e quatro
destes desempenham papéis fundamentais, pois são responsáveis por
aproximadamente 95,2% da massa corporal de um humano, sendo eles: hidrogênio,
oxigênio, carbono e nitrogênio.
O restante dessa massa é formado por vários outros elementos
que são encontrados em quantidades menores, tais como: cálcio, fósforo,
potássio, sódio, cloro, magnésio, enxofre e micronutrientes (dos quais alguns,
de acordo com evidências, são necessários para a vida).
Nem todos os elementos encontrados em pequenas quantias são
importantes para o corpo, sendo alguns considerados simples contaminantes que
não possuem funções fundamentais, tal como o césio, enquanto outros são toxinas
ativas dependendo da quantidade, como o mercúrio.
Em humanos, o arsênio é tóxico e seu níveis em alimentos
precisam ser monitorados a fim de reduzir ou eliminar sua digestão.
O organismo de um humano contém pelo menos traços
detectáveis de 60 elementos químicos, sendo 25 destes analisados a desempenhar
um papel positivo na saúde e vida.
Quatro elementos são responsáveis pela constituição da
maioria do peso de um humano, são eles: o carbono, nitrogênio, oxigênio e
hidrogênio.
O hidrogênio (9,5% da massa corporal) mantém a estrutura
hidratada, além de estar presente em 90% da composição de todos os átomos e, é
encontrado nos carboidratos, proteínas, amidos e lipídios que são necessários à
dieta humana.
Está presente no trifosfato de adenosina (ATP), que é a
principal molécula transportadora de energia.
O oxigênio (responsável por 65% da massa corporal) é
importante para as células visto que necessitam do oxigênio para funcionarem,
elas usam a substância principalmente para a produção de energia vinda dos
alimentos.
É transportado dos pulmões para os microrganismos através do
sangue, sendo necessário ao metabolismo, é responsável por inúmeras reações
bioquímicas intracelulares.
Percentualmente a maior parte do elemento químico no corpo
está na água que é uma das moléculas mais importantes para à vida.
Constituindo 18,5% da massa corporal, o carbono é um
elemento tetravalente, ou seja, ele pode se relacionar a quatro outros
elementos químicos, sendo assim ele faz ligações estáveis com outros átomos,
que é uns dos motivos que fazem ele de um átomo fundamental, os carboidratos,
gorduras e proteínas são variados exemplos de moléculas compostas pelo
elemento.
O nitrogênio, sendo 3,3% do peso, é alguns dos responsáveis
pela composição dos aminoácidos que constituem as proteínas. Sendo também um
dos componentes dos ácidos nucléicos que compõem o DNA e RNA.
O cálcio, fósforo e enxofre são os elementos minerais mais
abundantes do corpo.
O cálcio é necessário para manter os ossos resistentes e
realizar várias funções vitais, quase toda a substância é armazenada nos ossos
e dentes, onde sustenta a estrutura.
É necessário para os músculos se moverem, o funcionamento dos
músculos, além de ajudar os vasos sanguíneos movimentar o sangue.
O fósforo, assim como o cálcio, auxilia o desenvolvimento
dos ossos e desempenha funções nos ácidos nucleicos e nas membranas celulares,
ajudando o corpo a produzir energia e na produção de trifosfato de adenosina
(ATP), que está relacionado à forma que o corpo usa carboidratos e gorduras.
O enxofre é importante para múltiplas funções, compondo e
recompondo o DNA, promovendo a proteção de seus microrganismos contra
danificações.
Além disso, o enxofre é responsável por desempenhar papeis
importantes na síntese de intermediários metabólicos importantes, como a
glutationa um aminoácido indispensável encontrado nas proteínas.
A composição do corpo humano além do nível atômico pode ser
vista em escala molecular e celular.
As moléculas são a reunião de dois ou mais átomos, e são
exemplos de moléculas: a água (H2O), glicose (C6H12O6)
e nitrogênio (N2).
A água um dos nutrientes críticos, cuja a ausência leva à
óbito, compõe entre 75% (em bebês) e 55% (em idosos) da massa corporal de um
humano.
As uniões das moléculas formam as células que são as
unidades fundamentais e, são elas que mantém o corpo vivo.
Existem trilhões dessas partículas vivas que possuem
estruturas e funções diversas.
As células se agrupam e formam os tecidos que compõem
estruturas com funções especificas, como os órgãos.
Células
O corpo contém trilhões de células, a unidade fundamental da
vida.
Na maturidade, existem cerca de 30-37 trilhões de células no
corpo, uma estimativa obtida pela totalização do número de células de todos os
órgãos do corpo e tipos de células.
O corpo também hospeda aproximadamente o mesmo número de
células não humanas, bem como organismos multicelulares que residem no trato
gastrointestinal e na pele.
Nem todas as partes do corpo são feitas de células. As
células ficam em uma matriz extracelular que consiste em proteínas como o
colágeno, rodeado por fluidos extracelulares.
Dos 70 kg de um corpo humano médio, quase 25 kg são células
não humanas ou material não celular, como ossos e tecidos conjuntivos.
Genoma
As células do corpo funcionam por causa do DNA.
O DNA fica dentro do núcleo de uma célula, as partes do DNA
são copiadas e enviadas ao corpo da célula via RNA.
O RNA é então usado para criar proteínas que formam a base
das células, sua atividade e seus produtos.
As proteínas ditam a função celular e a expressão gênica,
uma célula é capaz de se autorregular pela quantidade de proteínas produzidas.
No entanto, nem todas as células têm DNA; algumas células,
como os glóbulos vermelhos maduros, perdem o núcleo à medida que amadurecem.
Tecidos
O corpo humano consiste em muitas categorias de tecidos,
definidos como células que atuam com uma função especializada.
O estudo dos tecidos é denominado histologia e geralmente
ocorre com um microscópio.
O corpo consiste em quatro tipos principais de tecidos;
células de revestimento (epitélios), tecido conjuntivo, tecido nervoso e tecido
muscular.
As células que se encontram em superfícies expostas ao mundo
exterior ou trato gastrointestinal (epitélio) ou cavidades internas (endotélio)
vêm em várias formas e formas; de camadas únicas de células planas a células
com pequenos cílios como nos pulmões, para células como colunas que revestem o
estômago.
As células endoteliais são células que revestem as cavidades
internas, incluindo vasos sanguíneos e glândulas.
As células de revestimento regulam o que pode ou não passar
por elas, protegem as estruturas internas e funcionam como superfícies
sensoriais.
Órgãos
Os órgãos são formados por tecidos, ou seja, por coleções de
células estruturadas que mesmo não sendo idênticas trabalham entre si.
Por exemplo, o coração é composto principalmente por
cardiomiócitos e pelo tecido conjuntivo.
Os órgãos são considerados estruturas de extrema
importância, e o corpo humano possui cinco órgãos vitais: cérebro, coração,
pulmões, fígado e rins, sem os quais não é possível a sobrevivência do
organismo, pois caso algum deles pare de funcionar o óbito é a consequência se
não houver intervenção médica de urgência.
Na maioria das vezes os órgãos estão localizados em
cavidades internas, com exceção da pele que é considerada a maior estrutura do
organismo, e as cavidades são subdividas em dorsal e ventral, dentro destas
estão localizados os órgãos internos.
Para fins de pesquisa e localizações mais exatas, as
cavidades dorsal e ventral são também subdivididas: a dorsal em cavidade
craniana (onde está localizado o cérebro) e canal vertebral (no qual passa a
medula espinhal, que é o prolongamento do sistema nervoso central); a ventral
em: cavidade torácica (localidade em que o coração e pulmões, as partes
torácicas dos grandes vasos e outras estruturas importantes estão), e a
abdominopélvica que é dividida em cavidade abdominal (onde está o estômago,
fígado, vesícula biliar, baço, pâncreas, intestino delgado e grosso, glândulas
suprarrenais e rins) e pélvica (região em que se situam os órgãos reprodutivos
e também o reto, bexiga e uretra).
O corpo é formado por múltiplos órgãos que fazem partes de
sistemas, os quais são formados pela reunião de estruturas que realizam funções
especificas dentro do corpo.
Cada órgão possui um papel dentro do corpo, por exemplo o
coração faz parte do sistema circulatório e sua função é bombear o sangue,
enquanto o estômago pertence ao sistema digestivo e sua função é realizar a
digestão química e mecânica dos alimentos, de modo que transforma o bolo
alimentar em quimo para que posteriormente a digestão seja continuada no
intestino delgado.
Os órgãos vestigiais não possuem funções específicas e
vitais e, são resultado das adaptações evolutivas acometidas pelo ser humano.
Essas estruturas já tiveram alguma função principal
anteriormente, mas com a evolução, suas funcionalidades foram modificadas e
deixaram de exercer sua função principal anterior.
O melhor exemplo de um órgão vestigial é o apêndice cecal,
que é uma pequena extensão tubular do intestino grosso, e constitui vestígio de
um órgão redundante que nas espécies ancestrais tinha funções digestivas, mas
com as modificações dessa estrutura a sua função foi modificada e na modernidade
é relacionada com a proteção da população de bactérias que habita e interfere
no bom funcionamento do sistema digestivo.
A palavra órgão advém do latim organum e do grego órganon,
que em tradução literal significa "instrumento", e somente no século
XVII o termo começou a ser usado para fins anatômicos.
Aproximadamente há quatro mil anos atrás nas regiões da
Mesopotâmia e do Antigo Egito, a população já estava fazendo investigações
acerca da descoberta de melhores informações sobre o corpo, e para isso
tentaram descrever o básico da vida, relacionando ideias errôneas da função do
fígado e dos outros órgãos (constantemente tentavam explicar a função dessas
estruturas em relação à "alma" do ser humano).
Sistemas
Os órgãos do corpo estão associados frequentemente em
sistemas, os quais são a reunião de estruturas que cooperam entre si para
realizar funções complexas e consideráveis dentro do organismo.
Existem vários sistemas que são necessários para a
sobrevivência da espécie, cada um tendo funções diferentes, portanto, papéis
exclusivos para desempenhar na fisiologia.
São eles: o circulatório (dividido em dois outros sistemas
para fins de pesquisa: cardiovascular, responsável por transportar nutrientes e
oxigênio para todas as células através do sangue e o linfático que recolhe as
impurezas e conduz os glóbulos brancos e vários outros, através da linfa),
digestivo (onde acontece a transformação dos alimentos em nutrientes e, a
eliminação do não necessário através das fezes), endócrino (faz a regulação e
administração das funções do corpo através de glândulas, que produzem e liberam
hormônios), imunológico (defende o organismo da invasão de patógenos),
tegumentar (protege do mundo exterior, regula a temperatura corporal e é
responsável pela sensibilidade), locomotor ou musculoesquelético (fornece a
estrutura e locomoção, também é dividido em dois outros sistemas que são o
muscular e esquelético), nervoso (centro de controle do corpo, incumbido pela
transmissão de sinais), reprodutor (garante a descendência da espécie através
dos gametas, que posteriormente pós fertilização transformará em um embrião no
útero), respiratório (traz oxigênio do ar para o organismo) e urinário (filtra
o sangue e remove as toxinas e resíduos, transformando em urina).
Alguns órgãos do corpo têm múltiplas funções e fazem partes
de mais de um sistema, enquanto outros apresentam somente uma função para tal.
Por exemplo: o timo faz parte do sistema linfático e
imunológico, os ovários integram o reprodutor e endócrino, a faringe pertence
ao respiratório e digestivo.
Os sistemas interagem efetivamente entre si, essas
interações possuem regras básicas, ou seja, latentes à complexa reorganização
hierárquica em redes fisiológicas com transições entre estados fisiológicos.
A saúde e os estados fisiológicos diferentes surgem de
interações em rede entre sistemas complexos de vários componentes não lineares.
Os médicos tradicionalmente focam em um único sistema, por
exemplo: os cardiologistas examinam o coração e consideram os sinais do ECG;
neurologistas trabalham com o cérebro e utilizam sinais de ressonância
magnética e ondas cerebrais EEG.
Entretanto, o organismo é uma rede integrada, os quais os
sistemas formados por várias estruturas fazem contato continuamente através de
vários procedimentos por meio de várias respostas adquiridas e em diferentes
escalas temporais para aperfeiçoar e coordenar sua função.
Essas interações são essenciais para manter a saúde e gerar
estados fisiológicos distintos, tal como a vigília e sono, sono leve e
profundo, consciência e inconsciência.
A modificação ou a interrupção das comunicações dos órgãos
podem levar a disfunção de sistemas individuais ou ao colapso de todo o
organismo, por exemplo: febre, hipertensão e falência de múltiplos órgãos, mas,
apesar da importância para a cognição das funções fisiológicas básicas, há
escassez sobre a natureza das interações dinâmicas entre diversos sistemas e
seu papel coletivo como uma rede integrada de saúde.
O vocábulo "sistema" vem do grego, e é originário
de SYNÍSTANAI que é a junção de SYN, que significa "reunião ou
conjunto" e HÍSTANAI, em tradução literal "levar exercer", sendo
assim a palavra SYNISTANAI retrata "levar exercer em conjunto". Com
base nessa palavra surgiu SYSTEMA, significando a "associação de diferentes
partes".
Sistema circulatório
O sistema circulatório consiste no coração e vasos
sanguíneos (artérias, veias e capilares).
O coração impulsiona a circulação do sangue, que serve como
um "sistema de transporte" para transferir oxigênio, combustível,
nutrientes, produtos residuais, células imunológicas e moléculas de sinalização
(ou seja, hormônios) de uma parte do corpo para outra.
Os caminhos da
circulação sanguínea dentro do corpo humano podem ser divididos em dois
circuitos: o circuito pulmonar, que bombeia sangue para os pulmões para receber
oxigênio e deixar dióxido de carbono e o circuito sistêmico, que transporta o
sangue do coração para o resto do corpo.
O sangue consiste em um fluido que transporta as células na
circulação, incluindo algumas que se movem dos tecidos para os vasos sanguíneos
e vice-versa, assim como o baço e a medula óssea.
Sistema digestivo
O sistema digestivo consiste na boca, incluindo a língua e
os dentes, esófago, estômago, (trato gastrointestinal, intestinos e reto), bem
como o fígado, pâncreas, vesícula biliar, e glândulas salivares.
Ele converte os alimentos em moléculas pequenas,
nutricionais e não tóxicas para distribuição e absorção pelo corpo.
Essas moléculas assumem a forma de proteínas (que são
quebradas em aminoácidos), gorduras, vitaminas e minerais (os últimos dos quais
são principalmente iônicos em vez de moleculares).
Depois de ser engolido, o alimento se move pelo trato
gastrointestinal por meio da peristalse: a expansão e contração sistemáticas
dos músculos para empurrar o alimento de uma área para outra.
A digestão começa na boca, que mastiga os alimentos em
pedaços menores para facilitar a digestão.
Em seguida, é engolido e passa pelo esôfago até o estômago.
No estômago, o alimento é misturado aos ácidos gástricos
para permitir a extração de nutrientes.
O que resta é chamado de quimo; ele então se move para o
intestino delgado, que absorve os nutrientes e a água do quimo.
O que sobra segue para o intestino grosso, onde é seco para
formar fezes; estes são então armazenados no reto até que sejam expelidos
através do ânus.
Sistema endócrino
O sistema endócrino consiste nas principais glândulas
endócrinas: hipófise, tireóide, supra-renais, pâncreas, paratireoides e
gônadas, mas quase todos os órgãos e tecidos também produzem hormônios
endócrinos específicos.
Os hormônios endócrinos servem como sinais de um sistema do
corpo para outro em relação a uma enorme variedade de condições, resultando em
uma variedade de mudanças de função.
Sistema imunológico
O sistema imunológico consiste em células brancas do sangue,
o timo, os gânglios linfáticos e os canais linfáticos, que também fazem parte
do sistema linfático.
O sistema imunológico fornece um mecanismo para o corpo
distinguir suas próprias células e tecidos de células e substâncias externas e
neutralizar ou destruir as últimas usando proteínas especializadas, como
anticorpos, citocinas e receptores do tipo-toll, entre muitos outros.
Sistema tegumentar
O sistema tegumentar consiste na cobertura do corpo (a
pele), incluindo cabelos e unhas, bem como outras estruturas funcionalmente
importantes, como as glândulas sudoríparas e as glândulas sebáceas.
A pele fornece contenção, estrutura e proteção para outros
órgãos e serve como uma importante interface sensorial com o mundo exterior.
Sistema linfático
O sistema linfático extrai, transporta e metaboliza a linfa,
o fluido encontrado entre as células.
O sistema linfático é semelhante ao sistema circulatório em
termos de estrutura e função mais básica, que é; transportar um fluido
corporal.
Sistema locomotor
O sistema locomotor consiste no esqueleto humano (que inclui
ossos, ligamentos, tendões e cartilagem) e músculos.
Dá estrutura básica ao corpo e capacidade de movimento.
Além de seu papel estrutural, os ossos maiores do corpo
contêm a medula óssea, o local de produção das células sanguíneas.
Além disso, todos os ossos são os principais locais de
armazenamento de cálcio e fosfato.
Este sistema pode ser dividido entre sistema muscular e
esquelético.
Sistema nervoso
O sistema nervoso consiste em neurônios e células gliais do
corpo, que juntos formam os nervos, gânglios e massa cinzenta que, por sua vez,
formam o cérebro e estruturas relacionadas.
O cérebro é o órgão do pensamento, emoção, memória e
processamento sensorial; serve a muitos aspectos da comunicação e controla
vários sistemas e funções.
Os sentidos consistem em visão, audição, paladar, olfato e
tato.
Os olhos, ouvidos, língua, nariz e pele, reúnem informações
sobre o ambiente do corpo.
De uma perspectiva estrutural, o sistema nervoso é
normalmente subdividido em duas partes componentes: o sistema nervoso central
(SNC), composto pelo cérebro e pela medula espinhal; e o sistema nervoso
periférico (SNP), composto pelos nervos e gânglios fora do cérebro e da medula
espinhal.
O SNC é o principal responsável por organizar o movimento,
processar informações sensoriais, pensamento, memória, cognição e outras
funções semelhantes.
Ainda é uma questão de debate se o SNC dá origem direta à
consciência.
O sistema nervoso periférico (SNP), é o principal
responsável por reunir informações com os neurônios sensoriais e dirigir os
movimentos do corpo com os neurônios motores.
De uma perspectiva funcional, o sistema nervoso é novamente
dividido em duas partes componentes: o sistema nervoso somático (SNS) e o
sistema nervoso autônomo (SNA).
O SNS está envolvido em funções voluntárias, como fala e
processos sensoriais.
O SNA está envolvido em processos involuntários, como a
digestão e a regulação da pressão arterial.
O sistema nervoso está sujeito a muitas doenças diferentes.
Na epilepsia, a atividade elétrica anormal no cérebro pode
causar convulsões.
Na esclerose múltipla, o sistema imunológico ataca os
revestimentos nervosos, prejudicando a capacidade dos nervos de transmitir
sinais.
A esclerose lateral amiotrófica (ELA), também conhecida como
doença de Lou Gehrig, é uma doença do neurônio motor que reduz gradualmente os
movimentos dos pacientes.
Existem também muitas outras doenças do sistema nervoso.
Sistema reprodutor
O sistema reprodutor consiste nas gônadas e nos órgãos
sexuais internos e externos.
O sistema reprodutivo produz gametas em cada sexo, um
mecanismo para sua combinação e, na mulher, um ambiente nutridor para os
primeiros 9 meses de desenvolvimento do bebê.
Sistema respiratório
O sistema respiratório consiste no nariz, nasofaringe,
traqueia e pulmões.
Ele traz oxigênio do ar e excreta dióxido de carbono e água
de volta ao ar.
Primeiro, o ar é puxado pela traqueia para os pulmões pelo
diafragma empurrando para baixo, o que cria um vácuo.
O ar é brevemente armazenado dentro de pequenos sacos
conhecidos como alvéolos, antes de ser expelido dos pulmões quando o diafragma
se contrai novamente.
Cada alvéolo é cercado por capilares que transportam sangue
desoxigenado, que absorve o oxigênio do ar para a corrente sanguínea.
Para que o sistema respiratório funcione adequadamente, deve
haver o mínimo possível de impedimentos ao movimento do ar dentro dos pulmões.
A inflamação dos pulmões e o excesso de muco são fontes
comuns de dificuldades respiratórias.
Na asma, o sistema respiratório está persistentemente
inflamado, causando sibilância e/ou falta de ar.
A pneumonia ocorre por infecção dos alvéolos e pode ser
causada por tuberculose.
O enfisema, geralmente resultado do tabagismo, é causado por
danos às conexões entre os alvéolos.
Sistema urinário
O sistema urinário consiste nos rins, ureteres, bexiga e uretra.
Ele remove materiais tóxicos do sangue para produzir urina,
que carrega uma variedade de moléculas de resíduos e excesso de íons e água
para fora do corpo.
Anatomia
A anatomia humana é o estudo da forma e do formato do corpo
humano.
O corpo humano tem quatro membros (dois braços e duas
pernas), uma cabeça e um pescoço que se conectam ao torso.
A forma do corpo é determinada por um esqueleto forte feito
de osso e cartilagem, cercado por gordura, músculos, tecido conjuntivo, órgãos
e outras estruturas.
A coluna vertebral na parte posterior do esqueleto que
envolve a medula espinhal, que é uma coleção de fibras nervosas que conectam o
cérebro ao resto do corpo.
Nervos conectam a medula espinhal e o cérebro ao resto do
corpo.
Todos os principais ossos, músculos e nervos do corpo são
nomeados, com exceção de variações anatômicas, como ossos sesamóides e músculos
acessórios.
Os vasos sanguíneos transportam sangue por todo o corpo, que
se move por causa das batidas do coração.
Vênulas e veias coletam o sangue com baixo teor de oxigênio
dos tecidos do corpo.
Estes se agrupam em veias progressivamente maiores até
atingirem as duas maiores veias do corpo, a veia cava superior e inferior, que
drena o sangue para o lado direito do coração.
A partir daí, o sangue é bombeado para os pulmões, onde
recebe oxigênio e é drenado de volta para o lado esquerdo do coração, aonde é
bombeado para a maior artéria do corpo, a aorta e, em seguida, artérias e
arteríolas progressivamente menores até atingir o tecido.
Aqui, o sangue passa de pequenas artérias para os capilares,
depois para pequenas veias e o processo começa novamente.
O sangue transporta oxigênio, produtos residuais e hormônios
de um lugar para outro no corpo. O sangue é filtrado nos rins e no fígado.
O corpo consiste em várias cavidades corporais, áreas
separadas que abrigam diferentes sistemas de órgãos.
O cérebro e o sistema nervoso central residem em uma área
protegida do resto do corpo pela barreira hematoencefálica.
Os pulmões ficam na cavidade pleural.
Os intestinos, o fígado e o baço ficam na cavidade
abdominal.
Altura, peso, forma e outras proporções corporais variam
individualmente e com a idade e o sexo.
A forma do corpo é influenciada pela distribuição dos
músculos e tecido adiposo.
Fisiologia
A fisiologia humana é o estudo de como o corpo humano
funciona.
Isso inclui as funções mecânicas, físicas, bioelétricas e
bioquímicas de humanos com boa saúde, desde os órgãos até as células que os
compõem.
O corpo humano consiste em muitos sistemas de órgãos em
interação.
Eles interagem para manter a homeostase, mantendo o corpo em
um estado estável com níveis seguros de substâncias como açúcar e oxigênio no
sangue.
Cada sistema contribui para a homeostase, de si mesmo, de
outros sistemas e de todo o corpo.
Alguns sistemas combinados são chamados de nomes conjuntos,
por exemplo, o sistema nervoso e o sistema endócrino funcionam juntos como o
sistema neuroendócrino.
O sistema nervoso recebe informações do corpo e as transmite
ao cérebro por meio de impulsos nervosos e neurotransmissores.
Ao mesmo tempo, o sistema endócrino libera hormônios, que
ajudam a regular a pressão arterial e o volume.
Juntos, esses sistemas regulam o ambiente interno do corpo,
mantendo o fluxo sanguíneo, postura, suprimento de energia, temperatura e
equilíbrio ácido (pH).
Desenvolvimento
O desenvolvimento do corpo humano é o processo de
crescimento até a maturidade.
O processo começa com a fertilização, onde um óvulo liberado
do ovário de uma mulher é penetrado pelo esperma.
O óvulo então se aloja no útero, onde um embrião e,
posteriormente, o feto se desenvolvem até o nascimento.
O crescimento e o desenvolvimento ocorrem após o nascimento
e incluem o desenvolvimento físico e psicológico, influenciado por fatores
genéticos, hormonais, ambientais e outros.
O desenvolvimento e o crescimento continuam ao longo da
vida, desde a infância, adolescência e desde a idade adulta até a velhice, e
são referidos como o processo de envelhecimento.
Sociedade e cultura
Estudo profissional
Os profissionais de saúde aprendem sobre o corpo humano por
meio de ilustrações, modelos e demonstrações.
Além disso, estudantes de medicina ganham experiência
prática, por exemplo, por dissecação de cadáveres.
A anatomia humana, a fisiologia e a bioquímica são ciências
médicas básicas, geralmente ensinadas a estudantes de medicina no primeiro ano
da faculdade de medicina.
Representação
A anatomia tem servido às artes visuais desde os tempos da
Grécia Antiga, quando o escultor Policleto do século V a.C. escreveu seu cânon
sobre as proporções ideais do nu masculino.
No renascimento italiano, artistas como: Piero della
Francesca (c. 1415– 1492) em diante, incluindo Leonardo da Vinci (1452–1519) e
seu colaborador Luca Pacioli (c. 1447– 1517), aprenderam e escreveram sobre as
regras da arte, incluindo a perspectiva visual e as proporções do corpo humano.
Filosofia
A palavra corpo é uma das mais ricas da língua portuguesa.
O corpo sempre foi objeto de curiosidade por ser uma
engrenagem misteriosa.
Esse fato levou com que cada área do conhecimento humano
apresentasse possíveis definições para o corpo como seu objeto de estudo.
Platão definiu o homem composto de corpo e alma.
A teoria filosófica de Platão baseia-se fundamentalmente na
cisão entre dois mundos: o inteligível da alma e o sensível do corpo.
O pensamento platônico é essencial para a compreensão de
toda uma linhagem filosófica que valoriza o mundo inteligível em detrimento do
sensível.
A alma é detentora da sabedoria e o corpo é a prisão quando
a alma é dominada por ele, quando é incapaz de regrar os desejos e as
tendências do mundo sensível.
Foucault concebeu o corpo como o lugar de todas as
interdições.
Todas as regras sociais tendem a construir um corpo pelo
aspecto de múltiplas determinações.
Já para Lacan, o corpo é o espelho da mente e diz muito
sobre nós mesmos.
Para Nietzsche, só existe o corpo que somos; o vivido e este
é mais surpreendente do que a alma de outrora.
Para Michel de Certeau, o corpo encontra-se como o lugar de
cristalização de todas as interdições e também o lugar de todas as liberdades.
Georges Bataille definiu o corpo como uma coisa vil,
submissa e servil tal como uma pedra ou um bocado de madeira.
Para René Descartes, cuja filosofia originou o sistema do
cartesianismo, o corpo enquanto organismo é uma máquina, em contraste à mente,
e essa separação é conhecida como dualismo mente-corpo.
Baruch Espinoza também dividia a definição de corpo e mente,
mas os considerava em seu monismo como contínuos de uma mesma substância.
Para Gilles Deleuze, um corpo pode ser controlável, já que a
ele pode se atribuir sentidos lógicos.
Afirmou este filósofo que somos "máquinas
desejantes".
Em sua teoria, ao discorrer sobre corpos-linguagem disse que
o corpo "é linguagem porque pode ocultar a palavra e encobri-la".
A descrição do corpo é psicomotora não é psíquica, é uma
união entre psiquismo e motricidade.
Merleau-Ponty aludiu que o corpo é espelho de outro corpo.
Sobre a metamorfose do corpo, Paul Valéry propôs o problema
dos três corpos: o próprio corpo; o corpo reflexo, ponto narciso, inflexão que
se relaciona com o entorno, do visto, do que vê e o corpo que é justamente os
espaços insondáveis, tanto pela visão como pelo tato, função, fisiologia e
funcionamento, universo microscópico, líquidos, liquefação.
Fenomenologia
A partir dos anos 70, a body art passou a incluir o corpo
enquanto sujeito do espetáculo e da forma artística em si.
Com o impulso tecnológico, a partir dos anos 90, ocorreu uma
maior auto-apropriação pelo artista do seu corpo e do corpo de outrem como
sujeito e objeto da experiência estética.
Todos os dias a televisão está estampando dentro de nossas
casas "vinhetas" e aberturas de novelas com efeito digital, mostrando
performances corporais: o simulacro do corpo.
História da anatomia
Na Grécia Antiga, o Corpus Hippocraticum descreveu a
anatomia do esqueleto e dos músculos.
O médico do século II Cláudio Galeno compilou o conhecimento
clássico da anatomia em um texto que foi usado durante a Idade Média.
Na Renascença, Andreas Vesalius (1514–1564) foi o pioneiro
no estudo moderno da anatomia humana por dissecação, escrevendo o influente
livro De humani corporis fabrica.
A anatomia avançou ainda mais com a invenção do microscópio
e o estudo da estrutura celular de tecidos e órgãos.
A anatomia moderna usa técnicas como ressonância magnética,
tomografia computadorizada, fluoroscopia e ultrassom para estudar o corpo em
detalhes sem precedentes.
História da fisiologia
O estudo da fisiologia humana começou com Hipócrates na
Grécia Antiga, por volta de 420 a.C., e com Aristóteles (384-322 a.C.), que
aplicou o pensamento crítico e a ênfase na relação entre estrutura e função.
Galeno (126–199) foi o primeiro a usar experimentos para
sondar as funções do corpo. O termo fisiologia foi introduzido pelo médico
francês Jean Fernel (1497– 1558).
No século XVII, William Harvey (1578-1657) descreveu o
sistema circulatório, sendo pioneiro na combinação de observação próxima com
experimentos cuidadosos.
No século XIX, o conhecimento fisiológico começou a se
acumular em um ritmo rápido com a teoria celular de Matthias Schleiden e
Theodor Schwann em 1838, de que os organismos são feitos de células.
Claude Bernard (1813–1878) criou o conceito de milieu
intérieur (ambiente interno), que Walter Cannon (1871–1945) mais tarde disse
que era regulado para um estado estacionário na homeostase.
No século XX, os fisiologistas Knut Schmidt-Nielsen e George
Bartholomew ampliaram seus estudos para a fisiologia comparada e a ecofisiologia.
Mais recentemente, a fisiologia evolutiva tornou-se uma
subdisciplina distinta.