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domingo, 30 de junho de 2024

Reconstrução de Membros

 

A ortopedia de reconstrução e alongamento ósseo é uma técnica utilizada para corrigir desigualdades nos comprimentos de membros inferiores ou superiores, bem como deformidades. Ela também trata traumatismos ósseos, encurtamentos, esmagamentos e até necrose causada por traumas ou deformidades significativas1. O ortopedista especializado nessa área é formado em medicina, realiza residência em ortopedia e se especializa em reconstrução e alongamento ósseo. Além disso, ele deve ser reconhecido pela Associação Brasileira de Reconstrução e Alongamento Ósseo (ASAMI Brasil). Esse profissional pode ser consultado em casos de diferenças de comprimento dos membros, deformidades congênitas, fraturas que não consolidam e infecções ósseas. Os exames de imagem frequentemente solicitados incluem raios X, tomografia computadorizada, ultrassonografia, cintilografia óssea e ressonância magnética. O tratamento varia conforme o caso, podendo envolver cirurgias minimamente invasivas, como o alongamento ósseo com haste intramedular expansível1. Vale lembrar que também existem técnicas como a regeneração tecidual guiada, terapia celular e engenharia de tecidos que possibilitam a regeneração de membros do corpo humano2. 🙌

A cirurgia de alongamento ósseo é um procedimento complexo que visa aumentar o comprimento de um osso. Aqui estão os principais passos envolvidos:

  1. Preparação: O paciente é avaliado para determinar a viabilidade do procedimento. Isso inclui exames de imagem, análise da saúde geral e discussão dos objetivos.

  2. Fixação externa: Durante a cirurgia, o ortopedista fixa um dispositivo externo (geralmente um fixador de Ilizarov ou fixador de Taylor Spatial Frame) no osso. Esse dispositivo permite o controle preciso do alongamento.

  3. Osteotomia: O osso é cortado cirurgicamente (osteotomia) em um local específico. Isso cria uma área de regeneração (chamada de calo ósseo) entre as partes cortadas.

  4. Alongamento gradual: O paciente ou um assistente ajusta o dispositivo externo diariamente para aplicar uma força de tração controlada no osso. Isso estimula o crescimento do calo ósseo.

  5. Consolidação: Após atingir o comprimento desejado, o osso é mantido nessa posição até que ocorra a consolidação óssea. Isso pode levar várias semanas ou meses.

  6. Reabilitação: Após a remoção do fixador externo, o paciente inicia a reabilitação para fortalecer os músculos e recuperar a função.

  7. Acompanhamento: O paciente é acompanhado regularmente para garantir a consolidação completa e evitar complicações.

Lembre-se de que cada caso é único, e o ortopedista adaptará o procedimento às necessidades individuais do paciente. 😊👍 : Paley, D. (2001). Problems, obstacles, and complications of limb lengthening by the Ilizarov technique. Clinical Orthopaedics and Related Research, 383, 44-55. : Giannoudis, P. V., & Einhorn, T. A. (2009). Bone morphogenetic proteins in musculoskeletal medicine. Injury, 40(Suppl 3), S1-S3.

A reconstrução de membros oferece benefícios significativos, mas também envolve riscos. Vamos explorar ambos:

Benefícios:

  1. Melhoria da função: A reconstrução pode restaurar a função normal do membro, permitindo que o paciente realize atividades diárias e esportivas.
  2. Estética: Correção de deformidades, melhorando a aparência e autoestima.
  3. Alívio da dor: Em casos de trauma ou deformidades, a cirurgia pode aliviar a dor crônica.
  4. Qualidade de vida: A capacidade de usar o membro afetado melhora a qualidade de vida geral.

Riscos:

  1. Infecção: Qualquer cirurgia apresenta risco de infecção, que pode ser grave.
  2. Complicações anestésicas: Reações à anestesia podem ocorrer.
  3. Não consolidação óssea: O osso pode não consolidar adequadamente, exigindo mais intervenções.
  4. Complicações vasculares: Danos aos vasos sanguíneos podem ocorrer.
  5. Complicações neurológicas: Danos aos nervos podem afetar a sensibilidade ou função.
  6. Cicatrizes: A cirurgia deixa cicatrizes permanentes.
  7. Diferenças de comprimento: Mesmo após a reconstrução, pode haver desigualdade no comprimento dos membros.

É essencial discutir esses riscos e benefícios com o ortopedista para tomar uma decisão informada. 😊👍

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