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terça-feira, 5 de março de 2024

Eleições

 


Eleições

Tempo é tão importante, decisão do que realizar no tempo também é importante. Perceber como e quando agir é o caminho. #Eternidade_1

05/03/2024

Levante a mão quem apoia?

Saber exatamente quem expressa a opinião é dever de quem está servindo.

Algumas mudanças no sistema de votação eleitoral, vão deixar a votação transparente para qualquer cidadão.

Primeiro o voto não deve ser secreto e deve ser publicada uma lista contendo informações sobre cada pessoa e seu respectivo voto para consulta pública.

Logo, temos o problema do imperialismo, onde a maioria das pessoas são influenciadas por outras para ir a um caminho, permanecendo o mesmo líder por anos.

É natural, um homem ter vontade de marcar seu nome na história, utilizando meios militares para tal.

Plantar significa dar vida a um longo processo ate colher o fruto, existe todo um cuidado pela manutenção da vida que cresce.

Dominar outros territórios, assim como as raízes das plantas fazem com o solo.

Questionamentos sempre acontecerão, o motivo por ter votado no candidato azul ao invés vermelho. A resposta é não dever satisfação aos gostos pessoais.

Mesmo assim, o sistema deve revelar cada pessoa e cada voto participante, evita fraudes na eleição e mostra a disciplina de um povo ao escolher seu representante.

O anonimato do voto pode ser facilmente manipulado, gerando questionamentos sobre o real eleito pela maioria votante.

Você pode imaginar as eleições um grande circo ou um evento de mentiras, entretanto ainda há a fé e um juramento para com a civilização.

O povo sabe o que realmente é o melhor?

Imagine situações onde o povo pode errar ou ser influenciado pela maioria. Por exemplo na escolha de condenar um homem e libertar outro. Ou Ir todos para um lada de um navio desequilibrando e afundando no mar.  

A transferência de responsabilidade de um líder para o povo pode ser muito cruel. Por exemplo, decidir por meio de uma eleição o uso de armas nucleares.

Uma resposta positiva condena toda uma nação ao invés do líder, punir uma civilização é algo trágico para a humanidade.

Saber quem votou em você permite um vinculo de confiança, afinal quem votou tem no mínimo afeição por você. Neste contexto, você pode explorar as possibilidades de uma campanha familiar na vida do sujeito.

Um membro de uma família votando, significa a possibilidade de que a família inteira vote.

A felicidade garante retribuição, deixar as pessoas felizes através de qualidade de vida é um passo para a vitória.

A gentileza reflete o caráter nas criticas em decisões erradas ou pouco assertivas.

Ouvir a opinião das pessoas mesmo que seja dura, como engolir sapos, permite maturidade.

No futuro, quando a maioria amar ao líder, no sistema atual um presidente, será muito difícil uma oposição vencer uma eleição.

Neste caso regras podem ser facilmente implementadas, com por exemplo, proibir mandatos consecutivos.

O voto não secreto, quebra o oculto e joga luz na escuridão do sistema de votação.

Pessoas ainda podem mentir, dizer que vão votar no vermelho e quando chegar a hora votar no azul, isso apenas colocará dificuldade nas pesquisas de votação.

Em um pequeno grupo onde uma decisão difícil deve ser tomada, cada membro compartilha o mesmo sentimento de responsabilidade, a maioria vence.

 

 

#Velocidade

#Plante

#Felicidade

#Gentileza

 

Mestre da Guerra – A tropa

 



Mestre da Guerra – A tropa

Uma tropa motivada mantém o espírito combatente, nunca desiste de concluir sua missão.

 

Soldado

Servir em um exército dá a você uma certeza, de que vai morrer, seja em combate protegendo instalações militares ou em campo de batalha protegendo sua unidade.

Essa certeza de morte, vai além e interage no seu corpo físico, mantendo uma postura de combatente, as outras pessoas, como civis percebem essa postura de militar.

A postura é o que te mantém vivo, a base para realizar manobras, a mais básica é o sentido em que você pode encher seus pulmões de ar e ter fôlego para descarregar sua adrenalina.

Quando estiver em tempo ocioso uma leitura ajuda sua mente a distrair da realidade, na minha época de soldado gostava de ler revistas de armas assim como jornais.

Perceba que você deve conhecer o regulamento militar, e todo conteúdo sobre guerras e armas, esse conhecimento especializado dará a vantagem necessária no campo de batalha proporcionando meios para evitar ser surpreendido com o arsenal inimigo.

Espião

Acredito que é bem difícil passar como espião nesse tempo tecnológico, entretanto o mundo assiste as guerras, são noticiadas, e uma importante camuflagem para um espião está no jornalismo.

Essa lacuna de transmitir informações é a porta ideal para a invisibilidade, proporcionando segura a seu espião.

Um espião não é muito confiável, ele faz o que tem pra fazer para se manter vivo, e a convivência com o inimigo pode transformar a mente do aliado em um inimigo.

A tecnologia é a melhor arma de um espião, é como ser um 007, James Bond, um personagem de ficção, sem todo o luxo ou mulheres, afinal, isso causa exposição ao disfarce.

O Franco Atirador

Ouvi dizer que um desses pode parar uma tropa em deslocamento, cada disparo é preciso e mortal. Um alvo parado é ideal para o abate, uma conversa pode ser a chance perfeita para que um tiro leve dois coelhos.

Atirar é a sua especialização, errar não é aceitável, pessoas contam com você, desperdício de munição é atirar em alvos que não estão vivos, antecipação de posicionamento e tempo do projetil para eliminar alvos em movimento.

Uma pessoa caminhando pode ter o deslocamento de 1 metro, uma pessoa correndo pode deslocar 4 metros por segundo ou mais, dependendo envergadura das pernas do alvo e da carga que estiver carregando.

O tempo do projetil vai variar com a distância, é um padrão não muda muito, a trajetória é influenciada pelo vento, em geral algum decaimento na linha de disparo.

A compensação do vento com a antecipação faz com que o disparo seja uma curva, curvar balas é como água.

O planeta ajuda você a perceber essa rotação, o sol nasce no Leste e se põe no Oeste. Vai da direita para esquerda, um leve balanço entre norte e sul, levantando para o norte, cima, sentirá a gravidade.

Não adianta saber dessas coisas se seu atirador não consegue atirar, identificar alvos e fazer uma análise emocional. Como atirar em mulheres e crianças.

Crianças podem matar como qualquer outro soldado, em alguns lugares do mundo são as bases de milícias e tropas. Então coloque a frase, lugar errado e dia ruim.

O Herói de Guerra

Sobreviver a uma batalha já proporciona histórias, um exemplo vivo a ser seguido. A idade pode pesar seu corpo não é como antes, mas seus membros, braços, pernas se estendem nas pessoas.

Importante manter a calma, pessoas vão querer atitudes de outra hora, de um passado que não existe no presente, use de silencio, faça o som se moldar a seu redor, pense e conduza para a direção.

Seu gosto é encantador, selvageria e brutalidade, mente perversa que causa medo nos próprios aliados, é como querer arrancar orelhas, escalpos, dentes entre outras partes de suas vítimas.

Nesse horror você existirá, conduzindo jovens a um destino ainda pior, traze-los de volta para casa, para a sociedade, para a civilização, assim, poderão ser Heróis.

O Piloto

Seja em uma aeronave, tanque ou veículos terrestres, a velocidade com que executa os movimentos de pilotagem é o fator de sobrevivência.

Não seja um alvo estático, se for ficar inerte tenha uma excelente camuflagem. Dirigir está relacionado com as horas que pode ficar sem dormir, na resistência do corpo ao ficar relaxado na mesma posição.

É uma obrigação saber de todas as funcionalidades do transporte que está operando, assim terá vantagem ao analisar as capacidades do armamento inimigo.

Saber os limites de sua máquina. É como uma corrida, você não estará sozinho na pista, principalmente se operar tanques, onde o disparo lateral balançar o veiculo outro tanque servirá de apoio. 

Líder

Motivar a diferença religiosa para incitar o combate e a guerra, eu entendo, quando jovem já fui assim, minha igreja era melhor que as outras e existia um preconceito e repulsa pelas outras igrejas.

Levantar bandeiras é melhor e mais humano, uma hora poderá levantar uma bandeira branca e conquistar a paz. O Deus do universo é único, independente do nome que você possa utilizar, estamos todos ligados a essa condição, tudo é para o criador de todas as coisas.

Um líder deve saber ser o mestre das marionetes, certa vez em um trabalho, mandei um companheiro de serviço executar uma tarefa, e ele disse não, eu fui surpreendido com a resposta, normalmente as pessoas fazem e aceitam o comando, independente disso, eu mesmo tive de fazer a tarefa e fiquei refletindo sobre essa ocasião.

Por mais simples que fosse a tarefa ou por mais estranho que possa ter sido a minha fala, ele não tinha a obrigação de fazer, não me devia nada, eu não era seu chefe, entretanto, e se fosse ao contrário?

Se eu fosse o chefe e se ele tivesse a obrigação de executar os comandos, seria uma surpresa se ele se recusa a cumpri-las, ou seria uma surpresa se ele cumprisse a tarefa mesmo que suicida.

Questionar o motivo pela desobediência pode lhe dar o conhecimento necessário da energia do ambiente, seja ideologias ou mesmo condições físicas.

É um problema lidar com o emocional das pessoas, quanto maior a massa mais difícil é a decisão a ser tomada, comandar um grupo de pessoas, comandar uma região, comandar um país ou comandar o mundo todo.

Sempre haverá coisas ou situações que você não concorda, mas aceitará pelo bem maior, como por exemplo, aceitar sacrifícios humanos nas guerras para melhorar o sistema de defesa bélico.

É impressionante a tentativa, mesmo que com chance pequena de sucesso de realizar uma defesa contra um meteoro, eu acredito na força de evolução das tentativas, algo como criar um carro blindado e estilhaçar o vidro quando você arremessar uma pedra.

Ataque

Muitas batalhas se resolvem com apenas um ataque, principalmente aquele que assusta visualmente.

Tenha certeza de usar tudo de melhor disponível, sinta realmente a perda frustrante ou a vitória prevista.

Continuar uma investida significa não se preocupar com as costas, afinal há outros soldados na retaguarda.

Sendo assim o inimigo pode presenciar o desfile de suas tropas atravessando a linha inimiga, estará sujeito a rendição ou a morte, será difícil uma escapada sem ser alvejado.

 

 

#Vitória

#Mestre

#Ataque

#Tropa

 

 

Ácido graxo

 


Ácido graxo

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

 Ácidos graxos (português brasileiro) ou ácidos gordos (português europeu) são ácidos monocarboxílicos de cadeia normal que apresentam o grupo carboxila (–COOH) ligado a uma longa cadeia alquílica, saturada ou insaturada.

Como nas células vivas dos animais e vegetais os ácidos graxos são produzidos a partir da combinação de acetilcoenzima A, nas estruturas destas moléculas, geralmente, contêm número par de átomos de carbono. Mas existem também ácidos graxos ímpares, apesar de mais raros.

Na natureza a maior ocorrência é de ácidos graxos com cadeia de números pares de átomos de carbono, de 4 a 28.

(figura 1)


Tipos

Saturados

As cadeias dos ácidos saturados são flexíveis e distendidas podendo associar-se extensamente uma com a outra através de interação hidrofóbica.

A maioria dos ácidos graxos tem um nome usual associado a sua origem e/ou função. Na lista a seguir encontram-se tanto o nome usual quanto o oficial.

Tabela

(figura 2)


(figura 3)


Insaturados

Existem várias formas de descrever onde (e como) as ligações duplas se encontram na molécula. Uma forma concisa mas ambígua é Cn:m, em que n é o número de carbonos, e m é o número de ligações duplas. Outras formas:

(Figura 4)


Propriedades químicas

 

Os ácidos graxos possuem reações semelhantes aos demais ácidos carboxílicos:

Salificação: Reagem com bases formando sais orgânicos.

Esterificação: reagem com álcoois produzindo ésteres.

Ocorrência

 

Os ácidos graxos insaturados são mais comumente encontrados na gordura vegetal, enquanto os saturados são mais encontrados em gordura animal.

São encontrados em materiais elaborados pelos organismos, denominados lipídeos. Os lipídeos são ésteres combinados ou não a outros tipos de moléculas.

Derivados

Lipídeos: glicerídeos, cerídeos, fosfatídeos, cerebrosídios, esfingolipídios, fosfolipídios Óleos: gorduras, sabões, detergentes, xampus, ceras, margarinas Ésteres: flavorizantes, sais orgânicos.

Síntese de ácido graxo

 

As vias para a síntese do lipídio são endergônicas (quando é necessário a adição de uma energia a partir de uma fonte externa, a absorvendo) e de caráter redutor, pois utiliza o NADH, um transportador de elétrons reduzidos, como fonte redutora.

A síntese de ácido graxo (em mamíferos) ocorre no fígado. Cabe lembrar que a síntese de ácido graxo e a suas oxidações ocorrem em "compartimentos" diferentes; a síntese de ácido graxo ocorre no citosol.

Primeiramente, o ácido graxo sintase precisa conter malonil e acetil que são provenientes respectivamente do malonil-CoA e acetil-CoA.

Então carregados com os grupos, são iniciadas as reações que dão origem a cadeira de ácido graxo com as seguintes etapas: Condensação, Redução, Desidratação e Redução de dupla ligação.

Condensação: Onde ocorre a formação de acetoacetil-ACP a partir do malonil e acetil. Logo em seguida, ocorre a transferência de 2 carbonos de malonil para o acetil onde há formação de ceto-acil-ACP.

Redução: Redução de acetoacetil e formação de D-ß-hidroxibutiril-ACP. Nessa etapa é utilizado NADPH.

Desidratação: Eliminação de H2O do D-ß-hidroxibutiril-ACP e liberação de ''transΔ²butenoil-ACP'

Redução de dupla ligação: A dupla ligação de transΔ²butenoil-ACP é reduzida e ocorre formação de 4 átomos de carbono saturados.

Assim o ciclo segue, tendo no final, a sua cadeia aumentada em 2 átomos de carbono e volta para o início, onde o malonil é ligado ao grupo -SH vazio da fosfopantoteína da ACP. Quando a cadeia atingir 16C é finalizada.

Ativação e transporte para dentro da mitocôndria

 

As enzimas que realizam a oxidação de ácidos graxos nas células animais estão presentes na matriz mitocondrial, sendo então necessária a entrada dos mesmos na mitocôndria.

Ácidos graxos com comprimento de cadeia de 12 carbonos ou menos podem adentrar na mitocôndria sem o auxílio de transportadores de membrana, enquanto aqueles com 14 carbonos ou mais não conseguem passar livremente através das membranas mitocondriais. Por esta razão, ácidos graxos de cadeia longa necessitam passar por 3 reações enzimáticas que ocorrem no ciclo da carnitina:

A primeira reação ocorre por ação das isoenzimas acil-CoA-sintetases que catalisam a reação:

Ácido graxo + CoA + ATP acil-CoA graxo + AMP + 2 P

Um acil-CoA-graxo é formado através da catálise de uma ligação tioéster entre o grupo carboxil do ácido graxo e o grupo tiol da coenzima A.

Esta reação ocorre em duas etapas, envolvendo um intermediário acil-graxo-adenilato. O íon carboxilato é adenilado pelo ATP, formando um acil-adenilato-graxo e PPi. O PPi é hidrolisado a duas moléculas de Pi.

O grupo tiol da coenzima A ataca o acil-adenilato (anidrido misto) deslocando o AMP e formando o tio éster acil-CoA-graxo.

A segunda reação do ciclo envolve os ácidos graxos destinados à oxidação mitocondrial que estão transitoriamente ligados ao grupo hidroxil da carnitina e que formarão acil-carnitina-graxo. A transesterificação dos ésteres de acil-CoA graxo para carnitina é catalisada pela carnitina aciltransferase I.

Após a formação da acil-carnitina-graxo na membrana externa ou no espaço intramembrana, ela se desloca para a matriz por difusão facilitada através de um transportador na membrana interna.

O terceiro e último passo envolve a transferência do grupo acil-graxo da carnitina para a coenzima A intramitocondrial através da carnitina-aciltransferase II. Essa mesma isoenzima regenera o acil-CoA graxo e o libera juntamente com a carnitina livre, que irá então retornar ao espaço intramembrana pelo mesmo transportador.

Dois reservatórios de coenzima A e acil-CoA graxo são ligados por este processo de transferência de ácidos graxos: um localizado no citosol e outro na mitocôndria.

O primeiro é utilizado na degradação oxidativa do piruvato, de ácidos graxos e alguns aminoácidos, enquanto o segundo atua na biossíntese de ácidos graxos.

O acil-CoA graxo no reservatório citosólico pode ser utilizado na síntese de lipídeos de membrana ou ser transportado para dentro da matriz mitocondrial para oxidação e produção de ATP.

A conversão ao éster de carnitina compromete a porção acil-graxo com destino oxidativo. O processo de entrada mediado por canitina é o passo limitante para oxidação de ácidos graxos na mitocôndria, sendo um ponto de regulação.

 

Ver mais

Monocarboxílicos

Alquílica

Acetilcoenzima

Fosfatídeos

Cerebrosídios

malonil-CoA

acetil-CoA

acetoacetil-ACP

ceto-acil-ACP

acetoacetil

D-ß-hidroxibutiril-ACP

transΔ²butenoil-ACP

fosfopantoteína

carnitina

acil-CoA-sintetases

tioéster

carboxil

Referências

1.       IUPAC Compendium of Chemical Terminology (http://goldbook.iupac.org/F02330.html) (em inglês) 2ª ed. [S.l.]: International Union of Pure and Applied Chemistry. 1997. ISBN 0-521- 51150-X. Consultado em 17 de junho de 2013

2.       do latim caper (https://la.wiktionary.org/wiki/caper), cabra

3.       do latim palma (https://la.wiktionary.org/wiki/palma), palmeira

4.       o grego stear, sebo

5.       Voet,Donald; Voet,Judith G. :. Bioquímica - 4ª Ed. 2013

6.       Harvey A. R; Ferrier R. D. :. Bioquimica ilustrada 5ª Ed. 2012

7.       Galante F.; Araújo F. M. :. Fundamentos de Bioquímica 2ª Ed. 2014

Ligações externas

IUPAC Compendium of Chemical Terminology, Electronic version, definição de ácido graxo. Disponível em: . Acesso em: 20 mar. 2007.

Ácidos graxos aceleram desenvolvimento (https://web.archive.org/web/20080326221712/http:// jbonline.terra.com.br/extra/2007/03/12/e120322034.html)

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Eternidade 1 – Fatos 2020 e 2021.

Capítulo 27: Processo de Preservação do corpo.

Ácido graxo

Madeira

 


Madeira

 

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A madeira é um material produzido a partir do tecido formado pelas plantas lenhosas com funções de sustentação mecânica.

Sendo um material naturalmente resistente e relativamente leve, é frequentemente utilizado para fins estruturais e de sustentação de construções.

É um material orgânico, sólido, de composição complexa, onde predominam as fibras de celulose e hemicelulose unidas por lenhina.

(Figura 1)


Caracteriza-se por absorver facilmente água (higroscopia) e por apresentar propriedades físicas diferentes consoante a orientação espacial (ortotropia).

As plantas que produzem madeira (árvores) são perenes e lenhosas, caracterizadas pela presença de caules de grandes dimensões, em geral denominados troncos, que crescem em diâmetro ano após ano.

Pela sua disponibilidade e características, a madeira foi um dos primeiros materiais a ser utilizado pela humanidade, mantendo, apesar do aparecimento dos materiais sintéticos, uma imensidade de usos diretos e servindo de matéria-prima para múltiplos outros produtos.

É também uma importante fonte de energia, sendo utilizada como lenha para cozinhar e outros usos domésticos numa parte importante do mundo.

(Figura 2)


A sua utilização para a produção de polpa está na origem da indústria papeleira e de algumas indústrias químicas nas quais é utilizada como fonte de diversos compostos orgânicos.

A sua utilização na indústria de marcenaria para fabricação de móveis é uma das mais expandidas, o mesmo acontecendo na sua utilização em carpintaria para construção de diversas estruturas, incluindo navios.

A madeira é um dos materiais mais utilizados em arquitetura e engenharia civil.

A indústria florestal ocupa vastas áreas da Terra e a exploração de madeira em florestas naturais continua a ser uma das principais causas de desflorestação e de perda de habitat para múltiplas espécies, ameaçando severamente a biodiversidade a nível planetário.

Estrutura e características da madeira

As árvores crescem em média cerca de 12 cm por ano, assim a madeira é um produto gerado de forma lenta, num processo que em geral dura dezenas ou centenas de anos.

Sendo a madeira um produto da fisiologia vegetal, tem uma estrutura complexa, composta a partir da estrutura celular da planta que lhe deu origem, do que resulta uma diferenciação radial e longitudinal das suas características físicas e químicas, originando as seguintes partes bem diferenciadas: (1) medula; (2) cerne; (3) borne ou alburno; (4) nós. Na planta viva esta estrutura, recoberta exteriormente pelo súber e respectivo ritidoma (a casca), forma o tronco da árvore.

(Figura 3)


Assim, um corte transversal num tronco de árvore, permite observar que este é formado por vários anéis circulares concêntricos, que correspondem ao crescimento da árvore e que organizam a sua estrutura:

1. Casca: a parte exterior ao câmbio vascular;

1. Periderme: tecidos originados do câmbio cortical, responsáveis pela proteção do tronco;

1. Súber (ou felema, cortiça): porção externa da periderme, inclui o ritidoma;

2. Câmbio cortical (felogênio);

3. Feloderme: porção interna da periderme;

2. Floema (líber): tecidos superficiais do tronco, responsáveis pelo transporte de seiva;

2. Câmbio vascular: origina o floema e xilema secundários;

3. Xilema (lenho): é a parte do tronco de onde se extrai a madeira, compreendida entre a casca e a medula, e divide-se em duas zonas;

1. Alburno (borne): a zona mais clara, localizada mais externamente, que transporta a seiva bruta das raízes para as folhas;

2. Cerne (durâmen): a parte mais escura da madeira e que lhe dá mais resistência;

4. Medula: corresponde ao tecido mole e esponjoso na parte central do tronco, vestígio do meristema apical do ramo.

 

Alburno (ou borne)

O alburno, ou borne, é a porção viva do xilema ao longo da qual se processa a circulação de água e de nutrientes entre a raiz e a os tecidos ativos da planta.

 Sendo células vivas e com funções essencialmente de condução, quase sempre o exame do corte de um tronco revela o alburno como uma zona de coloração mais clara rodeando a porção interior de cor mais escura (o cerne).

Em geral a distinção da cor é nítida, mas noutras o contraste é ligeiro, de modo que não é sempre fácil dizer onde uma camada acaba e a outra começa.

A cor do borne fresco é sempre clara, às vezes quase branca, embora seja frequente um tom amarelado ou acastanhado.

(Figura 4)


O borne é formado por madeira comparativamente nova, compreendendo as células vivas da árvore em crescimento.

Toda a madeira é primeiro formada como borne e só depois evolui para cerne. Na planta viva, as principais funções do borne são conduzir a água da raiz até às folhas, armazená-la e devolvê-la de acordo com a estação do ano e as necessidades hídricas da planta.

Quanto mais folhas uma árvore suportar, mais vigoroso é o seu crescimento e maior o volume de borne necessário.

As árvores crescem mais rapidamente em locais arejados e luminosos, livres do sombreamento e da competição de outras árvores, pelo que o seu borne é mais espesso, para um dado tamanho, do que, na mesma espécie, quando crescem em floresta densa.

As árvores que crescem em clareiras podem atingir um tamanho considerável, por vezes com 30 cm ou mais de diâmetro, antes que algum cerne se comece a formar. Um exemplo deste tipo de desenvolvimento ocorre no segundo-crescimento da nogueira e no crescimento-aberto dos pinheiros.

Pelo contrário, algumas espécies começam a formar cerne muito cedo e têm apenas uma fina camada de borne vivo, enquanto que noutras a mudança ocorre lentamente. O borne fino é uma característica de árvores como castanho, robínia, amoreira, laranjeira-dos-osage e sassafrás. Em árvores como ácer, freixo, nogueira, ulmeiro, faia e pinho, o borne espesso é a regra.

Não há uma relação definida entre os anéis anuais de crescimento e a quantidade de borne. Dentro das mesmas espécies, a área inter-seccional do borne é mais ou menos proporcional ao tamanho da copa da árvore.

Em consequência, se os anéis são estreitos, para uma mesma dimensão necessário uma maior quantidade de anéis do que quando eles são largos.

À medida que as árvores crescem, o borne tem necessariamente de se tornar mais fino ou aumentar em volume. O borne é mais espesso na porção superior do tronco da árvore do que perto da base, porque a idade e o diâmetro das secções superiores são menores.

Quando a árvore é muito jovem está coberta com ramos, cuja inserção por vezes vai até ao chão, mas à medida que envelhece alguns ou todos irão eventualmente morrer e serão partidos.

O crescimento subsequente da madeira pode esconder completamente as marcas deixadas pela inserção dos ramos, as quais contudo permanecerão como nós. Não importa quão suave e limpo um tronco seja no seu exterior, pois será mais ou menos nodoso perto do seu centro.

Daí resulta que o borne de uma árvore velha, e particularmente de uma árvore de floresta, estará mais livre de nós do que o cerne. Como na maior parte dos usos da madeira, os nós são considerados defeitos que a enfraquecem e interferem com o seu uso, está menor presença de nós leva a que o borne, por causa da sua posição na árvore, tenha algumas vantagens sobre o cerne.

Note-se que o cerne de árvores antigas pode permanecer tão são como o borne, atingindo em muitos casos centenas de anos e nalguns casos milhares de anos.

Cada ramo ou raiz partida, cada ferida profunda no tronco resultante do fogo, da ação dos insetos ou de madeira caída, resulta em danos no borne que contribuem para o seu declínio, que, uma vez iniciado, pode penetrar em todas as partes do tronco. Existem muitos insetos cujas larvas atacam as árvores, escavando túneis que permanecem indefinidamente como fontes de fraqueza.

Se uma árvore crescer toda a sua vida ao ar livre e as condições do solo e local permaneçam imutáveis, ela fará o crescimento mais rápido na sua juventude, e gradualmente declinará. Os anéis anuais de crescimento são nos anos iniciais bastante largos, mas tornam-se progressivamente mais estreitos. Visto que cada anel sucessivo é depositado no exterior da madeira previamente formada, sucede que a menos que a árvore aumente a sua produção de madeira de ano para ano, os anéis devem necessariamente tornar-se mais finos à medida que o tronco se torna mais largo.

Por outro lado, quando a árvore atinge a maturidade, a copa torna-se mais aberta e a produção anual de madeira escasseia, reduzindo por isso ainda mais a largura dos anéis anuais de crescimento.

No caso de árvores crescidas em floresta, a taxa de crescimento depende da concorrência com as outras árvores, na competição pela luz e nutrientes, podendo alternar períodos de crescimento lento com períodos de crescimento rápido.

Algumas árvores, tais como carvalhos, mantêm a mesma largura dos anéis por centenas de anos. Contudo, como regra geral, à medida que uma árvore se torna maior em diâmetro, a largura dos anéis anuais decresce.

Pode haver diferenças notórias no grão do cerne e borne cortados duma árvore grande, particularmente de árvores maduras, cujo crescimento tenha diminuído devido à idade.

Em algumas árvores, a madeira depositada mais tardiamente na árvore é mais suave, mais clara, mais fraca, e de textura mais uniforme de que a produzida na fase de juventude. Noutras espécies, o contrário aplica-se.

Num tronco de grandes dimensões, o borne, devido ao tempo de vida em que a árvore cresceu, pode ser inferior em dureza e força e ser semelhante ao cerne do mesmo tronco.

Cerne

O cerne (palavra que tem a mesma origem etimológica que núcleo), durâmen ou durame é a designação dada à parte do xilema do tronco que já não participa ativamente na condução de água, assumindo uma função essencialmente de suporte mecânico da estrutura da planta.

A distinção entre cerne e alburno (a parte vascularmente ativa do xilema) é clara na maior parte das espécies, já que em corte os troncos apresentam uma porção mais escura de madeira no centro e uma porção mais clara na parte externa.

A primeira corresponde ao cerne e a segunda ao alburno. Contudo, nem sempre esta diferença é facilmente percebida, pois a mudança de cor pode ser gradual e pouco marcada.

O cerne é constituído por células mortas, formando uma estrutura mais ou menos enrijecida de suporte, em torno da qual o alburno se vai progressivamente formando. À medida que as células do alburno decaem e morrem, vão sendo incorporadas no cerne, o qual vai assim crescendo radialmente, acompanhado a expansão do xilema.

Embora possa, dadas as suas características higroscópicas, funcionar como um importante reservatório de água para a planta, o cerne é na sua essência uma estrutura de suporte, não sendo vital para a sobrevivência da árvore.

Não são raras as espécies em que é comum o apodrecimento e por vezes a total destruição do cerne, sem que tal determine a morte ou mesmo a redução da vitalidade da planta.

Algumas espécies começam a formar cerne muito cedo e têm apenas uma fina camada de borne vivo, enquanto que noutras a mudança ocorre lentamente, mantendo um tronco que é essencialmente composto por borne.

Em termos de determinação da qualidade da madeira e dos seus usos, a dimensão e características do cerne são determinantes, sendo este em geral valorizado pela sua dureza e resistência ao ataque por insetos.

A madeira de cerne é em geral preferida para usos em que se requeira durabilidade e resistência mecânica.

Medula

A medula é o vestígio deixado no centro do tronco pela estrutura apical a partir da qual se desenvolveu o tronco da planta.

É em geral uma fina estrutura (de alguns milímetros de diâmetro), quase sempre mais escura do que o material que a rodeia e sem qualquer importância para a determinação da qualidade ou usos da madeira. Forma-se a partir das células que constituíram a zona de crescimento inicial do rebento que deu origem ao tronco e em torno das quais se formaram as camadas de células que constituem a madeira.

A sua posição marca o centro de crescimento a partir do qual se gerou o engrossamento da árvore.

Como seria de esperar, as células que constituíram a medula são progressivamente mais jovens à medida que se sobe ao longo do tronco. Nas árvores em crescimento, a medula desemboca na estrutura meristemática ativa do meristema apical, a partir da qual o crescimento do tronco produz o seu alongamento em altura.

Nós

Os nós são porções de ramos incluídos no tronco da planta ou ramo principal.

Os ramos originam-se, em regra, a partir do eixo central do caule de uma planta (a medula) e, enquanto vivos, tal como o tronco, aumentam em tamanho com a adição anual de camadas lenhosas.

A porção incluída é irregularmente cónica, com a ponta na medula. A direção das fibras forma ângulos retos ou oblíquos a grã do caule, produzindo um cruzamento de grãs.

(Figura 5)


Durante o desenvolvimento da árvore, a maioria dos ramos, especialmente os mais baixos, morrem, mas continuam presos à árvore por algum tempo, muitas vezes por anos.

As camadas de crescimento posteriores deixam de ser incluídas no ramo (agora morto), mas são depositados ao redor dele.

Assim os troços de inserção dos ramos mortos dão origem aos nós, que são apenas o conteúdo de um furo preenchido com material oriundo do troço do ramo incluído, e podem soltar-se facilmente quando a madeira é serrada ou seca.

 Para os diferentes fins de uso da madeira, os nós são classificados de acordo com a forma, tamanho, sanidade e firmeza com que estão presos ao caule.

Os nós afetam a resistência da madeira a rachas e quebras, assim como sua maneabilidade e flexibilidade. Esses defeitos enfraquecem a madeira e afetam diretamente seu valor, principalmente para o uso em estruturas, onde a resistência é importante.

O enfraquecimento ganha sérias proporções quando a madeira é submetida a tração e compressão.

A extensão da diminuição da força de uma viga depende da sua posição, tamanho, número, direção das fibras e condição.

Os nós da face superior em geral são comprimidos, enquanto os da face inferior são tracionados. Pequenos nós, no entanto, podem estar localizados na zona neutra da viga e aumentar sua resistência ao cisalhamento longitudinal.

Os nós em placas ou pranchas são menos prejudiciais quando se estendem através dela em sentido transversal à sua superfície mais larga.

Os nós que aparecem perto das pontas de uma viga não a enfraquecem. Os nós sadios que ocorrem no quarto central da altura da viga de uma ou outra borda não são defeitos sérios.

Os nós não influenciam materialmente a rigidez da madeira estrutural. Somente os defeitos de carácter mais sério afetam o limite de elasticidade das vigas.

A rigidez e limite de elasticidade dependem mais da qualidade da fibra da madeira do que dos defeitos.

O efeito dos nós é a redução da diferença entre a tensão das fibras no limite de elasticidade e o módulo de ruptura da viga. A resistência à quebra é muito susceptível aos defeitos.

Os nós sadios não enfraquecem a madeira quanto à compressão paralela ao grão.

Para algumas finalidades, como por exemplo a fabricação de painéis, os nós são considerados benéficos pois adicionam textura visual à madeira, dando-lhe uma aparência mais interessante.

Características da madeira

 Dada a diversidade das espécies que produzem madeira, este material apresenta grande diversidade de características mecânicas, de densidade, higroscopia, cor, grão, resistência ao apodrecimento e ao fogo, odor, e múltiplos outros fatores diferenciadores. Tal diferenciação determina os usos da madeira, tornando difícil o estabelecimento de classificações genéricas.

(Figura 6)


 

Madeiras duras e madeiras macias

 A madeira é usualmente classificada como madeira dura ou madeira macia. A madeira de coníferas (por exemplo: pinho, pinus) é chamada madeira macia, e a madeira de árvores latifoleadas (por exemplo: carvalho) é chamada madeira dura. Essa classificação é às vezes muito desvantajosa. Isso porque algumas madeiras duras, como a balsa, são de facto muito mais moles ou macias do que a maior parte das madeiras macias, e inversamente, também algumas madeiras macias (por exemplo: teixo) são muito mais duras do que a maioria das madeiras duras.

Além disso, madeiras de diferentes tipos de árvores têm diferentes cores e graus de densidade. Isso, aliado ao facto de algumas madeiras terem um crescimento mais longo do que outras, faz com que madeiras de diferentes espécies tenham qualidade e valor comercial diferenciado.

 Por exemplo, enquanto o mogno, de madeira dura e escura, é excelente para a produção artesanal de móveis finos, a balsa, clara e pouco densa, é muito usada para fabricação de cofragens e de moldes construtivos de vários tipos.

(Figura 7)


 

Cor 

Em espécies que mostram uma diferença distinta entre o cerne e o borne a cor natural do cerne é geralmente mais escura que o borne, e muito frequentemente o contraste é conspícuo.

Este é produzido por depósitos no cerne de vários materiais resultantes do processo de crescimento, aumentado possivelmente pela oxidação e outras mudanças químicas, que normalmente têm pouco ou nenhum efeito apreciável nas propriedades mecânicas da madeira.

(Figura 8)


Algumas experiências em espécies resinosas de (pinheiro), contudo, indicando um aumento na resistência mecânica da madeira. Isto é devido à resina que aumenta a resistência quando seca.

O borne saturado de resina é chamado resinoso. As estruturas construídas de pinho resinoso e de outras madeiras resinosas são muito resistentes ao apodrecimento e ao ataque pelas térmitas; contudo são muito inflamáveis.

Esta última característica leva a que os restos de pinhos velhos de folhas longas sejam frequentemente cortados em pequenos toros e divididos em pequenas peças que são vendidas como acendalhas.

Visto que a madeira mais antiga de um anel de crescimento é geralmente mais escura em cor de que a madeira mais recente, este facto pode ser utilizado na avaliação da densidade, portanto a dureza e resistência mecânica do material.

Este é particularmente o caso com madeiras de coníferas. Nas madeiras com anéis porosos, os vasos da madeira recente aparecem frequentemente com uma aparência mais escuros do que a madeira mais antiga e densa, ainda que nas secções cruzadas do cerne o reverso seja comummente verdade. Exceto nesse caso, a cor da madeira não é indicadora da sua resistência.

A descoloração anormal da madeira denota frequentemente uma condição de degradação das suas características. As manchas pretas no abeto ocidental são o resultado dos ataques de insetos; faixas vermelho-acastanhadas tão comuns na nogueira e em certas outras madeiras são maioritariamente o resultado de danos causados pelos pássaros.

A descoloração é meramente uma indicação de danos, não afetando por si só as propriedades das madeiras. O apodrecimento causado por alguns fungos produz alterações características nas cores da madeira, coloração que assim se torna sintomática da degradação do material.

Manchas no borne, muito comuns, são devidas a crescimento de fungos, mas não produzem necessariamente um efeito de enfraquecimento da sua estrutura.

Teor em água 

A água encontra-se na madeira viva em três condições, a saber: (1) nas paredes celulares; (2) no conteúdo protoplasmático das células; e (3) como água livre nas cavidades e espaços intercelulares. Sendo constituído por células mortas, no cerne a água ocorre apenas na primeira e última formas.

Madeira exaustivamente seca com ar retém de 8 a 16% da água nas paredes celulares e apenas vestígios nas outras formas.

Contudo, mesmo as madeiras secas em fornos retêm um pequeno teor de umidade, mas para quaisquer propósitos que não sejam químicos, podem ser consideradas completamente secas.

Em geral o conteúdo aquoso da substância da madeira é que lhe confere a maciez e maleabilidade. Um efeito similar e comumente observado é o efeito amaciador da água no papel ou tecido. Dentro de certos limites, quanto maior a quantidade de água, maior o seu efeito amaciador.

A secagem produz um aumento significativo na força da madeira, particularmente em espécimes pequenos. Um exemplo extremo é o caso de um bloco de 5 cm de secção em abeto, completamente seco, que sustenta uma carga permanente quatro vezes maior do que um bloco verde da mesma madeira e do mesmo tamanho suportaria.

Dada a importância do teor em água na determinação das propriedades da madeira, a sua secagem constitui um aspecto importante da indústria madeireira. A secagem consiste em extrair do interior da madeira o excesso de água, de forma permitir a utilização do material nas suas diversas aplicações.

A evaporação da água leva a madeira a contrair-se, isto é, a diminuir de volume; a velocidade de secagem deve, portanto, ser adequada aos diferentes tipos de madeira de forma a evitar danos estruturais causados por variações dimensionais diferenciais, como o aparecimento de fendas ou empenamento. Em qualquer caso as madeiras ficam sempre sujeitas a dois fenômenos característicos:

Retração – a madeira retrai quando seca, sofrendo contração que pode ser maior ou menos consoante as dimensões da peça e suas características, muitas vezes acompanhada por empenamento, isto é torção causada pela variação diferencial das dimensões, em geral determinada pela orientação das fibras que constituem a madeira;

Entumecimento – a madeira incha quando absorve umidade, aumentando sensivelmente de volume.

Existem dois tipos básicos de secagem, aqui distinguidos quanto à origem e efeitos:

Natural: permite secar a madeira sobrepondo as peças umas sobre as outras de modo a permitir um arejamento uniforme. Este processo é moroso, exige grandes espaços e imobiliza grandes quantidades de madeira.

A secagem natural permite secar a madeira até uma umidade mínima de 12%. Abaixo dos 20% de umidade a madeira resiste à putrefacção.

Abaixo dos 30% podem começar a surgir os defeitos de secagem: rachaduras, empenamentos, encruamentos, colapsos, abaulamentos, torções, encanoamentos.

Artificial: a secagem artificial, feita através de estufas próprias, permite aumentar a velocidade da secagem da madeira ao mesmo tempo que a protege dos fungos e insetos.

Exige instalações caras, torna a madeira menos flexível e escurece o seu tom.

Na secagem artificial podem ser utilizadas diversas técnicas destinadas a acelerar o processo de secagem ou a conferir características específicas ao produto.

Entre essas técnicas conta-se a utilização de vapor a alta pressão, a utilização de permutadores de calor, a retirada de seiva por imersão em água e o uso de vapor de creosote e de outros produtos para impregnar a madeira.

Estrutura da madeira 

Uma árvore aumenta em diâmetro pela formação, entre a madeira velha e o interior da casca, de novas camadas de madeira que envolvem todo o caule, os ramos e as raízes.

Em condições normais, particularmente quando existe uma estação de crescimento bem definida uma nova camada forma se em razão pela qual em corte as camadas anuais aparecem como anéis concêntricos, constituindo a base da dendrocronologia, técnica que permite aferir do número de anos de crescimento da árvore, e das características desse crescimento, pela observação dos anéis formados.

Cada camada de crescimento é formada por células vegetais de vários tipos, mas na sua maioria é formada por fibras. Nas coníferas, ou árvores de madeira macia, predominam as células do tipo traqueídeo, do que resulta uma madeira mais uniforme em estrutura e aparentemente mais macia, daí o nome dado a esse tipo de madeiras.

Nessas madeiras não estão presentes os poros que são bem patentes em madeiras ditas duras, como a de carvalho ou faia.

Cada anel de crescimento é formado por duas partes relativamente bem definidas: a parte voltada para o centro da árvore é em geral de textura mais aberta e quase sempre mais clara do que a parte externa do anel.

Tal ocorre porque a parte interior formou-se no início da estação de crescimento, quando este é mais rápido, e é conhecida por madeira temporã ou madeira da primavera; a parte externa é conhecida por madeira de verão, pois forma-se na fase de declínio do crescimento que em geral corresponde ao Verão.

O ciclo de crescimento da árvore é realizado em dois ciclos Primavera/verão, com anel mais claro e largo e Outono/Inverno, com anel mais escuro e estreito. O crescimento da árvore é formado no meristema cambial (zona entre a casca interna e o borne) por ação das condições ambientais. Assim, também poderão aparecer falsos anéis de crescimento, originados por variações ambientais adversas (irregulares e anormais) para uma dada época.

A ciência da madeira 

A ciência da madeira abrange disciplinas que vão desde as mais básicas como anatomia, física e química da madeira; até as disciplinas ditas tecnológicas como por exemplo secagem da madeira, madeira tratada, celulose, energia, extrativos químicos, processamento e propriedades mecânicas.

No Brasil essas disciplinas são normalmente oferecidas em cursos de graduação e pós-graduação em engenharia florestal e engenharia industrial madeireira, no qual tem maior foco na madeira.

Ver também

ortotropia

Latifoliadas

Traqueídeo

Robínia

laranjeira-dos-osage

ácer

Referências

  • 1.       JC Paiva. «Madeiras» (https://web.archive.org/web/20120427212006/http://www.jcpaiva.net/file s/ensino/alunos/20022003/teses/020370017/madeiras/madeiras.htm). Consultado em 3 de março de 2012. Arquivado do original (http://www.jcpaiva.net/files/ensino/alunos/20022003/tes es/020370017/madeiras/madeiras.htm) em 27 de abril de 2012.
  • 2.       Horst H. Nimz, Uwe Schmitt, Eckart Schwab, Otto Wittmann, Franz Wolf "Wood" in Ullmann's Encyclopedia of Industrial Chemistry 2005, Wiley-VCH, Weinheim. doi:10.1002/14356007.a28_305 (https://dx.doi.org/10.1002/14356007.a28_305)
  • 3.       «N.B. fossils show origins of wood» (http://www.cbc.ca/news/canada/new-brunswick/story/201 1/08/12/nb-origins-of-wood-found.html). CBC.ca. 12 de agosto de 2011. Consultado em 12 de agosto de 2011
  • 4.       Celso Foelkel. «Estrutura Anatômica da Madeira» (http://www.celso-foelkel.com.br/artigos/outro s/Arquivo%2001.%20Estrutura%20Anat%F4mica%20e%20Densidade%20da%20Madeira.pdf) (PDF). Consultado em 3 de março de 2012
  • 5.       http://www.dicio.com.br/duramen/
  • 6.       http://www.dicio.com.br/durame/
  • 7.       IdemDesign. «Madeira» (https://web.archive.org/web/20120311080650/http://www.idemdesign. net/pt/des-prod/tec-madeira/48-madeira). Consultado em 3 de março de 2012. Arquivado do original (http://www.idemdesign.net/pt/des-prod/tec-madeira/48-madeira) em 11 de março de 2012
  • Ligações externas
  • «Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais» (http://www.ipef.br/)
  • Banco de dados de madeiras do Laboratório de Produtos Florestais do IBAMA (https://web.arc hive.org/web/20120205235840/http://www.ibama.gov.br/lpf/madeira/introducao.htm)
  • (https://web.archive.org/web/20140202223821/http://www.fpl.fs.fed.us/index) USDA Forest Products Laboratory
  • (http://www.prpg.ufla.br/ctmadeira) Programa de Pós-graduação em Ciência e Tecnologia da Madeira da Universidade Federal de Lavras.
  • (http://www.abimci.com.br/) Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente.
  • (https://web.archive.org/web/20051125174219/http://www.eesc.usp.br/ibramem/) Instituto Brasileiro da Madeira e das Estruturas de Madeira.
  • (http://www.iufro.org/science/divisions/division-5) IUFRO União Internacional das Organizações de Pesquisa Florestal.

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