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quarta-feira, 2 de março de 2022

Lona Azul e as Abelhas


Para produzir um quilo de mel, as abelhas precisam visitar nada menos que 5 milhões de flores. Uma abelha produz algo em torno de 5 gramas de mel por ano. Uma colmeia com 50 mil abelhas pode produzir em torno de 250 quilos de mel anualmente. Uma única abelha realiza em torno de 40 voos diários em busca de néctar.

A cera de abelha apresenta propriedades medicinais e cosméticas milenares. 

Inclusive, no Egito, há mais de 6 mil anos, ela era utilizada no processo de embalsamento de múmias, graças à sua lenta oxidação e longa durabilidade. 

“Por não passar por processamento de branqueamento, a cera amarela é a mais pura quando comparada às demais, como a alveolada e a branqueada”,

Usos e benefícios como medicamentos e cosméticos

São vários os usos e benefícios da cera de abelhas. Além de ser usada em ataduras, ela pode ser usada no tratamento de distúrbios nas mucosas orais; doenças periodontais; doenças inflamatórias nasais, como sinusite; além de doenças respiratórias, como asma brônquica. Sem falar que alivia a tosse e auxilia no processo de expectoração.

Suas propriedades antigermicidas, antialérgicas e anti-inflamatórias curam alergias, irritação, cortes, feridas, escoriações e arranhões, além de outros problemas na pele, como eczema e rosácea. Além disso, quando mascada pura, ela elimina o tártaro dentário e traços de nicotina.

Na indústria de cosméticos, a cera de abelha é matéria-prima para a fabricação de cremes e máscaras faciais, além de maquiagens, como batons. Uma das maiores vantagens do uso da cera de abelha como cosmético é o elevado poder de hidratação da pele e redução da oleosidade. Além disso, ela remove as células mortas da pele, pois é um excelente esfoliante natural.

Principais formas de cera de abelha

A cera de abelhas alveolada é processada para a remoção de todas as impurezas. Além disso, ela é laminada e alveolada para uso na apicultura.

A cera de abelhas bruta é processada para a remoção de todas as impurezas e filtrada para os mais diversos usos.

A cera de abelhas branqueada é processada para a remoção de todas as impurezas. Além disso, ela passa por processo de branqueamento para uso nas indústrias farmacêutica, de cosméticos e odontológica.

A cera de abelhas colorida é processada para a remoção de todas as impurezas. Além disso, ela passa por processo químico de tingimento para uso em artesanatos e para fabricação de velas de favo.

Pureza da cera de abelhas

A cera de abelhas branca em flocos é submetida a processo de modificação para clareamento e também por processo de floculação para facilitar o seu derretimento.

A cera de abelhas branca em pedaços é submetida a processo de modificação para clareamento para uso em diversas aplicações.

A cera de abelhas clarificada é submetida a processo químico de clareamento para uso em ceras de depilação e revestimento de cápsulas de medicamentos, além da fabricação de cremes e velas.

A cera de abelhas filtrada é submetida a processo de derretimento para a remoção de todas as impurezas. Além disso, ela passa por processo de filtragem para eliminar os resíduos do processo de produção.

A cera de abelhas grau cosmético é submetida a processo de modificação para clareamento para uso em diversas aplicações. Sua apresentação é em flocos ou em pedaços.

Fonte: https://www.cpt.com.br/

Como se produz o pólen?

As abelhas operárias coletam o pólen nos estames das flores, aglutinando-o com néctar e substâncias salivares. Assim, formam pelotas de pólen, as quais serão levadas à colmeia pelas abelhas em suas corbículas.

Produção e utilização do pólen apícola pelas abelhas na colmeia

 Pólen é o elemento reprodutivo masculino das flores, responsável pela fecundação delas. É de tamanho microscópico, medindo aproximadamente 50 micras. 

As abelhas operárias coletam o pólen nos estames das flores, aglutinando-o com néctar e substâncias salivares. 

Assim, formam pelotas de pólen, as quais serão levadas à colmeia pelas abelhas em suas corbículas. 

No interior da colmeia, o pólen, agora denominado “pão das abelhas”, é utilizado para alimentação das larvas, crias, abelhas jovens e adultas, fornecendo proteína, vitaminas, minerais e lipídeos. 

É essencial para a elaboração da geleia real. O valor proteico é variável e depende da origem floral. A maioria do pólen coletado tem de 8% a 36% de proteína, podendo-se considerar como média 25%.

Fonte: https://ciram.epagri.sc.gov.br


Pólen apícola


O pólen apícola é o pólen processado com saliva e mel pelas operárias campeiras, depositado na corbícula, que é interceptado nas armadilhas instaladas nas colmeias. 

As armadilhas são denominadas de coletores de pólen e são instaladas na entrada das colmeias. 

Os coletores de pólen são formados por uma barreira, como se fosse uma grade, com perfurações largas para permitir que as campeiras a atravessem e entrem na colmeia. 

Porém, essas perfurações são suficientemente estreitas para reter as bolotas de pólen presas em suas corbículas, que caem em uma gaveta. 

Essa gaveta encontra-se separada por uma tela que impede o recolhimento do pólen pelas abelhas, assim, o apicultor pode recolher as bolotas de pólen fresco para o beneficiamento e comercialização para o consumo humano. 

Geralmente, encontram-se na gaveta bolotas de pólen de coloração variável, indicando as diferentes fontes florais visitadas pelas campeiras para a coleta do recurso.

Os componentes majoritários do pólen apícola são açúcares, fibras, proteínas e lipídeos. 

Outros componentes em menor quantidade são minerais, vitaminas, carotenóides e compostos fenólicos, como os flavonóides. 

Sua composição química pode variar de acordo com a origem vegetal e geográfica e outros fatores como condições climáticas, tipo de solo e atividades do apicultor.

O consumo de pólen apícola como um suplemento alimentar tem crescido devido ao seu conteúdo nutricional e atividades biológicas, entre elas antioxidante, antimicrobiana e antiinflamatória. 

A atividade antioxidante, por exemplo, indica eficácia no combate ao envelhecimento celular. 

O pólen apícola também possui propriedades terapêuticas e tem sido consumido como fortificante, estimulante e gerador de bem estar e vigor físico.

Fonte: https://abelha.org.br/

Geleia real

Geleia real é a secreção produzida pelas glândulas hipofaríngeas das jovens abelhas operárias, durante um breve período de suas vidas, dos quatro aos quinze dias. A continuidade da produção é obtida pela produção das novas jovens operárias da colmeia. A rainha dessa maneira sempre será alimentada com geléia real mantendo a sua postura de milhares de ovos.

Este alimento é empregado pelas abelhas para alimentar suas larvas por 3 dias aproximadamente, a rainha durante toda a sua vida, sendo dado também aos zangões no período inicial de suas vidas. Também misturado com mel.

Contém notáveis quantidades de proteínas, lipídeos, carboidratos, vitaminas, hormônios, enzimas, substâncias minerais, fatores vitais específicos, substancias biocatalizadoras nos processos de regeneração das células, desenvolvendo uma importante ação fisiológica.  

Chauvin em 1922, professor na Universidade de Sorbone, recomendou o uso da geléia real na terapia humana. Vários estudos foram feitos a partir daí, investigações em doentes e observações de controle médico. 

As indicações do uso da geléia real foram descritas assim: “é um estimulante biológico com ação energética e regeneradora do organismo. 

Segundo pesquisas da Associação Paulista de Apicultores – APACAME, ao se nutrir com a Geléia Real nota-se: a eliminação do cansaço físico e mental, normalização do apetite, ativação das funções cerebrais. 

Também tem um efeito antioxidante.

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.


6 formas de ter mais abelhas polinizadoras em sua horta ou jardim

Dia 3 de outubro é comemorado nacionalmente o Dia da Abelha. Ela está entre os 6 insetos amigos da horta. Mas muitas vezes são esquecidas ou até exterminadas devido às picadas que podem dar quando se sentem ameaçadas em seu habitat. Entretanto, ter abelhas por perto é extremamente benéfico para a agricultura, pois elas são responsáveis pela polinização de plantas e, com isso, podem aumentar a produtividade, como no caso do açaí, melhorar a formação de frutos, como no caso do morango, e deixar os jardins mais floridos.

Em alguns lugares do planeta, as abelhas têm sumido e gerado um colapso na produção de alguns frutos. De forma direta ou indireta, mais de 70% da alimentação humana dependem diretamente da polinização e, logo, das abelhinhas. Por isso, respeitá-las e preservá-las é dever de todos. Caso contrário, a população mundial morrerá de fome ou perderá a grande diversidade de alimentos.

Especialistas da fundação A.B.E.L.H.A. listaram seis formas fáceis de trazer as abelhas para perto da sua horta ou jardim.

1- Flores coloridas e plantas aromáticas

As abelhas são atraídas pelas flores e plantas aromáticas, especialmente as pequenas, de cores mais claras (branca e amarela – as flores vermelhas como a rosa, são mais atrativas para pássaros) e com floração em massa, ou seja, que floresce tudo de uma só vez e não gradativamente.

Ter opções coloridas atraem os insetos, além de deixar o jardim bem mais bonito. As favoritas delas são manjericão, funcho, malva, manjerona, orégano, alecrim, dente de leão, tomilho, hortelã, margaridas, girassóis, entre outras.

2- Plantas apícolas

Invista em espécies que atraem as abelhas. Malícia, sapateira e urucu são alguns exemplos.

3- Plantas nativas

Complemente o seu jardim com plantas nativas, pois as abelhas se sentem atraídas pelas espécies entre as quais sempre viveu cercada.

4- Água e abrigo

Além de plantar flores silvestres, frutas e vegetais, é necessário lhes fornecer água e abrigo, e também, permitir que os jardins locais detenham uma pequena fauna. Galhos caídos, árvores, etc, podem ajudar as abelhas a fazerem as colmeias.

As abelhas preferem árvores de pequeno porte, como as da famíliaMyrtaceae: goiabeira, jabuticabeira, pitangueira. Já das árvores de porte grande são preferíveis as de abacate e lichia, por exemplo.

Palmeiras em geral também são bem atrativas para as polinizadoras, o que é uma vantagem para os que gostam de jardinagem.

5- Gentileza gera gentileza

Se você respeitar o espaço das abelhas, mesmo as com ferrão (como a espécie mais comum no Brasil, a apis mellifera, ou africanizada, como é conhecida) não trarão problemas. Se algum morador da casa ou apartamento for alérgico, há diversas espécies sem ferrão que são gentis e procuram os jardins apenas para água e alimento.

6- Não use fumo na horta

As abelhas fogem de produtos à base de neonicotinóides, ou seja, com fumo na composição. Elas podem morrer ou deixar o espaço por causa desse químico.

Agora é só compartilhar essas informações com seus vizinhos para que eles também permitam que as abelhas polinizem plantas e flores! A vida agradece!

Fonte: https://www.iagro.ms.gov.br/

Fonte Original: Revista Globo Rural


Polinizador

Polinizador é um vetor animal - fator biótico - responsável pela transferência de pólen das anteras de uma flor masculina para o estigma de flores femininas, acidentalmente ou não, permitindo que aconteça a união do gameta masculino presente no grão de pólen com o gameta feminino do óvulo, processo conhecido como fecundação ou singamia. A consequência esperada é a produção de semente(s) fértil(eis).

A polinização realizada por vetor biótico, biofilia, é responsável por 80% de todos os tipos de polinização, sendo muito importante para a agricultura e a biodiversidade.

A relação entre os polinizadores e as flores é mutualística, já que traz benefícios para os dois indivíduos. A planta se beneficia, pois esses polinizadores realizam a polinização cruzada (troca de pólen entre indivíduos diferentes porém da mesma espécie), isso, além de promover a perpetuação da espécie, também gera uma maior variabilidade genética.

Além disso “uma polinização bem feita está diretamente ligada a um melhor rendimento da cultura agrícola, podendo não só levar ao aumento no número de sementes, vagens ou frutos vingados, como também melhorar a qualidade dos frutos (tamanho, peso, aparência, sabor e até elevar os valores nutritivos e o tempo de prateleira) e sementes (percentual de germinação e teor de óleos), além de influenciar positivamente em outras características de importância agronômica, tais como a antecipação e a uniformização no amadurecimento dos frutos, diminuindo as perdas na colheita”. Já os polinizadores se beneficiam, pois a planta produz as chamadas "recompensas florais”, que são substâncias energéticas que garantem a alimentação desses animais. As principais recompensas florais são o pólen, o néctar e óleos essenciais.

Os polinizadores mais reconhecidos são as várias espécies de abelhas, que são claramente adaptadas à polinização. As Abelhas são dispersores típicos e carregam carga eletrostática; ambos os recursos ajudam os grãos de pólen aderirem aos seus corpos. Além disso, possuem estruturas especializadas em transportar pólen que, na maioria das abelhas, assume a forma conhecida como escopa, que fica por trás da perna da maioria das abelhas e/ou no abdômen inferior (por exemplo, da família Megachilidae, composto de cerdas plumosas e espessas. Abelhas melíferas, zangões e outros componentes da colmeia não possuem escopa, mas a perna é alterada em uma estrutura chamada de corbícula, também conhecida como "Cesta de Pólen".

A maioria das abelhas reúne néctar, fonte de energia concentrada, e pólen, grande fonte de proteínas, para alimentar suas larvas e, sem saber, transferir alguns entre as flores que estão trabalhando. Como as abelhas precisam de uma abundante e constante de pólen, às vezes concorrem com a fecundação das plantas, levando-as a desenvolverem uma grande adaptação morfológica ou química para impedir que as abelhas esgotem todo o pólen.

Na cultura do maracujá, as mamangabas são abelhas de vital importância para a produção de frutos.


Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre


As abelhas com ferrão formam enxames de 70 mil a 90 mil indivíduos, em média, e produzem de 30 kg a 40 kg de mel por caixa por ano em apiários fixos. Para criar abelhas, é fundamental conhecer o inseto. Além de não poder ser alérgico ao veneno, o produtor precisa montar o local de cultura a uma distância de 300 metros a 500 metros de residências, de locais com animais domésticos e de estradas.

Fonte: https://www.agenciabrasilia.df.gov.br/


Garfanhotos

O tamanho dos enxames pode variar entre pouco mais um quilômetro quadrado e quase 1,2 mil quilômetros quadrados e podem conter entre 40 e 80 milhões de gafanhotos.

Mas os avanços trazem consequências ambientais ainda desconhecidas, e os agentes vêm buscando encontrar o difícil equilíbrio entre erradicar as pragas invasoras sem destruir a folhagem e prejudicar outros insetos, animais silvestres e humanos. O norte do Quênia é conhecido mundialmente por sua diversidade de abelhas, e produtores rurais e conservacionistas temem que as abelhas estejam morrendo.

Até o momento, 2,3 milhões de litros de agrotóxicos foram pulverizados sobre 1,9 milhão de hectares a um custo de US$ 195 milhões, ou mais de R$ 1 bi, segundo a FAO. A pulverização deve prosseguir neste ano.


As avaliações de eventuais danos ambientais são, na melhor das hipóteses, incompletas, embora os efeitos dos agrotóxicos tenham sido bastante documentados por décadas em outros ambientes. Agrotóxicos de amplo espectro são muito eficazes para matar gafanhotos, mas também para matar abelhas e outros insetos. Eles contaminam os sistemas hídricos e podem prejudicar a saúde humana.

“É evidente que há danos colaterais”, afirma Dino Martins, entomologista e diretor executivo do Centro de Pesquisas Mpala, no Quênia. “Todos esses produtos químicos são projetados para matar insetos em grandes quantidades.”


Pego de surpresa

O Quênia não sofria uma grande invasão de gafanhotos há 70 anos. Quando os primeiros enxames chegaram em 2019, o país estava extremamente despreparado para o que havia sido considerado, razoavelmente, uma ameaça remota.

“O país não dispunha de equipamentos, experiência, agrotóxicos, aeronaves, nem conhecimento”, conta Keith Cressman, analista sênior de gafanhotos da FAO.

Os enxames começaram a se formar em 2018 depois que ciclones provocaram chuvas intensas nos desertos inóspitos da Arábia, permitindo que os gafanhotos se reproduzissem nas areias úmidas. 

Os ventos intensos em 2019 sopraram os enxames crescentes a zonas de conflito inacessíveis do Iêmen e, em seguida, atravessaram o Mar Vermelho e chegaram à Somália, Etiópia e Quênia.

Nos primeiros estágios da iniciativa para controlar os gafanhotos, o Quênia recorreu a tudo que estava ao alcance para resolver o problema. “Foi uma reação de pânico”, conta James Everts, ecotoxicologista holandês especializado nos efeitos ambientais do uso de agrotóxicos.


A pulverização prosseguiu até mesmo com a propagação da pandemia de covid-19 que isolou grande parte do mundo. 

Com máscaras faciais contra o novo coronavírus, centenas de voluntários locais, bem como membros do Serviço Nacional da Juventude do Quênia, equipados com pulverizadores em mochilas nos ombros e com treinamento mínimo, borrifaram agrotóxicos, quaisquer que estivessem em estoque, sobre os gafanhotos. 

Pulverizaram milhares de litros de deltametrina, bem como centenas de litros de fipronil, clorpirifós e outros inseticidas, muitos dos quais o uso é proibido na Europa e em algumas regiões dos Estados Unidos.

Em um caso documentado na região norte de Turkana, uma equipe de controle de campo pulverizou 34 vezes a dose recomendada de agrotóxico em um terreno, matando abelhas e besouros enquanto os agrotóxicos caiam sobre a equipe e plantações.

“No início, foi uma medida emergencial”, observa Thecla Mutia, líder de uma equipe da FAO que monitora os efeitos ambientais das iniciativas de controle de gafanhotos no Quênia. “O objetivo era aplicar os agrotóxicos o quanto antes para garantir a segurança alimentar.”

Agrotóxicos proibidos na Europa e nos Estados Unidos

Feitos para matar, os agrotóxicos são tóxicos por definição, mas também armas contundentes. Três dentre quatro produtos químicos recomendados pela FAO e autorizados por governos regionais – clorpirifós, fenitrotion e malation – são organofosforados de amplo espectro, agrotóxicos amplamente empregados, às vezes chamados de “agentes neurotóxicos de grau leve” devido a sua semelhança com o gás sarin. A deltametrina, o último desses produtos recomendados, é um piretroide sintético, especialmente tóxico a abelhas e peixes, embora muito menos para mamíferos.

O Grupo de Avaliação de Agrotóxicos da FAO que analisa agrotóxicos para uso no controle de gafanhotos, lista todos os quatro produtos químicos como de alto risco para abelhas, risco baixo ou médio para aves e risco médio ou alto para inimigos naturais de gafanhotos e insetos do solo, como formigas e cupins.

A União Europeia proibiu o clorpirifós no início do ano passado e, nos Estados Unidos, foram impostas proibições em Nova York, Califórnia e Havaí. O fenitrotion também está proibido na Europa, mas é permitido nos Estados Unidos e na Austrália, onde é utilizado como principal arma do governo no combate aos gafanhotos.

“Não estamos ocultando que são agrotóxicos convencionais”, informa Cyril Ferrand, líder da equipe de resiliência da FAO em Nairóbi, que ressalta: fazer nada não era uma opção diante dos enxames em rápida expansão. “Queremos reduzir a população de gafanhotos-do-deserto de forma responsável.”

Alternativas não tóxicas

Alternativas biológicas não tóxicas que eliminam gafanhotos, mas não causam danos colaterais, estão disponíveis há décadas. Ainda assim, agrotóxicos continuam sendo a arma preferida, representando 90% da pulverização na atual campanha da África Oriental.

O desenvolvimento do controle biológico começou no fim da década de 1980, após o fim de uma invasão de gafanhotos que durou anos e se estendeu do Norte da África até a Índia.

“Quando os milhões de litros de agrotóxicos pulverizados foram contabilizados, até a comunidade de doadores ficou horrorizada”, lembra Christiaan Kooyman, cientista holandês que desenvolveu um biopesticida usando o fungo Metarhizium acridum, que combate gafanhotos. “Perguntaram aos cientistas: ‘não existe mais nenhuma alternativa?’”

O Metarhizium, comercializado desde 1998, é recomendado pela FAO como o “método de controle mais adequado” para gafanhotos, mas raramente é utilizado. Sua ação é lenta e possui uma baixa taxa de “efeito de choque instantâneo” – o que significa que mata ao longo de dias em vez de horas. Além de ser caro e de aplicação complexa, é mais eficaz contra as formas imaturas, em vez de enxames de adultos – a maior ameaça.

Sua melhor característica – matar exclusivamente gafanhotos – também o torna um produto menos lucrativo. As empresas têm poucos incentivos para produzir Metarhizium e passar pelo processo dispendioso e burocrático de registrá-lo em um país antes de uma emergência como a que acometeu a África Ocidental.

“Os gafanhotos não estão presentes com tanta frequência, e os fabricantes não têm interesse em produzir algo que não seja amplamente utilizado”, explica Graham Matthews, cientista britânico e presidente fundador do Grupo de Avaliação de Agrotóxicos. Quando os enxames chegam, “não tem como aguardar a produção, é necessário algo pronto para uso”, acrescenta.

Assim, os governos buscam agrotóxicos de amplo espectro produzidos em massa por grandes empresas de produtos químicos agrícolas.

A extensão dos danos não é conhecida

O que torna a pulverização generalizada de agrotóxicos especialmente preocupante a produtores rurais, pecuaristas, cientistas e conservacionistas no Quênia é que se sabe muito pouco sobre os danos causados pelos agrotóxicos, se existirem. 

Uma avaliação ambiental da operação regional de gafanhotos conduzida pelo governo dos Estados Unidos alertou sobre o “potencial para efeitos nocivos expressivos à saúde humana e à natureza” e uma análise do Banco Mundial concluiu que o risco ambiental era “substancial”.

Ainda assim, mais de um ano após o início da campanha de controle, a avaliação da FAO sobre o impacto ambiental da pulverização ainda não foi divulgada ao público.

“O uso excessivo de agrotóxicos é evidentemente prejudicial à biodiversidade, mas seu nível de impacto não foi quantificado”, afirma Sunday Ekesi, entomologista e diretor de pesquisas e parcerias do Centro Internacional de Fisiologia e Ecologia de Insetos (Icipe, na sigla em inglês) em Nairóbi, parte de uma força-tarefa do governo criada para combater a invasão de gafanhotos-do-deserto.

“Nossa principal preocupação é o impacto sobre os polinizadores”, ressalta Anne Maina, da Associação de Biodiversidade e Biossegurança do Quênia. 

Os produtores rurais com quem ela trabalha atribuem a redução na colheita de mel e da manga ao desaparecimento das abelhas. Martins compartilha essas preocupações, mas reitera que a falta de dados de monitoramento torna impossível saber o que de fato está ocorrendo.

“O norte do Quênia e o Grande Chifre da África são alguns dos principais centros de diversidade de abelhas do mundo, com milhares de espécies, sobre a maioria das quais não sabemos absolutamente nada”, conta ele. “É preciso desenvolver ferramentas para controlar os gafanhotos e proteger a frágil biodiversidade das terras áridas da região.”

As diretrizes da FAO sobre precauções ambientais e de segurança de 2003 reconhecem que a pulverização aérea pode produzir menos impactos à saúde humana do que a pulverização terrestre, mas muitas vezes cria “mais preocupações ambientais” devido ao risco de contaminar áreas ecologicamente sensíveis. A pulverização aérea aumenta a chance de “difusão descontrolada”, em que produtos químicos – bem como os próprios gafanhotos – são levados pelo vento.

Mutia, líder da equipe de monitoramento ambiental da Fao, reitera que as equipes de pulverização terrestre agora estão mais bem treinadas e as comunidades locais estão mais informadas sobre a pulverização e os riscos para elas mesmas e para o gado. A operação geral de combate aos gafanhotos no Quênia melhorou desde as primeiras semanas da invasão.

“Com os procedimentos corretos, o impacto ambiental é muito reduzido”, destaca Cressman.

Relatório importante ainda sob sigilo

Ainda assim, o relatório de monitoramento ambiental e de saúde emitido por Mutia, concluído em setembro passado, ainda não foi divulgado. E o motivo não está claro. A FAO afirma que o relatório aguarda a liberação do Ministério da Agricultura do Quênia, mas uma porta-voz do ministério afirma que a FAO ainda não o entregou.

Em entrevista, Mutia revela que não encontrou “nenhum motivo para preocupação”, em sua análise sobre a pulverização.

No entanto uma cópia do relatório obtida pela National Geographic apresenta um retrato mais detalhado e problemático, com evidências de superdosagem na região de Turkana e falta generalizada de comunicação com moradores de áreas pulverizadas.

Em quatro dos 13 locais inspecionados, não havia nenhum sinal sequer de morte de gafanhotos, sugerindo que a pulverização foi ineficaz ou que as equipes de monitoramento não estiveram nos locais corretos. Segundo o relatório, foram recebidas sucessivas informações de localização incorretas e faltavam helicópteros e outros veículos para chegar rapidamente a locais mais remotos.

“Nossa principal preocupação tem sido o controle dos gafanhotos e não há um sistema paralelo de monitoramento dos efeitos indesejáveis”, explica Raphael Wahome, cientista especializado em animais da Universidade de Nairóbi. 

Ele afirma que as informações da FAO devem ser disponibilizadas a pesquisadores e outros especialistas: “ninguém sabe ao certo o que está ocorrendo onde quer que os agrotóxicos tenham sido aplicados.”

Fonte: https://www.nationalgeographicbrasil.com/


Como mudar colmeias de lugar – Técnica do Raio de Ação:

Esta técnica é mais utilizada em capturas de abelhas por geralmente a captura ser distante do meliponário. Também é utilizada em mudança de lugar de caixas de abelhas Apis Mellifera.

A técnica consistem em fechar a caixa a noite e levar o enxame para uma distância maior do que seu raio de ação. A caixa pode ser aberta assim que chegar no novo local.

Como este novo local é desconhecido pelas abelhas por conta da distância ser maior que o raio de ação das abelhas, assim que saírem da caixa elas fazem o voo de reconhecimento novamente. Deixe o enxame de 30 a 40 dias neste local e depois ele pode ser levado para o novo local definitivo.

Nesta técnica é muito importante respeitar o raio de ação das abelhas. Por exemplo as abelhas mandaçaia tem um raio de ação de 3 km. Abelhas menores como abelhas jataís e abelhas mirins possuem raio de ação de 800 metros a 1 km.


Uma técnica bastante utilizada para mudar colmeias de lugar é fazendo o confinamento do exame. Essa técnica consistem em fechar a entrada do enxame a noite assim evitando a saída das abelhas pela manhã seguinte. Existem diversas maneiras de fechar a entrada do enxame.

O importante é evitar que as abelhas consigam sair da colmeia, mas é preciso que continue passando ar para as abelhas. Por exemplo uma maneira muito prática de fechar a entrada é colocando um pedaço de tela mosquiteira enrolada na entrada.

Após o confinamento do enxame, deve-se transferir a colmeia para o novo local e deixar a caixa fechada por 7 dias. Não há problemas em deixar o enxame fechado por esse tempo. Caso você queira alimentar o enxame, abra a caixa a noite e coloque o alimento para as abelhas, assim você evita que elas saiam da caixa durante o procedimento.

Fonte: https://www.criarabelhas.com.br/


Abelha Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre. 

Abelhas são insetos voadores, conhecidos pelo seu importante papel na polinização. Pertencem à ordem Hymenoptera, da superfamília Apoidea, subgrupo Anthophila, e são aparentados das vespas e formigas.

O representante mais conhecido é a Apis mellifera, oriunda do Velho Mundo, criada em larga escala para a produção de mel, própolis, geleia real e veneno. 

As espécies de abelhas nativas das Américas e Oceania não possuem ferrão e são menos agressivas do que as espécies africanas, a maioria destas pertence à tribo Meliponini. 

As abelhas com ferrão encontradas comumente no Brasil são espécies híbridas de abelhas europeias e africanas, criadas para maior produtividade e resistência. 

As abelhas sem ferrão encontradas comumente no Brasil são espécies do gênero Meliponini e a mais conhecida é a jataí Tetragonisca angustula.

Há mais de 25 000 espécies de abelhas conhecidas em sete famílias biológicas reconhecidas. 

Elas são encontradas em todos os continentes, exceto a Antártida, em todos os habitats do planeta onde existam plantas de flores polinizadas por insetos. 

As abelhas, abelhões, e abelhas sem ferrão vivem socialmente em colônias.

Elas estão adaptadas a uma alimentação de néctar e pólen, o primeiro principalmente como uma fonte de energia e o último principalmente pela proteína e outros nutrientes.

A maioria do pólen é usado como o alimento para as larvas que as tem definido como um insecto herbívoro mas que estudos recentes podem obrigar a reconsiderar essa posição científica, catalogado-as antes como omnívoras, pois foi percebida a importância alimentar das proteínas microbianas existentes no interior do mesmo pólen.

A polinização que as abelhas fazem é importantíssima, tanto ecologicamente como comercialmente; o declínio em abelhas selvagens aumentou o valor da polinização por colmeias, geridas comercialmente, de abelhas melíferas.

As abelhas variam em tamanho desde minúsculas espécies de abelhas sem ferrão cujas obreiras são inferiores a 2 milímetros de comprimento, como a Perdita Minima, até à Chalicodoma Plutão, a maior espécie de abelha cortadeira, cujas fêmeas podem atingir um comprimento de 39 milímetros.

As abelhas mais comuns no hemisfério norte são as Halictidae; são pequenas e muitas vezes confundidas com vespas ou moscas. 

Vertebrados predadores de abelhas incluem aves como os abelharucos; insetos incluem besouros (abelheiro), vespas e libélulas.

A apicultura tem sido praticada há milênios, desde pelo menos os tempos do Antigo Egito e da Grécia Antiga.

Além do mel e da polinização, as abelhas produzem cera de abelha, geléia real e própolis. 

As abelhas têm aparecido na mitologia e folclore, através de todas as fases da arte e da literatura, desde os tempos antigos até os dias atuais.

Evolução

A história evolutiva dos insetos mostra que os primeiros insetos aparecem por volta de 480 milhões de anos, no período Ordoviciano, e os insetos voadores por volta de 400 milhões de anos, no período Devoniano. 

Estudos genéticos sugerem que as abelhas provêm, como as formigas, da especialização de vespas predadoras da família Crabronidae.

Supõe-se que evoluiram a partir de espécies que se alimentavam de insetos cobertos de polén, o qual teriam passado a preferir.

Os mais antigos fósseis de abelhas foram encontrados presos em âmbar. Estas abelhas pertencem a espécies e gêneros agora extintos. 

O fóssil mais antigo descoberto, até hoje, é o Melittosphex burmensis: com 100 milhões de anos; essa minúscula espécie descoberta em 2006 na Birmânia tinha grãos de pólen nos pés. 

Esta descoberta confirma a origem comum de vespas e abelhas e a idade da coevolução entre as "abelhas" e angiospermas.

Essa descoberta sugere que as primeiras abelhas vegetarianas surgiram de ancestrais de vespas insetívoros. 

O gênero Electrapis viveu no Cretáceo Superior, há cerca de 70 milhões de anos, na atual região báltica e tinha uma forma muito semelhante à da abelha melífera contemporânea. 

A vida delas está ameaça por uso de inseticidas que matam a microbiota intestinal delas e as torna mais suscetíveis a pegarem parasitas. 

Coevolução

As primeiras flores foram polinizadas por insetos como besouros; a polinização por insetos foi bem estabelecida antes da primeira aparição das abelhas. 

A diferença importante é que as abelhas são especializadas como agentes de polinização, com modificações comportamentais e físicas que realçam especificamente a polinização, e são os insetos polinizadores mais eficientes. 

Em um processo de coevolução, as flores desenvolveram também adaptações, recompensas florais tais como o néctar, óleos florais, e partes comestíveis, e os tubos mais longos, e as abelhas desenvolveram línguas mais longas para extrair o néctar. 

As abelhas também desenvolveram estruturas para coletar e transportar pólen. 

A localização e o tipo diferem entre grupos de abelhas. 

A maioria das abelhas têm pêlos localizados em suas patas traseiras ou na parte inferior de seus abdômen, algumas abelhas na família Apidae possuem "cestas" de pólen em suas patas traseiras. 

Diversidade

A maior parte das espécies de abelhas são solitárias, não fabricam mel nem constroem colmeias; todas têm, no entanto, um papel muito importante na polinização. 

Ao longo de milhares de anos de evolução, em que se espalharam por todo o mundo, adaptaram-se a diversos habitats e criaram uma espantosa diversidade.

 Algumas espécies desprezam o néctar, outras (exemploː Rediviva emdeorum) especializaram-se em óleos florais. 

Algumas abelhas, como a Andrena Fulva ou a Andrena Cinerária, constroem ninhos no subsolo. As abelhas carpinteiras - como a Xylocopa violacea ou a Xylocopa caerulea -constroem ninhos na madeira morta ou em caules ocos. As abelhas "pedreiras" - como a Osmia bicornis ou a Osmia lignaria - fazem paredes de barro para formar compartimentos em seus ninhos.

A Lestrimelitta limao (iratim), encontrada no Brasil e Panamá, possui o hábito de saquear o alimento (néctar e pólen) de outras colônias de abelhas. Produz mel tóxico para os humanos. 

As abelhas "abutres" são um pequeno grupo de três espécies de abelhas sem ferrão americanas do gênero Trigona que se alimentam de carne putrefacta em vez de pólen ou néctar. 

Do ponto de vista humano e para a exploração do mel e produtos derivados das abelhas, no momento existem cerca de apenas meia dúzia de espécies apresentam interesseː a Tetragonula carbonaria australiana, sem ferrão, a Tetragonisca angustula sem ferrão, a indonésia Megachile pluto, e principalmente as do género Apis - Apis cerana japonica, Apis dorsata labriosa dos Himalaias, a dominante Apis mellifera, e a mais feroz de todas, a africanizada Apis mellifera scutella. 

Porém, há amplos trabalhos a respeito das abelhas do gênero Meliponini e estudos apontam que há por volta de 400 a 500 espécies de abelhas deste gênero nas Américas com 20 delas até agora conhecidas com potencial para exploração de mel, pólen, própolis e outros produtos, com aumento cada vez maior dos meliponicultores no mundo, principalmente nas Américas, em especial no Brasil. 


Própolis é uma substância resinosa obtida pelas abelhas através da colheita de resinas da flora (pasto apícola) da região, e alteradas pela ação das enzimas contidas em sua saliva. A cor, sabor e o aroma da própolis variam de acordo com sua origem botânica.

A palavra "própolis" é, na língua portuguesa um substantivo de dois géneros e vem do grego: ["pro"=em favor de] + ["polis"=cidade], isto é, para o bem, em defesa da cidade, no caso, a colmeia.

Os gregos chamavam própolis às portas de uma cidade, voz tomada pelo prefixo ‘pro-’ e por ‘polis’ (cidade). Tempos depois, Plínio empregou esta palavra em latim para dar nome à cera – extraída da polpa das árvores – com a qual as abelhas recobrem a entrada de suas colmeias a fim de protegê-las contra fungos e bactérias.

As propriedades antibióticas e fungicidas desta substância, que em nossa língua se chama própole, eram conhecidas desde a mais remota antiguidade pelos sacerdotes egípcios e pelos médicos gregos e romanos, assim como por algumas culturas sul americanas.

A palavra "própolis", ou própole, está vinculada através de ‘polis’ com muitas outras palavras da nossa língua, tais como "político" (originalmente, "relativo à cidade") e metrópole (originalmente, "cidade principal").‘Polis’ provém do sânscrito ‘pur’ (cidade fortificada), que se encontra no nome de Singapura (cidade dos leões).

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.


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