sexta-feira, 14 de janeiro de 2022

Tecido nervoso

 

Tecido nervoso

O tecido nervoso trata-se de um dos tecidos mais especializados do organismo animal e é o principal tecido responsável pela troca rápida de informações dentro do corpo.

Esse tecido é sensível aos vários tipos de estímulos que se originam de fora ou do interior do organismo.

Ao ser estimulado, torna-se capaz de conduzir os impulsos nervosos de maneira rápida e, às vezes, por distâncias relativamente grandes.

Aos estímulos externos o tecido nervoso permite que animais percebam em seu organismo mudanças ambientais como calor, frio e choque e reagem adotando posturas a partir de determinado estímulo.

 O tecido nervoso tem origem na ectoderme e é composto principalmente por neurônio e neuróglia.

O conhecimento do homem com o meio ambiente tornou-se viável devido a um conjunto dessas células especializadas presentes no tecido nervoso que fazem parte de um sistema integrador, o Sistema Nervoso (SN).

Essas células têm a capacidade de excitabilidade e condutividade que favoreceu não só o conhecimento do homem com o meio ambiente, mas também, as respostas do corpo humano às mudanças ambientais.

A transmissão de informação pelos impulsos nervosos se dá em estruturas altamente especializadas: as sinapses.

O Sistema Nervoso é anatomicamente dividido em Sistema nervoso central (SNC), formado pelo encéfalo e pela medula espinhal, localizados na caixa craniana e coluna vertebral, respectivamente.

Sistema nervoso periférico (SNP), formado pelos nervos e gânglios nervosos que emergem do Tronco cerebral.

Neurônios

Os neurônios são células nucleadas responsáveis pelos impulsos nervosos, altamente especializadas, dotadas de corpo celular e numerosos prolongamentos citoplasmáticos, capazes de captar e transmitir estímulos.

O corpo celular do neurônio contém um núcleo grande e arredondado.

As mitocôndrias são numerosas e o ergastoplasma é bem desenvolvido.

As células nervosas possuem grandes variações tanto em formato, quanto em tamanho. Localizam-se principalmente no encéfalo e medula espinhal.

Os poucos neurônios que ficam foram do SNC formam os gânglios nervosos, agrupados em pontos específicos do corpo.

Morfologicamente os neurônios classificam-se em:

Neurônios multipolares: possuem mais de dois prolongamentos celulares, ou seja, presença de um axônio e vários dendritos.

 A maioria dos neurônios se enquadram nesse tipo, e são encontrados no encéfalo e medula espinhal.

Neurônios bipolares: possuem um dendrito e um axônio. Função principal: transmissão de informações que foram captadas por órgãos sensoriais como o olfato, visão e audição, ao SNC.

Neurônios pseudo-unipolares: esse tipo de célula possuem um corpo celular que logo divide-se em dois correspondendo ao dendrito e ao axônio.

Nesse tipo de neurônio os impulsos nervosos originados nos dendritos podem ser transportados para o axônio sem a necessidade de passar pelo corpo celular.

Eles podem classificar-se também baseado a função que exercem:

Aferentes, sensitivos ou sensoriais: Função de receber informações vindas do ambiente ou fora do corpo, e as transmitem para o SNC através de impulsos nervosos.

Eferentes ou motores: essas células transmitem informações do SNC. Conduzem impulsos nervosos do SNC para órgãos efetores (músculos, por exemplo).

Os interneurônios estabelecem conexões entre neurônios e, portanto, são a base para a formação de circuitos neuronais dos mais simples aos mais complexos.

Os neurônios são compostos pelo corpo celular ou pericário, dendritos e axônios.

 

Dendritos

Os dendritos (do grego déndron: árvore) são ramificações que surgem do corpo celular que têm a função de captar estímulos de outros neurônios, células epiteliais sensoriais ou do meio ambiente, transmitindo essas informações para o corpo celular.

A maioria dos neurônios possuem muitos dendritos e isso acaba por aumentar a superfície da célula, que se afilam gradativamente até as extremidades, facilitando a captação e transmissão dos impulsos nervosos.

Os dendritos possuem composição citoplasmática similar ao corpo da célula, mas não possuem Complexo de Golgi.

Corpo Celular

Também chamado de pericário, o corpo celular é a parte do neurônio composto de núcleo esférico, cada núcleo possuindo um nucléolo e citoplasma rico em retículo endoplasmático rugoso (RER).

A quantidade de RER varia ao tipo e a função do neurônio.

O citoplasma é composto também por ribossomos, espalhados no citoplasma, aparelho de Golgi, localizados apenas ao redor do núcleo e mitocôndrias, que se apresentam de forma moderada.

O corpo celular além de ser considerado um centro trófico, ou seja, parte da célula nervosa que se encontra o núcleo e demais organelas, também recebe e transmite estímulos (inibitórios ou excitatórios) de outros neurônios.

Axônio

O axônio (do grego áxon: eixo), é considerado o maior prolongamento da célula nervosa (varia de frações de milímetro até cerca de 1 metro).

Cada neurônio contém um axônio, e se origina de uma região da célula denominada cone de implantação e suas extremidades há ramificações em estruturas muito finas denominadas de telodendro.

O citoplasma é muito pobre em organelas, contendo apenas de poucas mitocôndrias, retículo endoplasmático liso (REL) e microtúbulos.

O axônio tem a função de transmitir informações do corpo celular e dos dendritos para outros neurônios e células musculares.

Proteínas que são produzidas no corpo celular são transportadas através do axônio com velocidade rápida ou lenta dependendo da necessidade, esse fluxo é denominado fluxo anterógrado.

Existe também transporte de fluidos em sentido oposto, ou seja, do axônio para o corpo celular, ele é denominado de fluxo retrógrado.

O fluxo retrógrado pode levar substâncias para serem reutilizadas pelo pericário e transportar material adquirido pela endocitose.

Substância cinzenta e substância branca

É possível fazer uma distinção macroscópica do Sistema Nervoso Central em áreas definidas como substância branca e substância cinzenta.

Isso ocorre devido há separações dos neurônios entre os corpos celulares e seus prolongamentos.

Substância cinzenta: Área formada também por tecido nervoso. Localizada externamente no encéfalo é onde encontram-se os corpos celulares, dendritos, alguns axônios e alguns tipos de glicócitos.

A coloração das organelas celulares é responsável pela coloração rosaacinzentado.

Substância branca: Área interna do encéfalo, de cor esbranquiçada.

Essa coloração é graças a presença de mielina que envolve algumas células nervosas.

Essa camada é rica de axônios mielínicos e amielínicos.

 

Gliócitos

Os gliócitos ou células da glia fazem parte do tecido nervoso com a função de envolver, proteger e nutrir os neurônios.

Recentemente descobriu que essas células também tem a capacidade de estabelecer conexão umas com as outras.

O termo glia em grego significa cola, sendo utilizada em alusão a sustentação e união que realizam nas células do SN.

A primeira célula do tipo glial foi descrita pela primeira vez por Heinrich Müller em 1851.

Müller detectou essas células na retina de algumas espécies animais como os peixes, aves e humanos.

E no decorrer da história diversos estudos e técnicas são utilizadas para se conhecer mais desse diversificado grupo de células.

Existe cerca de dez gliócitos para um neurônio, mas devido ao seu pequeno tamanho as células da glia ocupam metade do volume do tecido.

As células da glia fornecem um microambiente propício para o bom funcionamento das células nervosas.

Pode-se classificar no SNC dois grandes grupos baseadas em características funcionais e morfológicas: as microglias (origem na mesoderme) e macroglia (origem na ectoderme) que se subdividem em oligodendrócitos, células de Schwann, astrócitos e ependimoglia.

Microglia

São células pequenas, com alongamentos irregulares e ramificadas, presentes tanto na substância cinzenta quanto na substância branca do SNC.

O núcleo dessas células são, em forma de bastão ou vírgula.

Entre as organelas citoplasmáticas há uma predominância de lisossomos.

São macrófagos com especialização em fagocitar detritos e restos celulares no tecido nervoso.

Elas também secretam citocinas reguladoras do processo imunitário.

 

Oligodendrócitos

Células pequenas, com poucos prolongamentos celulares e estão presentes na substância branca e cinzenta do SNC.

Entre as organelas citoplasmáticas estão presentes o retículo endoplasmático rugoso, ribossomos, mitocôndrias e complexo de Golgi.

Os prolongamentos celulares dessas células enrolam-se nos neurônios do SNC e envolvem-as com um estrato mielínico (ou bainha de mielina) que tem a função de proteger o neurônio e servir de isolante elétrico.

Células de Schwann

São células da glia encontradas no sistema nervoso periférico e tem a função similar aos oligodendrócitos.

As células de Schwann possuem prolongamentos que se enrolam nas neurofibras, dando origem a bainha de mielina cuja função é proteger e se tornar um isolante elétrico para o bom funcionamento das células.

Astrócitos

Os astrócitos são células grandes, com forma estrelada, com muitos prolongamentos citoplasmáticos e dentre as células da glia são as mais numerosas e que apresentam maior diversidade.

Essas células tem a propriedade de transportar substâncias vindas do sangue para os neurônios, também tem a função de sustentação física as células nervosas, auxiliam na regeneração de lesões e no preenchimento de espaços no tecido nervoso ocasionado por morte celular.

Astrócitos protoplasmáticos estão na substância cinzenta e possuem prolongamentos mais numerosos, curtos, delicados e ramificados que os dos astrócitos fibrosos, que ocorrem na substância branca.

Ependimoglia

São células epiteliais colunares que revestem os ventrículos encefálicos e o canal localizado centralmente à medula.

Em algumas regiões as ependimoglia são ciliadas que ajudam na movimentação do líquido cefalorraquidiano.

Neurofibras mielinizadas e não-mielinizadas

Dependendo da função as neurofibras podem ou não ser envolvidas pela bainha de mielina.

Quando são revestidas pela bainha de mielina elas são chamadas de neurofibras mielinizadas, quando não são revestidas são denominadas de neurofibras não-mielinizadas.

A bainha de mielina possuí em sua formação bicamada de fosfolipídios, composta também por proteolipídios e proteína básica da mielina (dando consistência ao envoltório) e são secretadas pelos oligodendrócitos e células de Schwann respectivamente no sistema nervoso central e periférico.

Tem função principal de isolante elétrico, como também auxilia na velocidade da propagação dos impulsos nervosos nas células nervosas.

Existem interrupções ao longo de neurofibras mielinizadas que são denominadas de nó de Ranvier (ou nós neurofibrosos).

As neurofibras apresentam também um calibre maior, alta velocidade de propagação de impulso nervoso e apresentam característica saltatória.

O impulso nervoso corre continuamente nas neurofibras não-mielinizadas.

Uma fina camada de tecido conjuntivo envolve as células nervosas e gliócitos, são chamadas de endoneuro.

Um conjunto de neurofibras, cada uma delas envolvidas de endoneuro, são revestidas por outra camada de tecido conjuntivo denominada de perineuro.

Por fim, diversos grupos de neurofibras, cada uma delas envoltas pelo perineuro, são revestidas pelo epineuro.

Essas camadas de tecido conjuntivo apresentam em sua composição proteínas e vasos sanguíneos com a função de nutrir o oxigenar as células ali presentes.

Nervos

Vários feixes de tecido nervoso agrupados paralelamente formam um nervo.

É envolvido por uma bainha de tecido conjuntivo chamada epineuro e pela bainha de mielina, concedendo, a cor esbranquiçada desse tecido.

Os nervos não contêm os corpos celulares dos neurônios; esses corpos celulares localizam-se no sistema nervoso central ou nos gânglios nervosos, que podem ser observados próximos à medula espinhal.

Quando partem do encéfalo, são chamados de cranianos; quando partem da medula espinhal, denominam-se raquidianos.

Os nervos permitem a comunicação dos centros nervosos com os órgãos receptores (sensoriais) ou, ainda, com os órgãos efetores (músculos e glândulas).

De acordo com o sentido da transmissão do impulso nervoso, os nervos podem ser:

Sensitivos ou aferentes: quando transmitem os impulsos nervosos dos órgãos receptores até o sistema nervoso central;

Motores ou eferentes: quando transmitem os impulsos nervosos do sistema nervoso central para os órgãos efetores;

Mistos: quando possuem tanto fibras sensitivas quanto fibras motoras.

São os mais comuns no organismo.

As doze ações dos 12 pares de nervos cranianos:

 

1º Olfativo ou olfatório (sensitivo)

conduz ao cérebro os impulsos nervosos que nos fazem perceber o olfato

2º Óptico (sensitivo)

leva ao cérebro os estímulos que geram as sensações visuais

3º Motor ocular comum ou oculomotor (motor)

responsável pelo movimento dos olhos e constrição pupilar

4º Troclear (motor)

participa dos movimentos dos olhos

5º Trigêmeo (misto)

atua sobre o músculo temporal e masseter, percebendo as sensações da face e atuando nas expressões

6º Abducente (motor)

responsável pelo desvio lateral dos olhos

7º Facial (misto)

um de seus ramos atua nos músculos mímicos da face; o outro, inerva as glândulas salivares e lacrimais e conduz a sensação de paladar captada na língua

8º Acústico (sensitivo)

possui ramos que permitem a audição e outros, o equilíbrio

9º Glossofaríngeo (misto)

sua porção motora leva estímulos da faringe e a sensitiva permite que se perceba o paladar

10º Vago (misto) abdominais

responsável pela inervação de órgãos torácicos e controla as batidas do coração

11º Espinhal ou acessório (motor)

inerva os músculos do pescoço e do tronco

12º Hipoglosso (motor)

ajuda nos movimentos da língua

 

Sinapses

As sinapses são regiões de conexão química estabelecidas entre um neurônio e outro; entre um neurônio e uma fibra muscular ou entre um neurônio e uma célula glandular.

Logo, as sinapses podem ser interneurais (entre um neurônio e outro), neuromusculares (entre um neurônio e uma fibra muscular) ou neuroglandulares (entre um neurônio e uma célula glandular).

Um neurônio não se comunica fisicamente com outro neurônio, fibra muscular ou célula glandular.

Existe um microespaço entre eles, denominado espaço sináptico, no qual um neurônio transmite impulsos nervosos para o outro por meio da ação de mediadores químicos ou neuro-hormônios.

Atuação dos neuro-hormônios

Os neuro-hormônios estão contidos em microvesículas presentes nas extremidades dos axônios.

Quando os impulsos nervosos alcançam esses membros, as microbolhas liberam mediadores químicos no espaço sináptico.

Os neuro-hormônios então se ligam aos receptores moleculares presentes nos neurônios a serem estimulados (fibras musculares ou células da glândula).

Essa combinação causa uma mudança na permeabilidade da membrana da célula receptora, o que faz com que os íons entrem na célula, o que faz com que a membrana celular inverta sua polaridade.

Em seguida, surge um potencial de ação, gerando impulsos nervosos nas células receptoras.

 

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Corpo humano

 

Corpo humano

O corpo humano é a estrutura do ser humano.

É composto por trilhões de células, a unidade fundamental da vida, que juntas são responsáveis pela formação de tecidos que protegem o organismo do mundo exterior, e vários outros que são responsáveis pela formação das cavidades internas.

 As células se agrupam e formam os órgãos, que são coleções estruturadas de células com funções específicas.

Os órgãos estão interligados um ao outro e fazem partes de sistemas específicos, os quais mantém a manutenção da constituição física humana.

Também é constituído por cerca de 60% de água e vários elementos, aproximadamente 25 quilogramas de um humano com 70 quilogramas, são células não humanas ou material celular, um dos quais são os ossos, que são responsáveis por suportar e proteger as estruturas internas mais importantes.

 A combinação de todos os fatores permite que o organismo garanta a homeostase, que é o estado de equilíbrio.

Na anatomia básica é formado pela cabeça, pescoço, tronco (que incluem o tórax e abdômen), braços e mãos, pernas e pés.

O estudo do corpo humano envolve: a anatomia, fisiologia, histologia e embriologia.

O corpo varia anatomicamente de maneiras conhecidas.

A fisiologia estuda os sistemas e órgãos do corpo humano e suas funções.

Muitos sistemas e mecanismos interagem para manter a homeostase, com níveis seguros de substâncias como açúcar e oxigênio no sangue.

Composição

O corpo humano é composto por vários elementos e quatro destes desempenham papéis fundamentais, pois são responsáveis por aproximadamente 95,2% da massa corporal de um humano, sendo eles: hidrogênio, oxigênio, carbono e nitrogênio.

O restante dessa massa é formado por vários outros elementos que são encontrados em quantidades menores, tais como: cálcio, fósforo, potássio, sódio, cloro, magnésio, enxofre e micronutrientes (dos quais alguns, de acordo com evidências, são necessários para a vida).

Nem todos os elementos encontrados em pequenas quantias são importantes para o corpo, sendo alguns considerados simples contaminantes que não possuem funções fundamentais, tal como o césio, enquanto outros são toxinas ativas dependendo da quantidade, como o mercúrio.

Em humanos, o arsênio é tóxico e seu níveis em alimentos precisam ser monitorados a fim de reduzir ou eliminar sua digestão.

O organismo de um humano contém pelo menos traços detectáveis de 60 elementos químicos, sendo 25 destes analisados a desempenhar um papel positivo na saúde e vida.

Quatro elementos são responsáveis pela constituição da maioria do peso de um humano, são eles: o carbono, nitrogênio, oxigênio e hidrogênio.

O hidrogênio (9,5% da massa corporal) mantém a estrutura hidratada, além de estar presente em 90% da composição de todos os átomos e, é encontrado nos carboidratos, proteínas, amidos e lipídios que são necessários à dieta humana.

Está presente no trifosfato de adenosina (ATP), que é a principal molécula transportadora de energia.

O oxigênio (responsável por 65% da massa corporal) é importante para as células visto que necessitam do oxigênio para funcionarem, elas usam a substância principalmente para a produção de energia vinda dos alimentos.

É transportado dos pulmões para os microrganismos através do sangue, sendo necessário ao metabolismo, é responsável por inúmeras reações bioquímicas intracelulares.

Percentualmente a maior parte do elemento químico no corpo está na água que é uma das moléculas mais importantes para à vida.

Constituindo 18,5% da massa corporal, o carbono é um elemento tetravalente, ou seja, ele pode se relacionar a quatro outros elementos químicos, sendo assim ele faz ligações estáveis com outros átomos, que é uns dos motivos que fazem ele de um átomo fundamental, os carboidratos, gorduras e proteínas são variados exemplos de moléculas compostas pelo elemento.

O nitrogênio, sendo 3,3% do peso, é alguns dos responsáveis pela composição dos aminoácidos que constituem as proteínas. Sendo também um dos componentes dos ácidos nucléicos que compõem o DNA e RNA.

O cálcio, fósforo e enxofre são os elementos minerais mais abundantes do corpo.

O cálcio é necessário para manter os ossos resistentes e realizar várias funções vitais, quase toda a substância é armazenada nos ossos e dentes, onde sustenta a estrutura.

É necessário para os músculos se moverem, o funcionamento dos músculos, além de ajudar os vasos sanguíneos movimentar o sangue.

O fósforo, assim como o cálcio, auxilia o desenvolvimento dos ossos e desempenha funções nos ácidos nucleicos e nas membranas celulares, ajudando o corpo a produzir energia e na produção de trifosfato de adenosina (ATP), que está relacionado à forma que o corpo usa carboidratos e gorduras.

O enxofre é importante para múltiplas funções, compondo e recompondo o DNA, promovendo a proteção de seus microrganismos contra danificações.

Além disso, o enxofre é responsável por desempenhar papeis importantes na síntese de intermediários metabólicos importantes, como a glutationa um aminoácido indispensável encontrado nas proteínas.

A composição do corpo humano além do nível atômico pode ser vista em escala molecular e celular.

As moléculas são a reunião de dois ou mais átomos, e são exemplos de moléculas: a água (H2O), glicose (C6H12O6) e nitrogênio (N2).

A água um dos nutrientes críticos, cuja a ausência leva à óbito, compõe entre 75% (em bebês) e 55% (em idosos) da massa corporal de um humano.

As uniões das moléculas formam as células que são as unidades fundamentais e, são elas que mantém o corpo vivo.

Existem trilhões dessas partículas vivas que possuem estruturas e funções diversas.

As células se agrupam e formam os tecidos que compõem estruturas com funções especificas, como os órgãos.

Células

O corpo contém trilhões de células, a unidade fundamental da vida.

Na maturidade, existem cerca de 30-37 trilhões de células no corpo, uma estimativa obtida pela totalização do número de células de todos os órgãos do corpo e tipos de células.

O corpo também hospeda aproximadamente o mesmo número de células não humanas, bem como organismos multicelulares que residem no trato gastrointestinal e na pele.

Nem todas as partes do corpo são feitas de células. As células ficam em uma matriz extracelular que consiste em proteínas como o colágeno, rodeado por fluidos extracelulares.

Dos 70 kg de um corpo humano médio, quase 25 kg são células não humanas ou material não celular, como ossos e tecidos conjuntivos.

Genoma

As células do corpo funcionam por causa do DNA.

O DNA fica dentro do núcleo de uma célula, as partes do DNA são copiadas e enviadas ao corpo da célula via RNA.

O RNA é então usado para criar proteínas que formam a base das células, sua atividade e seus produtos.

As proteínas ditam a função celular e a expressão gênica, uma célula é capaz de se autorregular pela quantidade de proteínas produzidas.

No entanto, nem todas as células têm DNA; algumas células, como os glóbulos vermelhos maduros, perdem o núcleo à medida que amadurecem.

Tecidos

O corpo humano consiste em muitas categorias de tecidos, definidos como células que atuam com uma função especializada.

O estudo dos tecidos é denominado histologia e geralmente ocorre com um microscópio.

O corpo consiste em quatro tipos principais de tecidos; células de revestimento (epitélios), tecido conjuntivo, tecido nervoso e tecido muscular.

As células que se encontram em superfícies expostas ao mundo exterior ou trato gastrointestinal (epitélio) ou cavidades internas (endotélio) vêm em várias formas e formas; de camadas únicas de células planas a células com pequenos cílios como nos pulmões, para células como colunas que revestem o estômago.

As células endoteliais são células que revestem as cavidades internas, incluindo vasos sanguíneos e glândulas.

As células de revestimento regulam o que pode ou não passar por elas, protegem as estruturas internas e funcionam como superfícies sensoriais.

Órgãos

Os órgãos são formados por tecidos, ou seja, por coleções de células estruturadas que mesmo não sendo idênticas trabalham entre si.

Por exemplo, o coração é composto principalmente por cardiomiócitos e pelo tecido conjuntivo.

Os órgãos são considerados estruturas de extrema importância, e o corpo humano possui cinco órgãos vitais: cérebro, coração, pulmões, fígado e rins, sem os quais não é possível a sobrevivência do organismo, pois caso algum deles pare de funcionar o óbito é a consequência se não houver intervenção médica de urgência.

Na maioria das vezes os órgãos estão localizados em cavidades internas, com exceção da pele que é considerada a maior estrutura do organismo, e as cavidades são subdividas em dorsal e ventral, dentro destas estão localizados os órgãos internos.

Para fins de pesquisa e localizações mais exatas, as cavidades dorsal e ventral são também subdivididas: a dorsal em cavidade craniana (onde está localizado o cérebro) e canal vertebral (no qual passa a medula espinhal, que é o prolongamento do sistema nervoso central); a ventral em: cavidade torácica (localidade em que o coração e pulmões, as partes torácicas dos grandes vasos e outras estruturas importantes estão), e a abdominopélvica que é dividida em cavidade abdominal (onde está o estômago, fígado, vesícula biliar, baço, pâncreas, intestino delgado e grosso, glândulas suprarrenais e rins) e pélvica (região em que se situam os órgãos reprodutivos e também o reto, bexiga e uretra).

O corpo é formado por múltiplos órgãos que fazem partes de sistemas, os quais são formados pela reunião de estruturas que realizam funções especificas dentro do corpo.

Cada órgão possui um papel dentro do corpo, por exemplo o coração faz parte do sistema circulatório e sua função é bombear o sangue, enquanto o estômago pertence ao sistema digestivo e sua função é realizar a digestão química e mecânica dos alimentos, de modo que transforma o bolo alimentar em quimo para que posteriormente a digestão seja continuada no intestino delgado.

Os órgãos vestigiais não possuem funções específicas e vitais e, são resultado das adaptações evolutivas acometidas pelo ser humano.

Essas estruturas já tiveram alguma função principal anteriormente, mas com a evolução, suas funcionalidades foram modificadas e deixaram de exercer sua função principal anterior.

O melhor exemplo de um órgão vestigial é o apêndice cecal, que é uma pequena extensão tubular do intestino grosso, e constitui vestígio de um órgão redundante que nas espécies ancestrais tinha funções digestivas, mas com as modificações dessa estrutura a sua função foi modificada e na modernidade é relacionada com a proteção da população de bactérias que habita e interfere no bom funcionamento do sistema digestivo.

A palavra órgão advém do latim organum e do grego órganon, que em tradução literal significa "instrumento", e somente no século XVII o termo começou a ser usado para fins anatômicos.

Aproximadamente há quatro mil anos atrás nas regiões da Mesopotâmia e do Antigo Egito, a população já estava fazendo investigações acerca da descoberta de melhores informações sobre o corpo, e para isso tentaram descrever o básico da vida, relacionando ideias errôneas da função do fígado e dos outros órgãos (constantemente tentavam explicar a função dessas estruturas em relação à "alma" do ser humano).

Sistemas

Os órgãos do corpo estão associados frequentemente em sistemas, os quais são a reunião de estruturas que cooperam entre si para realizar funções complexas e consideráveis dentro do organismo.

Existem vários sistemas que são necessários para a sobrevivência da espécie, cada um tendo funções diferentes, portanto, papéis exclusivos para desempenhar na fisiologia.

São eles: o circulatório (dividido em dois outros sistemas para fins de pesquisa: cardiovascular, responsável por transportar nutrientes e oxigênio para todas as células através do sangue e o linfático que recolhe as impurezas e conduz os glóbulos brancos e vários outros, através da linfa), digestivo (onde acontece a transformação dos alimentos em nutrientes e, a eliminação do não necessário através das fezes), endócrino (faz a regulação e administração das funções do corpo através de glândulas, que produzem e liberam hormônios), imunológico (defende o organismo da invasão de patógenos), tegumentar (protege do mundo exterior, regula a temperatura corporal e é responsável pela sensibilidade), locomotor ou musculoesquelético (fornece a estrutura e locomoção, também é dividido em dois outros sistemas que são o muscular e esquelético), nervoso (centro de controle do corpo, incumbido pela transmissão de sinais), reprodutor (garante a descendência da espécie através dos gametas, que posteriormente pós fertilização transformará em um embrião no útero), respiratório (traz oxigênio do ar para o organismo) e urinário (filtra o sangue e remove as toxinas e resíduos, transformando em urina).

Alguns órgãos do corpo têm múltiplas funções e fazem partes de mais de um sistema, enquanto outros apresentam somente uma função para tal.

Por exemplo: o timo faz parte do sistema linfático e imunológico, os ovários integram o reprodutor e endócrino, a faringe pertence ao respiratório e digestivo.

Os sistemas interagem efetivamente entre si, essas interações possuem regras básicas, ou seja, latentes à complexa reorganização hierárquica em redes fisiológicas com transições entre estados fisiológicos.

A saúde e os estados fisiológicos diferentes surgem de interações em rede entre sistemas complexos de vários componentes não lineares.

Os médicos tradicionalmente focam em um único sistema, por exemplo: os cardiologistas examinam o coração e consideram os sinais do ECG; neurologistas trabalham com o cérebro e utilizam sinais de ressonância magnética e ondas cerebrais EEG.

Entretanto, o organismo é uma rede integrada, os quais os sistemas formados por várias estruturas fazem contato continuamente através de vários procedimentos por meio de várias respostas adquiridas e em diferentes escalas temporais para aperfeiçoar e coordenar sua função.

Essas interações são essenciais para manter a saúde e gerar estados fisiológicos distintos, tal como a vigília e sono, sono leve e profundo, consciência e inconsciência.

A modificação ou a interrupção das comunicações dos órgãos podem levar a disfunção de sistemas individuais ou ao colapso de todo o organismo, por exemplo: febre, hipertensão e falência de múltiplos órgãos, mas, apesar da importância para a cognição das funções fisiológicas básicas, há escassez sobre a natureza das interações dinâmicas entre diversos sistemas e seu papel coletivo como uma rede integrada de saúde.

O vocábulo "sistema" vem do grego, e é originário de SYNÍSTANAI que é a junção de SYN, que significa "reunião ou conjunto" e HÍSTANAI, em tradução literal "levar exercer", sendo assim a palavra SYNISTANAI retrata "levar exercer em conjunto". Com base nessa palavra surgiu SYSTEMA, significando a "associação de diferentes partes".

Sistema circulatório

O sistema circulatório consiste no coração e vasos sanguíneos (artérias, veias e capilares).

O coração impulsiona a circulação do sangue, que serve como um "sistema de transporte" para transferir oxigênio, combustível, nutrientes, produtos residuais, células imunológicas e moléculas de sinalização (ou seja, hormônios) de uma parte do corpo para outra.

 Os caminhos da circulação sanguínea dentro do corpo humano podem ser divididos em dois circuitos: o circuito pulmonar, que bombeia sangue para os pulmões para receber oxigênio e deixar dióxido de carbono e o circuito sistêmico, que transporta o sangue do coração para o resto do corpo.

O sangue consiste em um fluido que transporta as células na circulação, incluindo algumas que se movem dos tecidos para os vasos sanguíneos e vice-versa, assim como o baço e a medula óssea.

Sistema digestivo

O sistema digestivo consiste na boca, incluindo a língua e os dentes, esófago, estômago, (trato gastrointestinal, intestinos e reto), bem como o fígado, pâncreas, vesícula biliar, e glândulas salivares.

Ele converte os alimentos em moléculas pequenas, nutricionais e não tóxicas para distribuição e absorção pelo corpo.

Essas moléculas assumem a forma de proteínas (que são quebradas em aminoácidos), gorduras, vitaminas e minerais (os últimos dos quais são principalmente iônicos em vez de moleculares).

Depois de ser engolido, o alimento se move pelo trato gastrointestinal por meio da peristalse: a expansão e contração sistemáticas dos músculos para empurrar o alimento de uma área para outra.

A digestão começa na boca, que mastiga os alimentos em pedaços menores para facilitar a digestão.

Em seguida, é engolido e passa pelo esôfago até o estômago.

No estômago, o alimento é misturado aos ácidos gástricos para permitir a extração de nutrientes.

O que resta é chamado de quimo; ele então se move para o intestino delgado, que absorve os nutrientes e a água do quimo.

O que sobra segue para o intestino grosso, onde é seco para formar fezes; estes são então armazenados no reto até que sejam expelidos através do ânus.

Sistema endócrino

O sistema endócrino consiste nas principais glândulas endócrinas: hipófise, tireóide, supra-renais, pâncreas, paratireoides e gônadas, mas quase todos os órgãos e tecidos também produzem hormônios endócrinos específicos.

Os hormônios endócrinos servem como sinais de um sistema do corpo para outro em relação a uma enorme variedade de condições, resultando em uma variedade de mudanças de função.

Sistema imunológico

O sistema imunológico consiste em células brancas do sangue, o timo, os gânglios linfáticos e os canais linfáticos, que também fazem parte do sistema linfático.

O sistema imunológico fornece um mecanismo para o corpo distinguir suas próprias células e tecidos de células e substâncias externas e neutralizar ou destruir as últimas usando proteínas especializadas, como anticorpos, citocinas e receptores do tipo-toll, entre muitos outros.

Sistema tegumentar

O sistema tegumentar consiste na cobertura do corpo (a pele), incluindo cabelos e unhas, bem como outras estruturas funcionalmente importantes, como as glândulas sudoríparas e as glândulas sebáceas.

A pele fornece contenção, estrutura e proteção para outros órgãos e serve como uma importante interface sensorial com o mundo exterior.

Sistema linfático

O sistema linfático extrai, transporta e metaboliza a linfa, o fluido encontrado entre as células.

O sistema linfático é semelhante ao sistema circulatório em termos de estrutura e função mais básica, que é; transportar um fluido corporal.

Sistema locomotor

O sistema locomotor consiste no esqueleto humano (que inclui ossos, ligamentos, tendões e cartilagem) e músculos.

Dá estrutura básica ao corpo e capacidade de movimento.

Além de seu papel estrutural, os ossos maiores do corpo contêm a medula óssea, o local de produção das células sanguíneas.

Além disso, todos os ossos são os principais locais de armazenamento de cálcio e fosfato.

Este sistema pode ser dividido entre sistema muscular e esquelético.

Sistema nervoso

O sistema nervoso consiste em neurônios e células gliais do corpo, que juntos formam os nervos, gânglios e massa cinzenta que, por sua vez, formam o cérebro e estruturas relacionadas.

O cérebro é o órgão do pensamento, emoção, memória e processamento sensorial; serve a muitos aspectos da comunicação e controla vários sistemas e funções.

Os sentidos consistem em visão, audição, paladar, olfato e tato.

Os olhos, ouvidos, língua, nariz e pele, reúnem informações sobre o ambiente do corpo.

De uma perspectiva estrutural, o sistema nervoso é normalmente subdividido em duas partes componentes: o sistema nervoso central (SNC), composto pelo cérebro e pela medula espinhal; e o sistema nervoso periférico (SNP), composto pelos nervos e gânglios fora do cérebro e da medula espinhal.

O SNC é o principal responsável por organizar o movimento, processar informações sensoriais, pensamento, memória, cognição e outras funções semelhantes.

Ainda é uma questão de debate se o SNC dá origem direta à consciência.

O sistema nervoso periférico (SNP), é o principal responsável por reunir informações com os neurônios sensoriais e dirigir os movimentos do corpo com os neurônios motores.

De uma perspectiva funcional, o sistema nervoso é novamente dividido em duas partes componentes: o sistema nervoso somático (SNS) e o sistema nervoso autônomo (SNA).

O SNS está envolvido em funções voluntárias, como fala e processos sensoriais.

O SNA está envolvido em processos involuntários, como a digestão e a regulação da pressão arterial.

O sistema nervoso está sujeito a muitas doenças diferentes.

Na epilepsia, a atividade elétrica anormal no cérebro pode causar convulsões.

Na esclerose múltipla, o sistema imunológico ataca os revestimentos nervosos, prejudicando a capacidade dos nervos de transmitir sinais.

A esclerose lateral amiotrófica (ELA), também conhecida como doença de Lou Gehrig, é uma doença do neurônio motor que reduz gradualmente os movimentos dos pacientes.

Existem também muitas outras doenças do sistema nervoso.

Sistema reprodutor

O sistema reprodutor consiste nas gônadas e nos órgãos sexuais internos e externos.

O sistema reprodutivo produz gametas em cada sexo, um mecanismo para sua combinação e, na mulher, um ambiente nutridor para os primeiros 9 meses de desenvolvimento do bebê.

Sistema respiratório

O sistema respiratório consiste no nariz, nasofaringe, traqueia e pulmões.

Ele traz oxigênio do ar e excreta dióxido de carbono e água de volta ao ar.

Primeiro, o ar é puxado pela traqueia para os pulmões pelo diafragma empurrando para baixo, o que cria um vácuo.

O ar é brevemente armazenado dentro de pequenos sacos conhecidos como alvéolos, antes de ser expelido dos pulmões quando o diafragma se contrai novamente.

Cada alvéolo é cercado por capilares que transportam sangue desoxigenado, que absorve o oxigênio do ar para a corrente sanguínea.

Para que o sistema respiratório funcione adequadamente, deve haver o mínimo possível de impedimentos ao movimento do ar dentro dos pulmões.

A inflamação dos pulmões e o excesso de muco são fontes comuns de dificuldades respiratórias.

Na asma, o sistema respiratório está persistentemente inflamado, causando sibilância e/ou falta de ar.

A pneumonia ocorre por infecção dos alvéolos e pode ser causada por tuberculose.

O enfisema, geralmente resultado do tabagismo, é causado por danos às conexões entre os alvéolos.

Sistema urinário

O sistema urinário consiste nos rins, ureteres, bexiga e uretra.

Ele remove materiais tóxicos do sangue para produzir urina, que carrega uma variedade de moléculas de resíduos e excesso de íons e água para fora do corpo.

 

Anatomia

A anatomia humana é o estudo da forma e do formato do corpo humano.

O corpo humano tem quatro membros (dois braços e duas pernas), uma cabeça e um pescoço que se conectam ao torso.

A forma do corpo é determinada por um esqueleto forte feito de osso e cartilagem, cercado por gordura, músculos, tecido conjuntivo, órgãos e outras estruturas.

A coluna vertebral na parte posterior do esqueleto que envolve a medula espinhal, que é uma coleção de fibras nervosas que conectam o cérebro ao resto do corpo.

Nervos conectam a medula espinhal e o cérebro ao resto do corpo.

Todos os principais ossos, músculos e nervos do corpo são nomeados, com exceção de variações anatômicas, como ossos sesamóides e músculos acessórios.

Os vasos sanguíneos transportam sangue por todo o corpo, que se move por causa das batidas do coração.

Vênulas e veias coletam o sangue com baixo teor de oxigênio dos tecidos do corpo.

Estes se agrupam em veias progressivamente maiores até atingirem as duas maiores veias do corpo, a veia cava superior e inferior, que drena o sangue para o lado direito do coração.

A partir daí, o sangue é bombeado para os pulmões, onde recebe oxigênio e é drenado de volta para o lado esquerdo do coração, aonde é bombeado para a maior artéria do corpo, a aorta e, em seguida, artérias e arteríolas progressivamente menores até atingir o tecido.

Aqui, o sangue passa de pequenas artérias para os capilares, depois para pequenas veias e o processo começa novamente.

O sangue transporta oxigênio, produtos residuais e hormônios de um lugar para outro no corpo. O sangue é filtrado nos rins e no fígado.

O corpo consiste em várias cavidades corporais, áreas separadas que abrigam diferentes sistemas de órgãos.

O cérebro e o sistema nervoso central residem em uma área protegida do resto do corpo pela barreira hematoencefálica.

Os pulmões ficam na cavidade pleural.

Os intestinos, o fígado e o baço ficam na cavidade abdominal.

Altura, peso, forma e outras proporções corporais variam individualmente e com a idade e o sexo.

A forma do corpo é influenciada pela distribuição dos músculos e tecido adiposo.

Fisiologia

A fisiologia humana é o estudo de como o corpo humano funciona.

Isso inclui as funções mecânicas, físicas, bioelétricas e bioquímicas de humanos com boa saúde, desde os órgãos até as células que os compõem.

O corpo humano consiste em muitos sistemas de órgãos em interação.

Eles interagem para manter a homeostase, mantendo o corpo em um estado estável com níveis seguros de substâncias como açúcar e oxigênio no sangue.

Cada sistema contribui para a homeostase, de si mesmo, de outros sistemas e de todo o corpo.

Alguns sistemas combinados são chamados de nomes conjuntos, por exemplo, o sistema nervoso e o sistema endócrino funcionam juntos como o sistema neuroendócrino.

O sistema nervoso recebe informações do corpo e as transmite ao cérebro por meio de impulsos nervosos e neurotransmissores.

Ao mesmo tempo, o sistema endócrino libera hormônios, que ajudam a regular a pressão arterial e o volume.

Juntos, esses sistemas regulam o ambiente interno do corpo, mantendo o fluxo sanguíneo, postura, suprimento de energia, temperatura e equilíbrio ácido (pH).

Desenvolvimento

O desenvolvimento do corpo humano é o processo de crescimento até a maturidade.

O processo começa com a fertilização, onde um óvulo liberado do ovário de uma mulher é penetrado pelo esperma.

O óvulo então se aloja no útero, onde um embrião e, posteriormente, o feto se desenvolvem até o nascimento.

O crescimento e o desenvolvimento ocorrem após o nascimento e incluem o desenvolvimento físico e psicológico, influenciado por fatores genéticos, hormonais, ambientais e outros.

O desenvolvimento e o crescimento continuam ao longo da vida, desde a infância, adolescência e desde a idade adulta até a velhice, e são referidos como o processo de envelhecimento.

Sociedade e cultura

Estudo profissional

Os profissionais de saúde aprendem sobre o corpo humano por meio de ilustrações, modelos e demonstrações.

Além disso, estudantes de medicina ganham experiência prática, por exemplo, por dissecação de cadáveres.

A anatomia humana, a fisiologia e a bioquímica são ciências médicas básicas, geralmente ensinadas a estudantes de medicina no primeiro ano da faculdade de medicina.

Representação

A anatomia tem servido às artes visuais desde os tempos da Grécia Antiga, quando o escultor Policleto do século V a.C. escreveu seu cânon sobre as proporções ideais do nu masculino.

No renascimento italiano, artistas como: Piero della Francesca (c. 1415– 1492) em diante, incluindo Leonardo da Vinci (1452–1519) e seu colaborador Luca Pacioli (c. 1447– 1517), aprenderam e escreveram sobre as regras da arte, incluindo a perspectiva visual e as proporções do corpo humano.

Filosofia

A palavra corpo é uma das mais ricas da língua portuguesa.

O corpo sempre foi objeto de curiosidade por ser uma engrenagem misteriosa.

Esse fato levou com que cada área do conhecimento humano apresentasse possíveis definições para o corpo como seu objeto de estudo.

Platão definiu o homem composto de corpo e alma.

A teoria filosófica de Platão baseia-se fundamentalmente na cisão entre dois mundos: o inteligível da alma e o sensível do corpo.

O pensamento platônico é essencial para a compreensão de toda uma linhagem filosófica que valoriza o mundo inteligível em detrimento do sensível.

A alma é detentora da sabedoria e o corpo é a prisão quando a alma é dominada por ele, quando é incapaz de regrar os desejos e as tendências do mundo sensível.

Foucault concebeu o corpo como o lugar de todas as interdições.

Todas as regras sociais tendem a construir um corpo pelo aspecto de múltiplas determinações.

Já para Lacan, o corpo é o espelho da mente e diz muito sobre nós mesmos.

Para Nietzsche, só existe o corpo que somos; o vivido e este é mais surpreendente do que a alma de outrora.

Para Michel de Certeau, o corpo encontra-se como o lugar de cristalização de todas as interdições e também o lugar de todas as liberdades.

Georges Bataille definiu o corpo como uma coisa vil, submissa e servil tal como uma pedra ou um bocado de madeira.

Para René Descartes, cuja filosofia originou o sistema do cartesianismo, o corpo enquanto organismo é uma máquina, em contraste à mente, e essa separação é conhecida como dualismo mente-corpo.

Baruch Espinoza também dividia a definição de corpo e mente, mas os considerava em seu monismo como contínuos de uma mesma substância.

Para Gilles Deleuze, um corpo pode ser controlável, já que a ele pode se atribuir sentidos lógicos.

Afirmou este filósofo que somos "máquinas desejantes".

Em sua teoria, ao discorrer sobre corpos-linguagem disse que o corpo "é linguagem porque pode ocultar a palavra e encobri-la".

A descrição do corpo é psicomotora não é psíquica, é uma união entre psiquismo e motricidade.

Merleau-Ponty aludiu que o corpo é espelho de outro corpo.

Sobre a metamorfose do corpo, Paul Valéry propôs o problema dos três corpos: o próprio corpo; o corpo reflexo, ponto narciso, inflexão que se relaciona com o entorno, do visto, do que vê e o corpo que é justamente os espaços insondáveis, tanto pela visão como pelo tato, função, fisiologia e funcionamento, universo microscópico, líquidos, liquefação.

Fenomenologia

A partir dos anos 70, a body art passou a incluir o corpo enquanto sujeito do espetáculo e da forma artística em si.

Com o impulso tecnológico, a partir dos anos 90, ocorreu uma maior auto-apropriação pelo artista do seu corpo e do corpo de outrem como sujeito e objeto da experiência estética.

Todos os dias a televisão está estampando dentro de nossas casas "vinhetas" e aberturas de novelas com efeito digital, mostrando performances corporais: o simulacro do corpo.

História da anatomia

Na Grécia Antiga, o Corpus Hippocraticum descreveu a anatomia do esqueleto e dos músculos.

O médico do século II Cláudio Galeno compilou o conhecimento clássico da anatomia em um texto que foi usado durante a Idade Média.

Na Renascença, Andreas Vesalius (1514–1564) foi o pioneiro no estudo moderno da anatomia humana por dissecação, escrevendo o influente livro De humani corporis fabrica.

A anatomia avançou ainda mais com a invenção do microscópio e o estudo da estrutura celular de tecidos e órgãos.

A anatomia moderna usa técnicas como ressonância magnética, tomografia computadorizada, fluoroscopia e ultrassom para estudar o corpo em detalhes sem precedentes.

 

História da fisiologia

O estudo da fisiologia humana começou com Hipócrates na Grécia Antiga, por volta de 420 a.C., e com Aristóteles (384-322 a.C.), que aplicou o pensamento crítico e a ênfase na relação entre estrutura e função.

Galeno (126–199) foi o primeiro a usar experimentos para sondar as funções do corpo. O termo fisiologia foi introduzido pelo médico francês Jean Fernel (1497– 1558).

No século XVII, William Harvey (1578-1657) descreveu o sistema circulatório, sendo pioneiro na combinação de observação próxima com experimentos cuidadosos.

No século XIX, o conhecimento fisiológico começou a se acumular em um ritmo rápido com a teoria celular de Matthias Schleiden e Theodor Schwann em 1838, de que os organismos são feitos de células.

Claude Bernard (1813–1878) criou o conceito de milieu intérieur (ambiente interno), que Walter Cannon (1871–1945) mais tarde disse que era regulado para um estado estacionário na homeostase.

No século XX, os fisiologistas Knut Schmidt-Nielsen e George Bartholomew ampliaram seus estudos para a fisiologia comparada e a ecofisiologia.

Mais recentemente, a fisiologia evolutiva tornou-se uma subdisciplina distinta.

 

Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.

Músculo




Músculo

O músculo é o tecido responsável pelo movimento de um ser vivo, tanto em movimentos voluntários, com os quais interage com o meio ambiente, como movimentos dos seus órgãos internos, o coração ou o intestino.

Assim, eles são responsáveis pelo posicionamento e movimentação do esqueleto e estão usualmente unidos aos ossos por tendões.

A origem de um músculo é a sua extremidade mais próxima ao tronco ou ao osso estático.

A inserção de um músculo é a porção mais distal ou móvel.

Nossos músculos possuem duas funções comuns: gerar movimento e gerar força.

Mas também, além dessas, podem geram calor e contribuem significativamente para a homeostase da temperatura do corpo.

Os músculos esqueléticos são os únicos que se contraem em resposta a um sinal somático de um neurônio motor.

Eles não podem iniciar a sua própria contração, nem sofrem influências diretas de hormônios para se contrair.

Os músculos são constituídos por tecido muscular e caracterizam-se pela sua contratibilidade, funcionando pela contração e extensão das suas fibras.

 A contração muscular ocorre com a saída de um impulso elétrico do sistema nervoso central que é conduzido ao músculo através de um nervo.

Esse estímulo elétrico desencadeia o potencial de ação, que resulta na entrada de sódio (necessário à contração) dentro da célula, e a saída de potássio da mesma, assim estimulando a liberação do cálcio que está armazenado no Retículos Sarcoplasmáticos ou RS presentes no sarcoplasma (citoplasma da célula muscular).

Em termos científicos, as etapas são:

1. Despolarização do sarcolema;

2. estimulação do retículo sarcoplasmático;

3. ação do cálcio e de ATP, provocando o deslizamento da actina sobre a miosina (é a contração muscular).

Os músculos voluntários são os órgãos ativos do movimento, transmitindo movimento aos ossos sobre quais se inserem.

Têm uma variedade grande de tamanho e formato, de acordo com a sua disposição, local de origem e inserção e controlam a postura do corpo do animal.

O ser humano possui aproximadamente 512 músculos.

Cada músculo possui o seu nervo motor, o qual divide-se em várias fibras para poder controlar todas as células do músculo, através da placa motora.

Tipos de músculos

Existem três tipos de músculo: músculo esquelético, músculo liso e músculo estriado cardíaco. Todos os três tipos musculares têm as seguintes características:

Podem contrair-se e encurtar, tornando-se mais tensos e duros, em resposta a um estímulo vindo do sistema nervoso;

Podem ser distendidos, aumentando o seu comprimento;

Podem retornar à forma e ao tamanho original.

A propriedade do tecido muscular de se contrair chama-se contratilidade e a propriedade de poder ser distendido recebe o nome de elasticidade.

Músculo estriado esquelético

O tecido muscular estriado ou esquelético é formado por fibras musculares cilíndricas, finas e que podem medir vários centímetros de comprimento.

Os músculos esqueléticos possuem uma coloração mais avermelhada.

São também chamados de músculos estriados, já que apresentam estriações em suas fibras (fibrocélulas estriadas).

São os responsáveis pelos movimentos voluntários; estes músculos se inserem sobre os ossos e sobre as cartilagens e contribuem, com a pele e o esqueleto, para formar o invólucro exterior do corpo.

Músculo estriado cardíaco

Histologicamente tem característica de músculo esquelético, mas funcionalmente tem característica de músculo liso.

Assim como o tecido muscular esquelético, apresenta fibrocélulas bastante compridas.

É também chamado de miocárdio, e constitui a parede do coração.

Apesar de ser estriado, possui movimentos involuntários.

Este músculo se contrai e relaxa sem parar. Entretanto, suas células são mononucleadas ou binucleadas, com núcleos localizados mais centralmente.

Também possuem discos intercalares, que são linhas de junção entre uma célula e outra, que aparecem mais coradas que as estrias transversais.

No tecido cardíaco, têm bastante importância as fibras de Purkinje, células responsáveis pela distribuição do impulso elétrico que vai gerar a contração muscular às diversas fibro-células cardíacas.

Anatomia

Anatomia macroscópica

O corpo humano possui aproximadamente 660 músculos esqueléticos. Usamos aproximadamente 200 músculos para andar.

Anatomia microscópica

A anatomia microscópica estuda o fuso muscular, epimísio, endomísio, fibra muscular, entre outros.

Papel na saúde e doença

Exercício

O esforço excessivo ou movimentações bruscas podem provocar lesões musculares.

As mais comuns são: cãibras, cansaço muscular e distensões.

Em geral, tais problemas acontecem durante a prática esportiva.

A cãibra é causada por contrações repentinas e involuntárias do músculo.

Como as outras células, as fibras musculares produzem energia por meio de reações de combustão. 

Devido a intensa atividade para proporcionar movimento e calor ao corpo, as fibras musculares necessitam de grande quantidade de energia (creatina fosfato, carboidratos, gorduras e proteínas).

Em um dos processos do metabolismo energético o organismo produz uma substância denominada ácido lático.

Por muito tempo associaram o ácido lático a falta de renovação da energia necessária para a contração do músculo (cansaço muscular), mas hoje se sabe que o mesmo é na verdade um combustível a mais para o músculo.

A cãibra é uma contração espasmódica da musculatura acompanhada de dor intensa. Importante salientar que não é apenas a contração prolongada dos músculos que pode provocar dor.

O estiramento excessivo (distensão muscular) também é seguido de intensa dor

Contrações musculares bruscas podem afetar os tendões, resultando, em certos casos, no rompimento da articulação.

Quando isso acontece, dizemos que ocorreu uma ruptura de tendão.

Doença

As doenças neuromusculares são aquelas que afetam os músculos e/ou seu controle nervoso. Os sintomas destas doenças incluem fraqueza, espasticidade, mioclonia e mialgia.

Atrofia

Diversas doenças causam uma diminuição da massa muscular, conhecida como atrofia muscular. Alguns exemplos incluem o câncer e a AIDS, que podem induzir uma síndrome chamada caquexia.

Distensão

Distensão é uma lesão no músculo decorrente de um estiramento da musculatura.

Distensões ocorrem em todas as pessoas e não apenas em atletas.

As atividades diárias podem provocar distensões.

Fisiologia

Existem dois tipos de contrações musculares: contração isotônica e contração isométrica.

A contração isotônica refere-se a uma contração em que um músculo encurta enquanto exerce uma força constante que corresponde à carga que está sendo erguida pelo músculo.

Divide-se em concêntrica e excêntrica.

Na concêntrica a contração vence a resistência e há o encurtamento muscular e na excêntrica a resistência vence a contração havendo o alongamento muscular.

Ex: A corrida é concêntrica pois o velocista vence a barreira do ar.

Ex: Queda de braço é excêntrica pois a resistência está em seu oponente.

A contração isométrica refere-se a uma contração em que o comprimento externo do músculo não se altera, a força gerada pelo músculo é insuficiente para mover a carga à qual está fixado.

No corpo, a maioria das contrações é uma combinação de ambas contrações.

Eficiência

A eficiência do músculo humano foi medida (no contexto do remo e ciclismo) em 18% a 26%.

A eficiência é definida como a razão de trabalho e o custo total metabólico, como pode ser calculado a partir do consumo de oxigênio.

Esta baixa eficiência é o resultado de cerca de 40% de eficiência de geração de ATP de alimento de energia, as perdas na conversão de energia a partir de ATP em trabalho mecânico dentro do músculo, e as perdas mecânicas no interior do corpo.

As duas últimas perdas são dependentes do tipo de exercício e o tipo de fibras musculares usadas (de contração rápida ou de contração lenta).

Para uma eficiência de 20 por cento, um watt de energia mecânica é equivalente a 4,3 kcal por hora.

Por exemplo, um fabricante de equipamentos de remo mostra as calorias queimadas como quatro vezes o trabalho real mecânico, além de 300 kcal por hora, o que equivale a cerca de 20 por cento de eficiência de 250 watts de saída mecânica.

A produção de energia mecânica de uma contração cíclica pode depender de muitos fatores, incluindo tempo de ativação, a trajetória de tensão muscular, e as taxas de aumento e diminuição da força.

Estes podem ser sintetizados experimentalmente usando análise do loop do trabalho.

Densidade do tecido musculoso com a do tecido adiposo

A densidade do tecido muscular esquelético de mamíferos é de cerca de 1,06 kg/litro.

Isto pode ser contrastado com a densidade do tecido adiposo (gordura), que é de 0,9196 kg/litro.

Isso faz com que o tecido muscular seja aproximadamente 15% mais denso do que o tecido da gordura.

Fisiculturismo

Fisiculturismo é o esporte cujo objetivo é buscar, por meio da musculação, a melhor formação muscular, através de treinamento com pesos, alimentação e descanso adequados.