terça-feira, 2 de julho de 2024

Fios de nanotubos de carbono ✅

 


Os nanotubos de carbono ou NTC (em inglês: Carbon nanotubes ou CNTs) são alótropos do carbono com uma nanoestrutura cilíndrica. Os nanotubos foram construídos com diâmetro de comprimento na proporção de 132.000.000:1, significativamente maior do que para qualquer material. 

Estes cilíndros de moléculas de carbono possuem propriedades incomuns e que são de altíssimo valor no campo da nanotecnologia, eletrônica, óptica e outros campos tecnológicos da ciência dos materiais . 

Particularmente, devido as suas extraordinárias propriedades de condução térmica, mecânica e elétrica, os nanotubos de carbono podem ter aplicações que possibilitem inúmeras melhorias nas estruturas dos materiais.

Nanotubo de carbono – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

Os nanotubos de carbono são cilindros formados por átomos de carbono que possuem extraordinárias propriedades mecânicas, elétricas e térmicas. Imagine uma folha de papel enrolada, mas feita de átomos de carbono e com a espessura de apenas um átomo. Eles são 100 mil vezes mais finos que um fio de cabelo e invisíveis até para microscópios ópticos1. Essa classe de materiais foi descoberta em 1991 por Sumio Iijima e tem sido alvo de estudos científicos desde então.

Existem dois tipos principais de nanotubos de carbono:

  1. Nanotubos de parede única: São formados por um único cilindro de carbono. Dependendo do ângulo de enrolamento e do raio do nanotubo, eles podem ser condutores ou semicondutores. Por exemplo, se forem condutores, podem transmitir eletricidade de forma muito mais eficiente que fios de cobre. Já os semicondutores são usados em circuitos eletrônicos refinados, como nanoprocessadores.

  2. Nanotubos de paredes múltiplas: São formados por vários cilindros concêntricos. Eles também têm propriedades interessantes e podem ser adicionados a polímeros sintéticos para criar nanocompósitos mais resistentes ou condutores de eletricidade.

Além disso, os nanotubos de carbono são incrivelmente resistentes à ruptura sob tração, sendo 100 vezes mais fortes que o aço e possuindo apenas 1/6 de sua densidade. Isso os torna promissores para aplicações na construção civil e até mesmo na fabricação de fuselagens de aviões, carros, foguetes e ônibus espaciais da NASA1. Recentemente, cientistas conseguiram “tecer” nanotubos em uma malha condutora, criando um cabo com tamanho suficiente para ser ligado a um circuito elétrico2. Essa tecnologia pode revolucionar a transmissão de eletricidade e outras aplicações futuras. Fascinante, não é mesmo? 😊

Os nanotubos de carbono podem ser produzidos de várias maneiras, mas três métodos comuns são:

  1. Deposição de vapor químico: Nesse processo, os átomos de carbono são depositados em um substrato a partir de um gás precursor. Isso cria nanotubos de parede única ou múltipla.

  2. Descarga de arco: Aqui, uma mistura de carbono e metais de transição é submetida a uma descarga elétrica. Isso resulta em nanotubos de parede única.

  3. Ablação a laser: Um laser é usado para vaporizar um alvo de carbono, formando nanotubos.

Esses métodos permitem criar nanotubos com propriedades extraordinárias, como alta resistência mecânica e condutividade elétrica. Fascinante, não é mesmo? 😊12

A produção em larga escala de nanotubos de carbono enfrenta alguns desafios técnicos e econômicos. Vou destacar alguns deles:

  1. Custo: A produção de nanotubos é cara, principalmente quando se busca alta pureza e uniformidade. Os métodos tradicionais, como a deposição de vapor químico, podem ser dispendiosos.

  2. Eficiência: A eficiência na conversão de carbono em nanotubos ainda não é ideal. Muitos átomos de carbono acabam formando outras estruturas, como grafite, em vez de nanotubos.

  3. Controle de tamanho e estrutura: Garantir que os nanotubos tenham o tamanho e a estrutura desejados é um desafio. A obtenção de nanotubos de parede única e com diâmetros específicos requer controle preciso das condições de síntese.

  4. Escalabilidade: Os métodos de produção precisam ser escaláveis para atender à demanda industrial. Alguns processos ainda não são viáveis em grande escala.

  5. Purificação: Após a síntese, os nanotubos geralmente estão misturados com impurezas, como catalisadores metálicos. A purificação é um passo crítico e complexo.

  6. Aplicações específicas: A otimização da produção para aplicações específicas, como eletrônica, materiais compósitos ou medicina, requer adaptações nos métodos de síntese.

Apesar desses desafios, os avanços na pesquisa e o interesse crescente em nanotubos de carbono continuam a impulsionar o desenvolvimento de técnicas mais eficientes e econômicas. 😊

Os nanotubos de carbono têm aplicações fascinantes, e uma delas é na indústria têxtil. Imagine tecidos de alta resistência que podem ser produzidos com a adição desses nanotubos. Eles substituem outras fibras, tornando os tecidos mais duráveis e robustos12. Além disso, pesquisadores da Universidade Rice, nos EUA, desenvolveram um tecido de algodão flexível que transforma o calor do sol em energia elétrica. As fibras combinadas com nanotubos de carbono geram eletricidade suficiente para abastecer uma lâmpada de LED convencional. Esse tecido inteligente dispensa o uso de bateria e pode revolucionar os dispositivos vestíveis3. Incrível, não é mesmo? 😊

Febre ✅

 


Febre ou pirexia é o aumento da temperatura do corpo acima do limite normal em resposta a uma doença ou perturbação orgânica.

Não existe um valor universal para o que se considera o limite máximo da temperatura normal. Os valores indicados na literatura médica variam entre 37,5 ºC e 38,3 ºC.

O aumento de temperatura é causado por uma subida no ponto de regulação térmica. Este valor é controlado pelo centro termorregulador do corpo no hipotálamo.

Isto faz com que o corpo produza mais calor e se esforce por conservar esse calor, provocando contrações musculares e sensação de frio.

Quando o ponto de regulação térmica volta ao normal, a pessoa sente-se quente, a pele fica avermelhada e começa a suar.

Em casos raros, uma febre pode estar na origem de convulsões febris, as quais são mais comuns entre as crianças mais novas.

Geralmente as febres não aumentam a temperatura do corpo para além dos 41 ou 42 ºC.

A febre é um dos sinais clínicos mais comuns no ser humano e se caracteriza por uma elevação acima da média da temperatura corporal. Geralmente associada à infecção, a febre também pode ocorrer em diversas outras situações, como em caso de tumores, doenças autoimunes, reação a medicamentos, entre outros1. O corpo humano apresenta uma temperatura normal entre 36°C e 37,5°C, com variações ao longo do dia. Consideramos febre uma temperatura maior que 37,5°C na axila ou 38°C no ânus. Vale lembrar que a febre é um sinal de alerta de que algo não está bem em nosso corpo2. Se tiver mais alguma dúvida, estou à disposição! 😊

A febre ocorre como uma resposta do nosso sistema imunológico a diferentes estímulos, como infecções, inflamações ou outras condições. Quando o corpo detecta a presença de microrganismos invasores (como bactérias ou vírus), ele libera substâncias chamadas pirógenos. Esses pirógenos atuam no hipotálamo, uma região do cérebro responsável pelo controle da temperatura corporal. O hipotálamo “aumenta” o termostato do corpo, elevando a temperatura para criar um ambiente menos favorável aos microrganismos. Assim, a febre ajuda a combater a infecção e estimula a resposta imunológica. É importante lembrar que a febre em si não é uma doença, mas um sinal de que algo está acontecendo no organismo. 😊

Para aliviar a febre, você pode seguir algumas medidas simples:

  1. Hidratação: Beba bastante água para evitar a desidratação, que pode ocorrer durante a febre.

  2. Descanso: Descanse o máximo possível para permitir que o corpo se recupere.

  3. Medicamentos antitérmicos: Paracetamol ou ibuprofeno podem ajudar a reduzir a febre. Siga as instruções do rótulo ou consulte um médico.

  4. Compressas frias: Use compressas frias na testa ou tome um banho morno para ajudar a baixar a temperatura corporal.

  5. Roupas leves: Vista roupas leves e respire ar fresco para evitar o superaquecimento.

Lembre-se de que a febre é um sinal de que algo não está bem em seu corpo. Se a febre persistir ou se houver outros sintomas preocupantes, consulte um profissional de saúde. 😊🌡️

A febre pode ser um dos primeiros sintomas de desidratação, especialmente quando associada a situações como insolação ou queimaduras. A falta de líquidos e sais minerais pode acionar o alerta no hipotálamo, levando o corpo a reagir com o aumento de temperatura1. Se você está com febre e suspeita de desidratação, é importante tomar medidas para se hidratar adequadamente. Beber água e consumir alimentos ricos em líquidos e eletrólitos pode ajudar a reverter a desidratação. Caso os sintomas persistam ou se agravem, é recomendado procurar ajuda médica. 😊🌡️





Estado de oxidação ✅

 


O estado de oxidação, também chamado de número de oxidação (nox), é uma abordagem para atribuir o valor da carga que um átomo em uma substância possui. O estado de oxidação contribui para a compreensão do grau de oxidação de um átomo a partir da consideração de que todas as ligações químicas existentes sejam iônicas, muito embora isso não seja necessariamente verdadeiro.

O termo oxidação foi usado pela primeira vez por Antoine Lavoisier para significar a reação de uma substância com o oxigênio.

Estado de oxidação – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

O estado de oxidação, também conhecido como número de oxidação (nox), é uma abordagem para atribuir um valor à carga que um átomo possui em uma substância1. Em outras palavras, representa o grau de oxidação do átomo como parte de um composto. Esse valor pode ser positivo, negativo ou zero, dependendo das ligações químicas e da distribuição de elétrons. Quando todas as ligações são 100% iônicas (sem componente covalente), o estado de oxidação é hipotético e reflete a carga que o átomo teria. Por exemplo, na formação do ácido clorídrico (HCl), o hidrogênio (H) tem um estado de oxidação de +1, enquanto o cloro (Cl) tem um estado de oxidação de -12. Essa abordagem é fundamental para entender reações químicas e a transferência de elétrons entre espécies químicas. Se você tiver mais perguntas, estou à disposição! 😊

O estado de oxidação (também conhecido como número de oxidação ou Nox) é uma medida da carga que um átomo possui em uma substância. Ele reflete a tendência desse átomo de atrair ou perder elétrons durante uma reação química. Vou explicar algumas regras para determinar o Nox em diferentes situações:

  1. Íons simples (monoatômicos):

    • O Nox é igual à carga do íon. Exemplos:
      • O²⁻: Nox = -2
      • Cl⁻: Nox = -1
      • Na⁺: Nox = +1
      • Fe²⁺: Nox = +2
      • Al³⁺: Nox = +3
  2. Elementos isolados (substâncias simples):

    • O Nox é zero. Exemplos: O₂, N₂, H₂, He, etc.
  3. Elementos com Nox fixo:

    • Alguns elementos têm Nox fixo em seus compostos. Exemplos:
      • Metais alcalinos (Grupo 1): Nox = +1
      • Metais alcalino-terrosos (Grupo 2): Nox = +2
      • Zinco: Nox = +2
      • Prata: Nox = +1
      • Alumínio: Nox = +3
  4. Hidrogênio e oxigênio:

    • Geralmente, o Nox do hidrogênio é +1, e o do oxigênio é -2.
  5. Compostos binários com halogênios:

    • Os halogênios (Grupo 17) têm Nox -1.
    • Exceção: Quando ligados ao oxigênio, o Nox do oxigênio prevalece.
  6. Soma dos Nox:

    • A soma dos Nox em um composto neutro é sempre zero.
    • Em um íon poliatômico, a soma dos Nox é igual à carga do íon.

Agora, vamos aplicar essas regras a alguns exemplos:

  • H₃PO₄: Nox do P = +5
  • Al₂(SO₄)₃: Nox do Al = +3
  • Cr₂O₇²⁻: Nox do Cr = +6

Se precisar de mais esclarecimentos, estou à disposição! 😊

Para balancear uma equação química de oxirredução, siga estas etapas:

  1. Determinação dos Nox (números de oxidação):

    • Calcule o Nox de todos os elementos nas substâncias reagentes e produtos.
    • Lembre-se de que o Nox de substâncias simples é zero, e o de íons é igual à sua carga.
  2. Identificação dos agentes redutor e oxidante:

    • O agente redutor é aquele que sofre oxidação (aumento do Nox).
    • O agente oxidante é aquele que sofre redução (diminuição do Nox).
  3. Variação do Nox (ΔNox):

    • Calcule a variação do Nox para determinar o número de elétrons transferidos.
    • ΔNox = Nox final - Nox inicial.
  4. Inversão dos valores de ΔNox pelos coeficientes das substâncias:

    • O coeficiente da substância que contém o agente redutor é igual ao ΔNox do agente oxidante.
    • O coeficiente da substância que contém o agente oxidante é igual ao ΔNox do agente redutor.

Por exemplo, considere a reação entre cobre metálico (Cu) e nitrato de hidrogênio (HNO₃):


  1. Determine os Nox:

    • Cu: +2 (sofre oxidação)
    • N: +2 (sofre redução)
  2. Variação do Nox:

    • ΔNox do Cu = 2 - 0 = 2
    • ΔNox do N = 5 - 2 = 3
  3. Inversão dos valores:

    • Coeficiente de HNO₃: 2 (para o Cu)
    • Coeficiente de Cu(NO₃)₂: 3 (para o N)

Espero que isso ajude! Se tiver mais perguntas, estou à disposição. 😊


Epitélio ✅

 



Epitélio

Epitélio ou tecido epitelial (do grego epí, «sobre» + thelé, «mamilo») é um dos quatro tipos de tecidos básicos do organismo humano - os outros são o tecido conjuntivo, o muscular e nervoso.

Possui duas funções principais.

A primeira é o revestimento da superfície externa e de diversas cavidades internas do organismo e a segunda é a secreção e excreção de substâncias.

O tecido epitelial apresenta mínimas quantidades de Matriz Extracelular, de modo que as células epiteliais ficam justapostas entre si.

As células epiteliais podem, em alguns casos, formar estruturas especializadas chamadas glândulas.

 Sua origem provem dos folhetos germinativos embrionários da ectoderme, mesoderme e endoderme.

Camadas epiteliais são avasculares (ou seja, sem irrigação por pequenos vasos sanguíneos), por isso recebem alimentação via difusão de substâncias a partir dos tecidos conjuntivos subjacentes, através da membrana basal.

Tecidos sem essa membrana são chamados de epitelioides.

O tecido epitelial que se encontra na pele é chamado de epiderme.

Além de proteger o corpo contra os organismos invasores, a epiderme defende na ação de certos produtos químicos, e também do atrito e do sol.

Estrutura

As células são mantidas unidas através de junções.

As principais junções são os desmossomos, zônulas de aderência, zônulas de oclusão, junções comunicantes ou gap e os hemidesmossomos, que ligam as células epiteliais à lâmina basal e entre si.

Via de regra, as junções empregam proteínas integrais de membrana, associadas ou não a elementos do citoesqueleto.

As células do tecido epitelial da pele são muito unidas, sendo este epitélio estratificado.

Já o tecido epitelial que reveste os órgãos onde há trocas de substâncias, é simples.

Essa diferença acontece, pois, a função da pele é evitar que corpos estranhos entrem no nosso organismo, agindo como uma espécie de barreira.

Protege também contra o atrito, efeitos solares e produtos químicos. Já no revestimento dos órgãos, o tecido não pode ser tão grosso, pois nele há trocas de substâncias.

O tecido epitelial apresenta vários tipos de funções, como, proteção e revestimento (pele, por exemplo), secreção, no tecido epitelial do tipo glandular (como é o caso do estômago), "secreção e absorção" (que é o caso do intestino), impermeabilização (bexiga urinária), etc.

O tecido epitelial reveste o corpo humano e suas cavidades.

Compõe-se quase exclusivamente de células poliédricas, justapostas, ou seja, muito unidas, com pouca ou até nenhuma substância intercelular entre elas, aderidas firmemente umas às outras por meio de junções intercelulares (estruturas associadas à membrana plasmática das células que contribuem para a coesão e comunicação entre as mesmas) ou por meio de proteínas integrais da membrana (caderinas, que perdem a sua adesividade na ausência de cálcio).

Classificações por organização

Os epitélios são classificados de acordo com três fatores:

Quanto a Forma da célula (porção apical)

Escamoso ou pavimentoso: quando as células são chatas como escamas, sendo assim pavimentoso estratificado para-queratinizado.

Cúbico: quando as células têm forma de cubo.

Cilíndrico, colunar ou prismáticoː quando as células são alongadas em forma de colunas.

De transição: quando uma célula muda sua forma, variando de pavimentoso a colunar.

Observação importante: as células dos epitélios glandulares são altamente especializadas na secreção de certas substâncias, por isso possuem abundante retículo endoplasmático, complexo de Golgi e mitocôndrias.

Quanto ao número de camadas (Estratificação)

Simples: somente uma única camada de células em contato com a lâmina.

Podem ser classificadas em pavimentosas, cúbicas e prismáticas ou colunar.

Um exemplo é o revestimento de vasos sanguíneos.

Estratificado: várias camadas de células, mas somente a mais profunda entra em contato com a lâmina basal.

Pode ser classificado em pavimentoso queratinizado (seco), pavimentoso não-queratinizado (úmido), transição e prismático ou colunar, tendo como exemplo a própria pele.

Pseudoestratificado: possui apenas uma camada celular, com núcleos em diferentes alturas, dando a impressão de várias camadas em contato com a lâmina, mas suas células têm tamanhos diferentes e suas posições estão, em geral, invertidas alternadamente. Nem todas as células alcançam a superfície, mas todas se apoiam na lâmina basal.

Quanto a presença de Especializações de superfícies

Microvilos: são projeções microscópicas da membrana plasmática, em forma de dedo de luva, o que aumenta a sua área superficial. Exemploː parede do intestino delgado.

Cílios: prolongamento celulares móveis que batem em ritmo ondular e sincrônico que tende a propelir partículas superficiais.

Podem ser divididos em cílios móveis múltiplos, que coordenam a movimentação de fluidos e substâncias sobre o epitélio, e o ciliar imóvel único, importante para vias de sinalização (ex. via Hedhegog) necessárias para a diferenciação embrionária dos epitélios.

Exemplo; revestimento da traqueia, brônquios, tuba uterina e célula pilosa do órgão espiral.

Estereocílios: prolongamentos extremamente longos e imóveis que podem ser vistos em microscopia óptica - encontram-se em pequenos números no organismo humano, podendo ser encontrados no canal deferente, epidídimo e células pilosas do ouvido.

Classificações por função

Células Neuroepiteliais

Consiste num conjunto de células especializadas na captação de estímulos (cheiro, gosto), provenientes do ambiente.

Os neuroepitélios são constituídos por células epiteliais com função sensorial encontradas nos órgãos da audição, da olfação e da gustação, geralmente ao lado do epitélio de revestimento.

Células Mioepiteliais ou Microepitelios

Consiste num conjunto de células ramificadas que contêm miosina e um grande número de filamentos de actina.

Elas são capazes de contração, agindo, por exemplo, nas porções secretoras das glândulas mamárias, sudoríparas e salivares.

São formadas por um conjunto de células especializadas cuja função é a produção e liberação de secreção.

As células secretoras de uma glândula são conhecidas como parênquima, enquanto que o tecido conjuntivo no interior da glândula que sustenta as células secretoras, é denominado de estroma.

O estroma sustenta também vasos sanguíneos, vasos linfáticos e nervos.

As moléculas a serem secretadas geralmente são armazenadas nas células em pequenas vesículas envolvidas por uma membrana, chamadas grânulos de secreção.

As células epiteliais glandulares podem sintetizar, armazenar e secretar proteínas (por exemplo o pâncreas), lipídios (por exemplo, as glândulas sebáceas) ou complexos de carboidratos e proteínas (por exemplo, as glândulas salivares).

As glândulas mamárias secretam todos os três tipos de substâncias.

Células Epiteliais Glandulares

As células epiteliais glandulares são especializadas em sintetizar, armazenar e secretar substâncias.

Estas podem ser proteínas (no caso do pâncreas), lipídios (nas glândulas sebáceas e adrenais) ou complexos de carboidratos e proteínas (por exemplo, nas glândulas salivares).

Já o leite, produto de secreção das glândulas mamárias, contém esses três tipos de substâncias.

De um modo geral, o composto a ser secretado é temporariamente acumulado no citoplasma da célula glandular e fica armazenado em estruturas membranosas chamadas de vesículas ou grânulos de secreção.

O termo glândula normalmente é usado para designar agregados maiores e mais complexos de células epiteliais glandulares.

São as glândulas pluricelulares, como o pâncreas e as adrenais.

Mas se essas células aparecem isoladas, cada uma delas é chamada de glândula unicelular, a exemplo das células caliciformes da traqueia e brônquios.

O produto de secreção pode deixar a célula de diferentes maneiras.

Se sai apenas a substância a ser secretada, a glândula é chamada de merócrina (do grego, merós [parte, parcial]; crina [secreção]).

Diferente da holócrina (do grego, holos [total]), na qual todo o conteúdo da célula é expelido e Apócrina onde o produto da secreção é descarregado junto com as porções do citoplasma.

Classificações das células glandulares

Classificação quanto ao número de células

As glândulas são sempre formadas a partir de epitélios de revestimento cujas células proliferam e invadem o tecido conjuntivo subjacente, após o que sofrem diferenciação adicional.

Elas podem ser classificadas quanto a organização:

Unicelulares: Células glandulares isoladas;

Multicelulares: Compostas de agrupamentos de células.

 

Classificação quanto ao local de secreção

As glândulas exócrinas mantêm sua conexão com o epitélio do qual se originaram.

Esta conexão toma a forma de ductos tubulares formados por células epiteliais e através destes ductos as secreções são eliminadas, alcançando a superfície do corpo ou uma cavidade.

Este tipo de glândula tem uma porção secretora constituída pelas células responsáveis pelo processo secretório e ductos que transportam a secreção eliminada das células.

Quanto aos ductos, são:

Simples: Têm somente um ducto secretor não-ramificado.

As glândulas simples podem ser, de acordo com a forma de sua porção secretora tubulares apresentando um ducto em forma de tubo (glândulas do intestino), tubulares contorcidas (glândula sudorípara), tubulares ramificadas (glândulas do estômago) ou acinosas apresentando formato de sino (glândula sebácea);

Composta: Têm ductos secretores ramificados, que nas grandes glândulas atingem altos níveis de complexidade. Podem ser tubulares (forma de tubo), acinosas (forma de sino) ou túbulo-acinosas (forma de tubo e sino). Exemplo de glândula composta é a glândula salivar, Submandibular.

Nas glândulas endócrinas a conexão com o epitélio foi obliterada durante o desenvolvimento.

Estas glândulas, portanto, não têm ductos e suas secreções são lançadas no sangue e transportadas para o seu local de ação pela circulação.

Existem 2 tipos de glândulas endócrinas: No 1° tipo, Cordonal, as células formam cordões anastomosados, entremeados por capilares sanguíneos (por exemplo, a paratireoide e lobo anterior da hipófise).

No 2°, Folicular, tipo, as células formam vesículas ou folículos preenchidos de material secretado (por exemplo, a glândula tireoide)

Classificação quanto ao tipo de secreção

Holócrinas (Do grego, holos (total); crina [secreção]): Glândulas cujas células são eliminadas juntamente com os produtos de secreção.

As células eliminadas são substituídas a partir de células-fonte existentes na glândula.

Ex. Glândula sebácea.

Apócrinas (Do grego, após [extremidade]): Glândulas cujas parte (pedaço) das células são eliminadas, juntamente com os produtos de secreção, parte do citoplasma apical (extremidade superior) no qual a secreção fica acumulada.

Ex. Glândulas mamárias.

Merócrinas (Do grego, merós [parte, parcial]): Glândulas cujas células eliminam somente o produto de secreção, permanecendo o restante da célula intacto.

Ex. A maioria das glândulas exócrinas, como as sudoríparas, os ácidos pancreáticos e as salivares.

Tecido epitelial de revestimento

O tecido epitelial de revestimento possui peculiaridades que estão diretamente ligadas às suas funções.

As células estão intimamente ligadas por meio dos complexos unitivos ou juncionais, há escassez de material intercelular (matriz extracelular) e há o que chamamos de polaridade celular (polo apical - aquele voltado para a luz do órgão e polo basal - aquele em contato com a membrana basal).

Como função do epitélio de revestimento podemos citar o órgão de impacto imediato do organismo, a pele, a qual possui o epitélio do tipo pavimentoso estratificado queratinizado, que impede a ação microbiológica patogênica conferindo proteção, evita o ressecamento do organismo e ameniza a ação de choques mecânicos.

Está presente nos órgãos e é ele que recobre toda e qualquer cavidade (exemplo a cavidade gastrointestinal e respiratória).

O epitélio de revestimento pode ser classificado de acordo com o número de camadas: epitélio simples e epitélio estratificado e uma subclassificação o epitélio pseudo-estratificado.

E quanto à sua forma: pavimentoso, cúbico e prismático, colunar ou cilíndrico.

Epitélios simples possuem apenas uma camada de células.

Epitélios estratificados contêm mais de uma camada de células.

Epitélios pseudo-estratificados são assim chamados pois, embora sejam formados por apenas uma camada de células, os núcleos parecem estar em várias camadas.

Todas as células estão apoiadas na lâmina basal, mas nem todas alcançam a superfície do epitélio, fazendo com que a posição dos núcleos seja variável.

O endotélio, que reveste os vasos sanguíneos e linfáticos, e o mesotélio, que reveste cavidades do corpo, como a cavidade pleural e peritoneal, e também recobre as vísceras, são exemplos de epitélios pavimentosos simples.

Um exemplo de epitélio cúbico é o epitélio que reveste externamente o ovário, e um exemplo de epitélio prismático é o revestimento do intestino delgado.

Um exemplo de epitélio pseudoestratificado prismático ciliado é o que reveste as passagens respiratórias.

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.