quarta-feira, 3 de julho de 2024

Sistema nervoso central ✅

 


Em anatomia, chama-se sistema nervoso central (SNC), ou neuroeixo, ao conjunto do encéfalo e da medula espinhal dos vertebrados. Forma, junto com o sistema nervoso periférico, o sistema nervoso, e tem um papel fundamental no controle do corpo.

É no SNC que chegam as informações relacionadas aos sentidos (audição, visão, olfato, paladar e tato) e é dele que partem ordens destinadas aos músculos e glândulas.

Sistema nervoso central – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

O Sistema Nervoso Central (SNC) é responsável por receber e transmitir informações para todo o organismo. Ele atua como a central de comando que coordena as atividades do corpo. Anatomicamente, o SNC é dividido em duas partes principais: o encéfalo e a medula espinhal1.

  • Encéfalo: O encéfalo é formado pelo cérebro, cerebelo e tronco encefálico. O cérebro é o principal órgão do SNC, responsável por comandar ações motoras, estímulos sensoriais, memória, aprendizagem e fala. O cerebelo mantém o equilíbrio corporal e controla o tônus muscular. O tronco encefálico inclui o mesencéfalo, a ponte e o bulbo.
  • Medula Espinhal: A medula espinhal é um cordão cilíndrico localizado no canal interno das vértebras da coluna vertebral. Ela estabelece a comunicação entre o corpo e o sistema nervoso, além de coordenar reflexos rápidos. Os 31 pares de nervos espinhais originam-se a partir dela.

Ambas as estruturas são protegidas pelo crânio e pela coluna vertebral, respectivamente23. As meninges são membranas que revestem todo o SNC, isolando e protegendo essas estruturas1.

O Sistema Nervoso Central (SNC) e o Sistema Nervoso Periférico (SNP) são duas partes interconectadas do sistema nervoso. Vou explicar as principais diferenças entre eles:

  1. Localização:

    • SNC: O SNC está localizado dentro do crânio e da coluna vertebral. Ele inclui o cérebro e a medula espinhal.
    • SNP: O SNP está fora do SNC e se estende por todo o corpo. Ele consiste em nervos que conectam o SNC aos órgãos, músculos e tecidos periféricos.
  2. Funções:

    • SNC: O SNC é responsável por processar informações, coordenar atividades motoras, regular funções autônomas e controlar a mente e a consciência.
    • SNP: O SNP transmite informações sensoriais do corpo para o SNC e envia comandos motores do SNC para os músculos e glândulas.
  3. Componentes:

    • SNC: Inclui o encéfalo (cérebro, cerebelo e tronco encefálico) e a medula espinhal.
    • SNP: Consiste em nervos cranianos (que saem diretamente do cérebro) e nervos espinhais (que emergem da medula espinhal).
  4. Proteção:

    • SNC: É protegido pelo crânio e pelas meninges (membranas que revestem o cérebro e a medula espinhal).
    • SNP: Não possui proteção óssea direta e está mais exposto a lesões externas.

Em resumo, o SNC é o centro de controle e processamento, enquanto o SNP é responsável pela comunicação entre o SNC e o resto do corpo .

Quando ocorre uma lesão no Sistema Nervoso Central (SNC), os efeitos podem variar dependendo da localização, gravidade e extensão da lesão. Aqui estão algumas possíveis consequências:

  1. Perda de Funções Motoras e Sensoriais:

    • Lesões na medula espinhal ou no cérebro podem resultar em perda de movimento, sensibilidade ou coordenação. Por exemplo, paralisia parcial ou total pode ocorrer.
  2. Alterações Cognitivas e Comportamentais:

    • Lesões no cérebro podem afetar a memória, o raciocínio, a fala e o comportamento. Dependendo da área afetada, podem ocorrer mudanças de personalidade, depressão ou ansiedade.
  3. Distúrbios Sensoriais:

    • Lesões em áreas sensoriais do cérebro podem causar perda de visão, audição, paladar ou olfato.
  4. Distúrbios Autonômicos:

    • O SNC controla funções autônomas, como respiração, frequência cardíaca e digestão. Lesões podem afetar essas funções.
  5. Dor Crônica:

    • Lesões nervosas frequentemente resultam em dor crônica, como a síndrome da dor regional complexa.
  6. Tratamento e Reabilitação:

    • O tratamento envolve cuidados médicos, fisioterapia, terapia ocupacional e, em alguns casos, cirurgia.

Lembrando que cada caso é único, e a recuperação pode variar significativamente. Consultar um profissional de saúde é essencial para avaliação e tratamento adequados .

Sim, existem abordagens promissoras para a regeneração nervosa que podem melhorar a recuperação após lesões nos nervos. Aqui estão algumas delas:

  1. Terapia Celular:

  2. Terapia Genética:

  3. Elementos Bioativos e Sintéticos:

Essas estratégias oferecem esperança para pacientes com lesões nervosas, mas é importante consultar um profissional de saúde para avaliação e tratamento adequados.


Sarcolema ✅

 

Sarcolema ou Miolema é o nome que se dá à membrana plasmática das células do tecido muscular estriado. O sarcolema envolve o sarcoplasma, que é o citoplasma da célula muscular, e tem capacidade de estender-se. É um revestimento constituído por uma fina camada de material de polissacarídeo que contém numerosas fibras de colágeno finas. 

Em cada extremidade da fibra muscular, esta camada de superfície dos fusíveis sarcolema com uma fibra de tendão, e as fibras do tendão, por sua vez recolhem em feixes para formar os tendões musculares que, em seguida, inserir em ossos. A membrana é configurada para receber e conduzir estímulos.

Sarcolema – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

O sarcolema é uma estrutura única encontrada nas células musculares. Trata-se da membrana plasmática que envolve e protege o interior da célula muscular. Composto principalmente por fosfolipídios, proteínas e carboidratos, o sarcolema desempenha um papel fundamental na contração muscular, proteção da célula muscular e trocas de substâncias12. Em resumo, é a “capa” que mantém a célula muscular funcional e permite a comunicação com o ambiente externo. 🏋️‍♂️💪

O sarcolema está intimamente relacionado à contração muscular por meio de um processo chamado excitação-contração. Vou explicar brevemente:

  1. Excitação: Quando um impulso nervoso (estímulo) chega à fibra muscular, ele percorre o sarcolema. Isso ocorre porque o sarcolema contém canais iônicos chamados canais de sódio e canais de potássio, que permitem a entrada e saída de íons nessas células.

  2. Propagação do impulso: O impulso nervoso viaja pelo sarcolema e atinge as túbulos T (túbulos transversos), que são invaginações do sarcolema. Esses túbulos T permitem que o impulso alcance o interior da célula muscular.

  3. Liberação de cálcio: Os túbulos T estão próximos às vesículas de retículo sarcoplasmático (uma estrutura intracelular). Quando o impulso nervoso chega aos túbulos T, ele estimula a liberação de íons de cálcio dessas vesículas.

  4. Contração muscular: O cálcio liberado se liga a proteínas chamadas troponina e tropomiosina, que estão presentes no filamento fino (actina) do músculo. Isso permite que os filamentos de actina e miosina deslizem uns sobre os outros, resultando na contração muscular.

Em resumo, o sarcolema é essencial para a propagação do impulso nervoso, a liberação de cálcio e, finalmente, a contração das fibras musculares. 💪🏋️‍♂️ : Hall, J. E. (2015). Guyton and Hall Textbook of Medical Physiology (13th ed.). Elsevier. : Tortora, G. J., & Derrickson, B. (2017). Principles of Anatomy and Physiology (15th ed.). Wiley.

A miosina é uma molécula motora que trabalha em conjunto com a actina para gerar movimento nas células. Ela converte energia química (do trifosfato de adenosina, ATP) em energia mecânica, resultando em contrações musculares e outros movimentos celulares12. A miosina possui três regiões distintas: cabeça, pescoço e cauda. Ela literalmente “caminha” ao longo dos filamentos de actina, criando contrações e expansões nos músculos. Imagine quando você dobra o dedo ou o braço; esse movimento envolve a interação entre miosina e actina. Além disso, a miosina desempenha um papel crucial na divisão celular, ajudando a separar uma célula em duas1. 🏋️‍♂️💪

A liberação de cálcio é um processo crucial na contração muscular e ocorre principalmente no retículo sarcoplasmático, uma estrutura intracelular nas fibras musculares. Vamos dar uma olhada mais detalhada:

  1. Estímulo nervoso: Quando um impulso nervoso chega à fibra muscular, ele percorre o sarcolema (membrana plasmática da célula muscular) e atinge os túbulos T (túbulos transversos).

  2. Túbulos T e retículo sarcoplasmático: Os túbulos T estão próximos às vesículas do retículo sarcoplasmático. Essas vesículas armazenam íons de cálcio (Ca²⁺).

  3. Liberação de cálcio: O impulso nervoso estimula a liberação de íons de cálcio do retículo sarcoplasmático para o sarcoplasma (citoplasma da célula muscular).

  4. Interação com a troponina: O cálcio liberado se liga à troponina, uma proteína presente no filamento fino (actina) do músculo. Isso permite que a miosina (outra proteína) se ligue à actina.

  5. Contração muscular: A miosina “caminha” ao longo dos filamentos de actina, puxando-os e encurtando a fibra muscular. Esse processo resulta na contração muscular.

Em resumo, a liberação de cálcio desencadeia a série de eventos que leva à contração muscular. 💪🏋️‍♂️



Radicais livres ✅


Em Química, os radicais ou radicais livres são átomos ou moléculas que contêm um número impar de eletróns na sua última camada eletrônica e, devido a este não emparelhamento, são muito instáveis e têm alto poder reativo. Essas moléculas são liberadas pelo metabolismo do corpo com eletróns instaveis e reativos, podendo conferir doenças degenerativas de envelhecimento e morte celular.

Radical (química) – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

Os radicais livres são moléculas instáveis que surgem como resultado da queima de oxigênio pelas células. Essas moléculas possuem elétrons desemparelhados, tornando-as altamente reativas. Quando em excesso, os radicais livres podem reagir com proteínas, lipídios e DNA de células saudáveis, causando estresse oxidativo e danos celulares. Esse processo pode acelerar o envelhecimento do corpo e contribuir para o desenvolvimento de doenças como câncer, Alzheimer, Parkinson, diabetes e artrite12.

Para se proteger dos efeitos prejudiciais dos radicais livres, considere adotar as seguintes medidas:

  • Alimentação antioxidante: Consuma alimentos ricos em antioxidantes, como frutos vermelhos, frutas cítricas (laranja, acerola), vegetais (brócolis, beterraba) e frutos secos.
  • Protetor solar: Aplique protetor solar diariamente no rosto e corpo.
  • Evite exposição solar excessiva: Evite o sol entre as 11h e as 16h.
  • Atividade física regular: Pratique exercícios regularmente.
  • Evite fumar e consumo excessivo de álcool.
  • Reduza alimentos gordurosos e industrializados na dieta1. Lembre-se de que essas medidas contribuem para manter seu corpo mais jovem e saudável. 😊🌿

Os sintomas do estresse oxidativo podem variar, mas geralmente estão associados a danos celulares e inflamação crônica. Aqui estão alguns sinais que podem indicar estresse oxidativo:

  1. Envelhecimento precoce: Rugas, manchas na pele e perda de elasticidade podem ser sinais de danos causados pelos radicais livres.
  2. Fadiga e falta de energia: O estresse oxidativo pode afetar a produção de energia nas células.
  3. Doenças crônicas: O estresse oxidativo está relacionado a condições como câncer, doenças cardíacas, diabetes e doenças neurodegenerativas.
  4. Inflamação persistente: Radicais livres podem desencadear respostas inflamatórias.
  5. Problemas de visão: Catarata e degeneração macular podem ser agravadas pelo estresse oxidativo.
  6. Dor nas articulações: Danos às células das articulações podem causar inflamação e dor.
  7. Problemas cognitivos: Estresse oxidativo pode contribuir para declínio cognitivo e doenças como Alzheimer e Parkinson.

Lembre-se de que esses sintomas podem ser causados por outros fatores também, então é importante consultar um profissional de saúde para avaliação adequada. 😊🌿

Os antioxidantes são substâncias que desempenham um papel crucial no combate aos radicais livres. Vamos entender como eles atuam:

  1. Formação dos radicais livres: Essas moléculas instáveis surgem naturalmente no corpo durante processos metabólicos e também devido a fatores externos, como exposição solar, poluição e estresse.

  2. Ação prejudicial dos radicais livres: Os radicais livres possuem elétrons desemparelhados e, para se estabilizarem, atacam células saudáveis, causando danos celulares, envelhecimento precoce e doenças crônicas.

  3. Papel dos antioxidantes:

    • Neutralização: Os antioxidantes doam elétrons aos radicais livres, tornando-os estáveis e impedindo que causem danos.
    • Alimentação rica: Consumir frutas, verduras e legumes fornece antioxidantes essenciais, como vitaminas C e E, selênio e carotenoides.
    • Defesa contra estresse oxidativo: Os antioxidantes ajudam a prevenir o estresse oxidativo, protegendo nosso corpo.

Portanto, incluir alimentos antioxidantes em nossa dieta é fundamental para manter a saúde e combater os efeitos nocivos dos radicais livres! 🌿🍎🥦 1234

Radiação não ionizante ✅

 


Radiações não ionizantes são as radiações cuja energia é insuficiente para ionizar átomos ou moléculas, ou seja, possuem energia inferior a 10 ou 12 eV.

Portanto, a radiação não ionizante refere-se à radiação eletromagnética que possui comprimento de onda maior que 100 nm (ou ainda, com frequências menores que 3x1015Hz), abrangendo o todo o espectro eletromagnético com frequências iguais ou inferiores às do ultravioleta próximo, vide a figura 1.

Radiação não ionizante – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

As radiações não ionizantes são aquelas cuja energia não é suficiente para ionizar átomos ou moléculas. Isso significa que elas possuem energia inferior a 10 ou 12 eV1. Essas radiações se propagam através de ondas eletromagnéticas e podem ser provenientes de fontes naturais e não naturais2.

Diferentemente das radiações ionizantes, que têm energia suficiente para remover elétrons de sua órbita e ionizar átomos, as radiações não ionizantes não conseguem fazer isso. Elas apenas causam excitação eletrônica nos átomos e moléculas, fazendo com que os elétrons absorvam energia e ocupem orbitais mais externos, sem serem arrancados do átomo3.

Alguns exemplos de radiações não ionizantes incluem:

Essas radiações são comuns em várias atividades, e entender seus riscos é fundamental para a saúde ocupacional e ambiental3. Se você tiver mais perguntas ou precisar de informações adicionais, estou à disposição! 😊

Os riscos à saúde associados às radiações não ionizantes variam dependendo do tipo de radiação e da exposição. Vou destacar alguns pontos relevantes:

  1. Aquecimento: A exposição prolongada a radiações não ionizantes, como micro-ondas e radiofrequência, pode causar aquecimento nos tecidos biológicos. Isso é especialmente relevante em ambientes de trabalho onde há exposição frequente, como em operadores de fornos de micro-ondas ou trabalhadores de telecomunicações.

  2. Efeitos térmicos: O aquecimento excessivo pode levar a efeitos térmicos, como queimaduras ou danos aos tecidos. No entanto, os níveis de exposição típicos em ambientes cotidianos geralmente não são suficientes para causar danos significativos.

  3. Laser: O uso inadequado de lasers pode resultar em danos oculares, como queimaduras na retina. É importante seguir as diretrizes de segurança ao lidar com lasers.

  4. Exposição ocupacional: Profissionais que trabalham com equipamentos de radiofrequência, micro-ondas ou lasers devem seguir práticas seguras e limitar a exposição. Isso inclui técnicos de telecomunicações, cirurgiões a laser e operadores de fornos de micro-ondas.

  5. Exposição ambiental: A exposição ambiental a radiações não ionizantes, como campos eletromagnéticos de linhas de energia ou dispositivos eletrônicos, é geralmente considerada segura. No entanto, pesquisas continuam para avaliar possíveis efeitos a longo prazo.

Em geral, os riscos à saúde são baixos para a maioria das pessoas, desde que sejam seguidas as diretrizes de segurança e os limites de exposição estabelecidos pelas agências reguladoras. Se você tiver preocupações específicas ou precisar de mais informações, consulte um profissional de saúde ou segurança ocupacional. 😊

Os limites de exposição recomendados para diferentes tipos de radiação não ionizante variam de acordo com a frequência e o tipo de radiação. Aqui estão algumas referências relevantes:

  1. Radiofrequência (RF): A Comissão Internacional de Proteção Contra Radiação Não Ionizante (ICNIRP) recomenda limites para exposição à RF na faixa de 100 kHz a 300 GHz. Esses limites são baseados no aquecimento térmico e não apresentam evidências conclusivas de efeitos adversos à saúde abaixo desses níveis térmicos1.

  2. Campos de frequência extremamente baixa (ELF): Os trabalhadores que lidam com sistemas elétricos de alta potência, como geradores ou cabos de força, devem seguir as normas estabelecidas para evitar exposição excessiva. Soldadores e eletricistas são os mais afetados1.

  3. Luz visível: Não há limites específicos para a luz visível, pois ela não causa ionização. No entanto, proteção ocular adequada é essencial ao lidar com lasers.

  4. Radiação infravermelha: A exposição à radiação infravermelha está relacionada ao calor gerado pela movimentação atômica e molecular. Limites específicos não são comuns, mas práticas seguras devem ser seguidas.

Lembrando que a exposição crônica à radiação não ionizante pode aumentar o risco de câncer, especialmente em crianças e adultos. Consultar as diretrizes específicas de cada órgão regulador é fundamental para garantir a segurança1. 😊