terça-feira, 14 de maio de 2024

Situação agora

 


Situação agora

07/03/2024

Acredito que expor meu cotidiano ajude você a ser uma pessoa melhor. Ou no mínimo mude minha condição.

Vivo na miséria, estou desempregado a mais de 6 anos, não possuo renda, não vendi nenhum livro, não recebi nenhuma doação, nenhum prêmio por ser altruísta.

Gostaria de comer ou comprar alimentos sem me preocupar se o pouco que tenho vai dá pra levar até o final de semana.

Gostaria de ter um celular moderno, com wi-fi e possibilidade de baixar aplicativos. Como já escrevi antes, meu antigo telefone não suportou ao excesso de uso.

Gostaria de poder comprar materiais didáticos, para conseguir dar continuidade nos estudos. Aprendi a usar cadernos, canetas e estudar sem isso é praticamente não estar estudando.

Gostaria de um emprego, não é por falta de empenho ou disposição, talvez eu esteja velho demais para trabalhar, ou as pessoas se sentem intimidadas com meu blog.

Gostaria de poder investir dinheiro em pequenos projetos, como montar minha moto, quase nova, não emplacada e jogada a ferrugem.

Gostaria de vender meu frigobar, minha única fonte de renda, infelizmente aqui não tem uma geladeira que funcione, logo sou obrigado a usa-la.

Gostaria de ter acesso a internet, tenho que ir bem longe para usar, e para ir e voltar na ilha do governador utilizo quatro conduções, se incluir o transporte gratuito de lá são seis conduções.

Gostaria de ter um empréstimo para tocar a marca, acrescentar novos produtos para vender, camisas e outros tipos de utilitários.

Gostaria de pagar a dívida do cartão de credito, emprestar o cartão para a pessoa errada, aquela sem responsabilidade alguma, que somente atrasa e atrapalhada a vida, é não dá para escolher parentes.

Gostaria de cuidar dos dentes, da pele, da lombar, a saúde deveria ser uma prioridade, infelizmente é muito difícil ter atendimento adequado, exceto pelas unidades de pronto atendimento, que eram melhores antigamente.

Gostaria de comprar vestuário novo, minhas roupas estão velhas, não compro algo novo desde a pandemia, que se lembro bem foi o tênis de uso diário.

Gostaria de ter uma família, entretanto sei como é o sentimento de querer algo e não ter, esse sentimento não desejo para outras pessoas.

As pessoas não entendem as maravilhosas dádivas concebidas para minha série de livros. Com o tempo poderei explicar cada palavra usada.

As pessoas não entendem minha própria adoração, o amor próprio, ser tão bom a ponto de compartilhar.

Nesse cotidiano, você pode perceber, o quanto sentimentos influenciam minha vida. Ideias como suicídio, roubo, assassinato entre outras estão presentes e ficam cada vez mais fortes quando examino minha qualidade de vida.

Sorte ou azar ainda tenho que preparar comida, lavar roupa, limpar a casa, alimentar o cachorro, estudar e escrever livros.

Com apenas 100 reais para durar uma semana ou duas, passamos muito tempo escolhendo aonde gastar. Jejum e meditação fazem parte, entretanto o tempo está correndo.

As pessoas acabam morrendo e não há aquele momento especial em que juntos celebraremos.

Para mim é fácil falar sobre minha situação financeira, isso afasta as mulheres, ignora-las e não buscar conversa com elas também ajuda.

Eu sou genial quando existe uma documentação daquilo que quero ensinar, se não houvesse fonte de conhecimento dificilmente daria certo.

Tenho pouca memória posso recorrer a uma palavra para tentar lembrar, mesmo assim não há garantias. Uma palavra pode servir em vários significados diferentes.

A linha de código, o fluxo infinito do somatório de todas as coisas, que faz contemplar Deus e o universo é lindo e vale cada momento.

Pode até ser um tipo de atividade de horas vagas, mas faço da melhor forma, do jeito mais profissional possível.

Minha primeira tentativa simulando profissionalismo foi através do MEI, micro empreendedor individual, como professor particular independente.

Título bacana, somente faltou os alunos para aprenderem, o orgulho impede que a emoção toque as pessoas.

Dependia do chamado auxilio emergencial, assim que anunciado o fim do auxilio não seria possível manter o pagamento para o governo, algo como 50 reais, assim foi fechado.

Eu escrevo, e vejo o país lucrar como um todo, desenvolvendo economia, alianças, poder de importância global, entretanto nenhuma parte desse bolo veio para mim.

Nem presentes, nem agradecimentos formais ou qualquer bem.

Você pode até achar que eu estou reclamando. Eu não estou, sempre utilizei a palavra no sentido de reivindicar, por exemplo, é meu.

Se eu fosse exigir algo seria, com certeza absoluta, dinheiro.  

Leio muito pouco sobre Machado de Assis, em memórias póstumas de Brás Cubas, há um texto que fala de borboletas negras.

Eu li essa parte, fala da morte de um inseto, da contemplação de um ser superior e de cores melhores para sobreviver.

Não vou negar que meus livros tem muitas semelhanças, com este texto, na forma que nomeia os títulos e expressa a sua rotina.

A coincidência é que machado de Assis foi muito falado nos últimos anos, ou pelo menos o termo machado, então fui buscar algo sobre ele na minha biblioteca, encontrei Biblioteca de ouro da literatura universal.

Meu orgulho me diz que machado corta madeira, logo causa ferida em Jupiter. Planeta que reflete muita semelhança comigo, além das cores, a mancha, a representatividade e grandeza.

Sinto que seja um rival para mim, mas é só a primeira impressão.

Me sinto um político prometendo várias coisas, novos livros, novas postagens no blog, novos vídeos, livros em outros idiomas e etc.

Na verdade, não tenho tempo, o hiato do livro Magia é justamente uma pausa para que eu pudesse me dedicar a algo novo.

Pelo menos comprei um bolo para comemorar meu aniversário, havia décadas que eu não comemorava.

É o ano do dragão, o trabalho é extremo, duvido ter a mesma energia do passado, apenas a coragem para seguir em frente.

O que preciso é mudar minha realidade para melhor, ou apenas trocar o café pela cachaça. Se alguém me pergunta-se, como foi seu carnaval esse ano? Diria que fiquei em casa, bebendo muita cachaça.

14/05/2024

Hoje continuo sem dinheiro, as vezes confundo bibliografia com biografia, assim é o caminho da criação de tudo, partindo do conhecimento no passado, interpretado no presente e inserido em um cenário do futuro.

O futuro é a esperança, ainda espero fazer muito mais, como por exemplo o livro Milagres, que na atual situação é um milagre publicar qualquer livro, existe orçamento para tudo, com um pouco de sacríficos a tecnologia avança e a economia também.

#Cotidiano

#Pobreza

#Machado

#Coragem


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