domingo, 8 de dezembro de 2024

A última carta

A última carta

Enfim, chegou o momento, mantive o tempo que pude, sozinho, é natural que tudo seja mais difícil.

Encarando a realidade, não sou mais um jovem no seu auge, tenho muitas limitações.

Limitações essas que me fazem ter que realizar escolhas difíceis.

Foram 6 meses intensos de muita atividade, inúmeras postagens abordando diversos assuntos sobre meus livros e sobre o futuro da humanidade.

Apesar de tudo a internet cria um certo ambiente social, você realmente se sente na sociedade, toda minha interação social se baseou nesse ambiente online.

Tempos difíceis exigem que pessoas se adaptem, abdicando de diversos interesses.    

Ressocialização é como aprender a falar novamente, passo a semana inteira dizendo poucas palavras.

Os finais de semana me esgotam facilmente, onde existem mais pessoas que exigem que eu fale.

Mas sempre fui assim sozinho e calado, antes achava que era amado.

Nunca pensei que alguém pudesse me odiar, sempre considerei o fato de gostar ou não gostar de mim, mas odiar era algo grande.

Conheço muito bem o ódio, o que eu faria ou poderia fazer apenas usando esse combustível, mas são apenas especulações não sei como, me sentiria ao cometer uma falha com o ódio, provavelmente vergonha.

Na vida, acontecem situações que fogem da vontade, logo espero que compreendam caso os livros prometidos demorem anos para serem terminados.

Abandonar minha divindade e ser um humano comum, é realizar escolhas que muitos não fariam.

Se eu fosse Abraão sacrificaria o Isaque.

Perder aquilo que ama e carrega felicidade, é encontrar uma variável de igual valor nas quatro nobres verdades.

Ao igualar a felicidade ao sofrimento encontrará o equilíbrio certo, não é uma punição apenas uma lembrança de algo bom, algo que vale a pena lembrar.


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